As defesas anti-aéreas síria fizeram frente, esta madrugada, a um mais ataque com mísseis do «inimigo israelita», lançado «a partir da direcção dos Montes Golã ocupados e da Galileia contra vários alvos nos arredores da cidade de Damasco», revela a agência SANA com base em fontes militares, sem precisar a existência de danos materiais e perdas humanas.
Numa carta hoje enviada ao secretário-geral das Nações Unidas e ao presidente do Conselho de Segurança da ONU, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros afirma que os «ataques repetidos de Israel não conseguirão proteger os seus parceiros na ocupação» da Síria.
A diplomacia síria acrescenta na missiva que a agressão israelita coincide com as manifestações da população dos Montes Golã ocupados para assinalar o 39.º aniversário da greve geral que, a 14 de Fevereiro de 1982, rejeitou a decisão de anexação, e reafirmar que os Montes Golã eram e continuarão ser uma parte do território da República Árabe da Síria, a cuja soberania voltarão, mais tarde ou mais cedo.
Manobras dos EUA em Deir ez-Zor e «encenação» em Idlib
Por outro lado, notícias recentes dão conta da existência de um aeroporto militar norte-americano nas imediações dos campos petrolíferos e de gás de al-Omar, na província de Deir ez-Zor, para onde, informa a agência SANA, as tropas dos EUA levaram mais equipamento militar e logístico este domingo, consolidando o controlo do Leste e Nordeste do país árabe, em conjunto com as chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS), maioritariamente curdas.
Também este domingo, o Ministério russo da Defesa alertou para as manobras de grupos terroristas posicionados na província de Idlib, com vista a «montar um novo cenário de armas químicas», em cooperação com os chamados Capacetes Brancos, a «organização humanitária» fundada e financiada pelo Ocidente, inspiradora de Hollywood, fachada da Al-Qaeda e dos «corta-cabeças».
O vice-director do Centro Russo para a Reconciliação Síria, Viacheslav Sitnik, disse à imprensa que, de acordo com os dados disponíveis, os terroristas da Hayat Tahrir al-Sham (antiga Frente al-Nusra) planeiam gravar em vídeo, na localidade de Fua, «uma acção terrorista», para depois culpar o Exército Árabe Sírio, noticia a Prensa Latina e a SANA.
De acordo com o militar russo, já foi detectada no local a presença dos Capacetes Brancos, que levaram equipamento de filmagem.
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