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|Reino Unido

Vitória contra a precariedade no ensino superior do Reino Unido

Milhares de professores associados têm agora um vínculo permanente com a Open University. Sindicatos referem-se ao facto como a maior vitória contra a precariedade no ensino superior no Reino Unido.

Membros do University and College Union (UCU) numa acção de luta em Glasgow, Escócia, por melhores salários, pensões e condições de trabalho, em Fevereiro de 2022 
Membros do University and College Union (UCU) numa acção de luta em Glasgow, Escócia, por melhores salários, pensões e condições de trabalho, em Fevereiro de 2022 Créditos / Morning Star

As negociações, conduzidas pelo University and College Union (UCU), chegaram a bom porto, na medida em que 4800 professores associados que antes trabalhavam na Open University (OU) de modo informal viram garantido o direito a um contrato permanente.

Com isto, passam a ter maior segurança laboral, além de um aumento salarial entre 10 e 15%, um período mais longo de férias e outros subsídios, refere o portal Peoples Dispatch.

Esta vitória seguiu-se a longas negociações com responsáveis da OU e está a ser classificada pelos sindicatos como o maior passo contra a precariedade no sector do ensino superior no Reino Unido, informa o periódico Morning Star.

O UCU, que, em conjunto com outros sindicatos, tem estado a organizar lutas a nível nacional contra cortes salariais e nas pensões, e a protestar contra a pesada carga de trabalho, fez um apelo a outras instituições universitárias para que acabem com a precariedade e vinculem de forma permanente, com contratos e todos os direitos, o seu pessoal académico.

Estima-se que 70 mil docentes estejam contratados de forma precária no sector e as lutas desenvolvidas são por estabilidade no trabalho, melhores salários e o fim das discriminações salariais.

Cartaz do sindicato UCU / Peoples Dispatch

Num inquérito realizado pelo UCU a 2700 trabalhadores em mais de 200 faculdades de Inglaterra, a maioria dos inquiridos (80%) disse ter hoje mais insegurança financeira do que há um ano e sete em cada dez afirmaram que estão a considerar abandonar o sector, a não ser que os salários sejam aumentados.

«Mais de quatro em dez (42%) disseram que o seu rendimento não cobre o custo de vida. Destes, dois terços (64%) disseram que aquecem as suas casas com menos frequência; dois em cinco (40%) disseram que limitam o uso de água quente e um quarto (25%) disse que saltam refeições», lê-se no resultado do inquérito publicado pelo sindicato.

A secretária-geral do UCU, Jo Grady, disse que «o novo contrato muda a vida dos 4800 professores associados, que passaram a contratos seguros e já não têm de se candidatar repetidamente aos seus empregos».

«O UCU tem um orgulho enorme em alcançar este acordo com a OU, depois de muitos anos de trabalho duro, e, apesar de sabermos que há muito por fazer, celebramos este passo gigante para acabar com a precariedade», disse, citada pelo Morning Star.

Ainda neste Verão, o sindicato vai realizar plenários em que os trabalhadores vão decidir uma eventual greve em Novembro próximo. Estão envolvidos 80 mil filiados de 149 faculdades e universidades.

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