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Tribunal militar israelita condena Tamimi a oito meses de prisão

O tribunal militar israelita de Ofer, na Cisjordânia ocupada, condenou a adolescente palestiniana Ahed Tamimi e a sua mãe a oito meses de prisão, após acordo judicial forçado.

Ahed Tamimi foi presa no passado dia 19 de Dezembro pelas forças de ocupação
Ahed Tamimi foi presa no passado dia 19 de Dezembro pelas forças de ocupaçãoCréditosAbir Sultan/EPA / Agência Lusa

Esta quarta-feira, o tribunal militar israelita de Ofer condenou a activista palestiniana Ahed Tamimi a oito meses de prisão e uma multa de 1370 euros (5000 shekels), e sua mãe, Nariman, também a oito meses de prisão e uma multa de 1400 euros (6000 shekels). 

Acusada de esbofetear um soldado israelita que invadiu a casa da sua família na aldeia de Nabi Saleh, perto de Ramallah, Tamimi tinha ainda 16 anos quando foi presa pelas forças de ocupação.

O MPPM recorda num comunicado que, pouco antes deste episódio, o seu primo Mohammed, de 15 anos, foi baleado na cabeça por soldados israelitas, ficando em estado muito grave. A mãe, Nariman, foi presa no mesmo dia de Ahed por filmar o incidente e colocar o vídeo na internet, sendo por isso acusada de «incitamento». 

A sessão de ontem, tal como todo o processo, decorreu à porta fechada, rejeitando o pedido de Ahed Tamimi para que as audiências fossem públicas.

Segundo denuncia o Centro de Informação Israelita para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados (B'Tselem), «o acordo judicial forçado de Ahed Tamimi ilustra claramente o papel do tribunal juvenil militar: proteger a ocupação, não os menores palestinos».

O caso de Ahed Tamimi, adianta o B'Tselem, «só é excepcional pelo facto de ter atraído especial atenção dos media, mas não é essencialmente diferente de centenas destes casos todos os anos», frisando que a taxa de condenação nos tribunais militares de Israel na Cisjordânia «é de quase 100%».

Esclarece, entretanto, que tal acontece porque os réus palestinianos, ainda que relutantemente, assinam acordos judiciais em que se declaram culpados, por não terem outra escolha.

«Um ajuste de contas» 

Desde a prisão da adolescente, que a 31 de Janeiro completou 17 anos, que as forças israelitas prosseguem com os actos de agressão à sua família. A 26 de Fevereiro, dez familiares seus foram presos, incluindo o primo Mohammed, que deveria ser submetido a uma segunda operação à cabeça dois dias depois. 

A acusação inicial de Ahed Tamimi continha 12 pontos. Segundo a sua advogada, Gaby Lasky, «o facto de o acordo prever a suspensão de todos os pontos da acusação que permitiram mantê-la detida até ao final do processo judicial prova que a prisão de Tamimi a meio da noite e os procedimentos legais contra ela foram medidas que tinham por objectivo um ajuste de contas».

Nour, a prima de Ahed Tamimi presa um dia depois por também aparecer no vídeo, foi condenada também a 16 dias de prisão, já cumpridos, a uma multa de 470 euros (2000 shekels) e mais cinco meses de pena suspensa, mediante acordo judicial. 

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