No contexto da jornada de luta, promovida pelo Sindicato Único Nacional de Construção do Uruguai (Sunca), realizaram-se mais de 15 iniciativas no país sul-americano contra a fome e a carestia, contra a precariedade, em defesa da indústria nacional e de maior investimento público.
No final da maior das mobilizações, que reuniu milhares de trabalhadores em Montevideu, o secretário-geral do sindicato, Daniel Diverio, perguntou há quanto tempo «não há obras para a educação, a saúde ou habitações de realojamento e interesse social».
Frente ao Ministério das Finanças e Economia, Diverio destacou que uma das principais razões que levam os trabalhadores a mobilizar-se é a defesa do emprego, lembrando que em Fevereiro e Março próximos terminam algumas grandes obras e que, se não houver investimento público, o desemprego será grande, na ordem dos 12 mil postos de trabalho.
Por isso, exigiu ao governo que ponha em marcha um plano de investimento no país, «porque o que este governo fez até agora foi um corte brutal no investimento público».
Daniel Diverio acusou o executivo «neoliberal e de direita» de Lacalle Pou de proteger o patronato, o agronegócio, o aparelho financeiro, enquanto promove o «ataque à negociação colectiva» e efectua «todo o tipo de cortes nas políticas sociais».
«O preço duro que se está pagar é que milhares de uruguaios se encontram hoje na pobreza, recorrem à ajuda para comer, e a perda de poder de compra dos trabalhadores, reformados e pensionistas», disse, citado pelo portal da central PIT-CNT (Plenário Intersindical dos Trabalhadores – Convenção Nacional dos Trabalhadores).
Expressando a solidariedade dos trabalhadores da construção a todos os outros sectores que estão em luta pelos direitos no Uruguai, o dirigente sindical fez ainda um apelo à participação na jornada de greve e mobilização nacional convocada pela PIT-CNT para 7 de Julho.
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