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UE e EUA impõem novas sanções contra a Rússia

EUA e UE decretaram novas sanções contra Moscovo no âmbito do «caso Navalny», depois de o blogger da oposição ter sido condenado por fraude empresarial. As autoridades russas afirmaram que irão responder.

Para as autoridades russas, as sanções constituem «outro golpe na cooperação» entre Rússia e UE
Para as autoridades russas, as sanções constituem «outro golpe na cooperação» entre Rússia e UE Créditos / theindependent.co.uk

A União Europeia (UE) impôs novas sanções a quatro cidadãos russos, altos funcionários relacionados com o encarceramento de Alexei Navalny. Trata-se do procurador-geral Igor Krasnov, do chefe da Comissão de Investigação Russa, Alexander Bastrykin, do chefe do Serviço Penitenciário Federal, Alexander Kalashnikov, e do director da Guarda Nacional, Viktor Zolotov, que, refere a agência TASS, ficam proibidos de entrar no espaço da UE e ter fundos nos bancos dos países-membros do bloco.

Estas sanções foram decretadas no âmbito de um mecanismo da UE que visa «violações e abusos graves dos direitos humanos», segundo o Diário Oficial da União Europeia, que publicou a medida.

Pouco depois, informa a RT, os EUA anunciaram a imposição de um conjunto de sanções individuais, bem como restrições comerciais e de vistos contra a Rússia, relacionadas com o «caso Navalny».

Estas medidas, que surgem como resposta ao alegado envenenamento e ao encarceramento do blogger da oposição, dirigem-se contra sete funcionários governamentais russos e contra 14 entidades presumivelmente envolvidas na produção de agentes biológicos, segundo a administração de Joe Biden.

De acordo com um fonte norte-americana referida pela RT, as medidas desta terça-feira, articuladas com Bruxelas, serão as primeiras de várias da Casa Branca para responder a uma série de alegadas «acções desestabilizadoras» de Moscovo.

Reacção da Rússia

Moscovo já prometeu responder às medidas impostas pela UE e os EUA, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, a sublinhar que a «reciprocidade será a chave da resposta». Por seu lado, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Alexander Grushko, destacou que a decisão da UE não é uma surpresa para a Rússia e criticou estas acções como um caminho sem saída, que mina as relações bilaterais e é contrário aos interesses dos países europeus, indica a TASS.

Konstantin Kosachov, presidente do Comité de Assuntos Internacionais do Conselho da Federação Russa, qualificou a decisão da UE e dos EUA como «manipulação clássica», frisando que o Ocidente utiliza a situação de Navalny como «pretexto para difamar as autoridades russas».

Na mesma linha, o presidente do Comité de Relações Internacionais da Duma Estatal da Rússia, Leonid Slutski, classificou a decisão de Bruxelas como «absolutamente ilegal, além de inútil», advertindo que dará «outro golpe na cooperação» entre Rússia e UE. Slutski destacou que Moscovo «irá responder, sem dúvida, de forma adequada a todos os ataques de sanções», refere a RT.

A «saga Navalny»

O Ocidente tem usado reiteradamente a figura do blogger pró-ocidental Alexei Navalny para atacar a Rússia. [Ver vídeo] A figura da oposição regressou ao seu país em 17 de Janeiro, depois de ter estado na Alemanha a receber tratamento hospitalar, alegadamente, por causa de um envenenamento pelo qual, acusa o Ocidente, os russos foram responsáveis.

Navalny foi detido num aeroporto de Moscovo por ter violado os termos de uma pena suspensa a que fora condenado em 2014, por lavagem de dinheiro. No dia 2 de Fevereiro, um tribunal de Moscovo condenou-o a uma pena efectiva de três anos e meio de cadeia, que, após recurso e desconto do tempo passado em prisão domiciliária, foi reduzida para cerca de dois anos e meio.

Ainda em Fevereiro e tendo em conta a agitação movida pelos países ocidentais – com os mass media a toda a carga –, o Ministério russo dos Negócios Estrangeiros classificou como «categoricamente inaceitáveis» as «exigências ilegais e absurdas» de libertar Navalny.

Acrescentou que o blogger da oposição foi condenado «por crimes económicos por um tribunal russo em território da Rússia em conformidade com a legislação» do país, informa a RT. «Na prática internacional isto chama-se interferência nos assuntos internos de um Estado soberano», frisou.

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