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John Bolton, novo Conselheiro para a Segurança Nacional, ganhou proeminência com a administração Bush

Última nomeação de Trump defende guerra contra o Irão e a Coreia

Um dos principais arquitectos da farsa em torno das «armas de destruição massiva» que serviu de justificação à guerra do Iraque, John Bolton, foi promovido pelo presidente norte-americano, tornando-se um dos seus principais conselheiros.

John Bolton tem mantido intervenção pública, tendo ameaçado candidatar-se a cargos públicos em 2014 e 2016
John Bolton tem mantido intervenção pública, tendo ameaçado candidatar-se a cargos públicos em 2014 e 2016CréditosGage Skidmore / CC BY-SA 3.0

O antigo embaixador norte-americano junto da Organização das Nações Unidas (ONU), John Bolton, foi designado por Donald Trump para o posto-chave de Conselheiro para a Segurança Nacional. Apesar de este ser um cargo de aconselhamento, historicamente tem sido ocupado por figuras que se viriam a revelar determinantes no plano da política externa norte-americana, como Henry Kissinger, Frank Carlucci ou Condoleeza Rice.

O anúncio foi feito através da conta pessoal do presidente dos Estados Unidos da América (EUA), dando conta da saída do general H. R. McMaster, que assumiu o lugar em Fevereiro do ano passado.

Um percurso de mentiras para justificar a guerra

Bolton conseguiu aproximar-se dos corredores do poder durante a administração de George W. Bush, tendo sido nomeado subsecretário de Estado para os Assuntos de Controlo de Armas e Segurança Internacional. Foi nessa qualidade que bloqueou um acordo na quinta conferência de acompanhamento da Convenção para as Armas Químicas.

Mas o feito que marcou a sua passagem pelo Departamento de Estado e que terá sido determinante para a sua futura promoção foi a defesa acérrima da tese de que o Iraque estaria a desenvolver armas de destruição massiva, a partir de 2002, que serviu de justificação para a invasão do país no ano seguinte – mas que viria a revelar-se falsa e sustentada em informações forjadas.

Nessa época, em que o presidente norte-americano centrou a política externa dos EUA no combate ao que designou como o «eixo do mal», John Bolton tentou incluir Cuba na lista de países com programas de desenvolvimento de armas biológicas. A divulgação foi travada por um analista externo, que acabou confrontado por John Bolton apesar de este saber que era mentira.

Em 2005, é indicado como representante permanente na ONU mas falha a confirmação obrigatória pelo Senado dos EUA, o que obriga Bush a fazer uma nomeação temporária. No ano e meio em que ocupou o lugar, foi um crítico feroz das Nações Unidas e, particularmente, dos organismos responsáveis pelo promoção e defesa dos Direitos Humanos.

Defensor de novas guerras, no Irão e na Coreia

Nos últimos anos, John Bolton tem defendido publicamente, através de artigos em publicações como o Wall Street Journal e o New York Times, a utilização da guerra em países como o Irão e a República Popular Democrática da Coreia.

A partir de 9 de Abril, Donald Trump terá como um dos seus principais conselheiros um dos mais ferozes defensores da política intervencionista e das guerras de agressão promovidas pelos EUA.

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