«Às 22h42, o inimigo israelita levou a cabo uma agressão aérea a partir dos Montes Golã sírios ocupados, utilizando mísseis ar-terra e terra-terra contra alguns alvos na região Sul», revelou o Ministério sírio da Defesa num comunicado divulgado pela agência SANA e pela televisão.
O ataque teve como alvos várias posições nas províncias de Quneitra e Damasco Rural, no Sudoeste da Síria. Os habitantes da capital, Damasco, puderam observar a resposta das defesas anti-aéreas, que interceptaram muitos dos mísseis.
Esta agressão israelita, que durou cerca de 25 minutos, foi a primeira este mês e a quarta desde o início do ano. A anterior, perpetrada a 22 de Janeiro, provocou a morte a quatro pessoas da mesma família, na província de Hama.
As agressões sionistas ocorrem num momento em que as forças militares sírias, apoiadas por unidades populares e forças de países aliados, lançaram uma ofensiva no deserto contra elementos do Daesh.
O governo sírio condenou o silêncio das Nações Unidas perante estas acções – mais de 50 só em 2020 –, tendo sublinhado que Israel e os Estados Unidos apoiam directamente os grupos terroristas no país, em particular o Daesh, para desestabilizar as regiões que foram libertadas.
Perdas no sector petrolífero sírio superiores a 91 mil milhões de dólares
No Parlamento, o ministro do Petróleo da Síria, Bassam Toumah, revelou que, como consequência da guerra, as perdas no sector ascendem a 91,5 mil milhões de dólares.
As perdas resultam dos bombardeamentos aéreos da chamada coligação internacional sobre instalações petrolíferas sírias e do saque levado a cabo nos campos petrolíferos no Nordeste do país. O ministro precisou que o ano passado, dos 89 mil barris de crude produzidos diariamente no país, 80 mil foram saqueados pelas chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS) e pelas tropas de ocupação norte-americanas.
Por isso e por causa do bloqueio imposto pelos EUA e a UE que impede a chegada de crude importado ao país, cerca de 2,2 milhões de sírios não receberam combustível para o aquecimento, informa a Prensa Latina, acrescentando que, antes do começo da guerra, em 2011, a Síria produzia mais de 380 mil barris diários de crude.
EUA reforçam presença nos campos petrolíferos sírios
No passado dia 1, as forças militares norte-americanas enviaram reforços – camiões com armamento e material logístico – para a base ilegal que possuem junto ao campo petrolífero de Koniko, na província de Deir ez-Zor, cerca de 450 quilómetros a nordeste de Damasco, noticiou a agência SANA.
A mesma fonte indica que Washington tem aumentado nas últimas semanas a sua presença nas zonas ricas em petróleo e gás no Leste e Nordeste da Síria, em conluio com as FDS, para roubar as riquezas naturais do país levantino.
Relatórios recentes divulgados pelas autoridades sírias revelam ainda que os EUA começaram a construir uma nova base ilegal na província de Hasaka, perto da fronteira com o Iraque.
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