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Trabalhadores equatorianos dizem «não» às reformas na Segurança Social

Trabalhadores e representantes sindicais do país sul-americano protestaram contra as políticas neoliberais de Daniel Noboa, o elevado desemprego e a eventual reforma do sistema de pensões e segurança social.

Protesto em Quito contra as «políticas neoliberais de Noboa» 
Protesto em Quito contra as «políticas neoliberais de Noboa» Créditos / Prensa Latina

Em protesto contra as intenções anunciadas pelo executivo equatoriano, os trabalhadores concentraram-se nas imediações do Instituto Equatoriano de Segurança Social (IESS), esta quarta-feira, dia em que a instituição cumpria 96 anos.

«Abaixo as políticas neoliberais de Noboa» e «O IESS não se vende, o IESS defende-se» foram algumas das palavras de ordem gritadas pelos participantes na mobilização em Quito, indica a Prensa Latina.

Isabel Vargas, dirigente da Unión Nacional de Educadores, criticou o actual executivo por querer aumentar os anos de contribuições, aumentar o montante das contribuições, e alterar o cálculo das pensões, entre outras reformas.

Em sentido semelhante pronunciou-se Edwin Bedoya, da Confederación Ecuatoriana de Organizaciones Clasistas Unitarias de Trabajadores (Cedocut), que apontou o elevado desemprego como uma das causas da crise financeira do IESS.

«Se houver políticas de emprego, a situação da instituição melhora, mas ao governo apenas lhe interessa ter reservas para cobrir o seu défice, devido às más gestões», disse Bedoya, citado pela fonte.

Na véspera, o Ministério equatoriano do Trabalho revelou que, no espaço de um mês e meio – entre 1 de Janeiro e 15 de Fevereiro de 2024 –, mais de 83 mil pessoas ficaram desempregadas no país, tendo sido despedidas em diversas circunstâncias.

Na mobilização, criticou-se o governo por pretende asfixiar a segurança social, pelo elevado desemprego e pelas políticas de precarização / Prensa Latina

Por seu lado, o movimento Unidad Popular encara com bastante preocupação a forma como «o governo pretende asfixiar a segurança social», à qual destina menos verba, e porque pretende estabelecer, por via de uma consulta popular, os contratos à hora e a prazo anuais – modalidades de contratação precária que haviam sido abolidas durante os governos de Rafael Correa, da Revolução Cidadã.

Nelson Erazo, um dos dirigentes da Unidad Popular, afirmou que os trabalhadores assim contratados não serão inscritos no IESS, pelo que não haverá recursos para manter o sistema e se aprofundará a sua crise.

«O governo não quer saber da segurança social, nem da vida dos equatorianos, enquanto dá prioridade ao pagamento da dívida externa», criticou.

O protesto dos trabalhadores ocorre num contexto em que ao IESS são destinados menos recursos para as áreas das pensões e dos cuidados de saúde, e de anúncios de eventuais reformas por parte do governo de Noboa, indica a Prensa Latina.

Na terça-feira, a Assembleia Nacional aprovou uma reforma, de iniciativa cidadã, para que os reformados e filiados no sistema tenham maior representação no Conselho Directivo do IESS e na direcção do Banco del Instituto Ecuatoriano de Seguridad Social (Biess).

No entanto, os sindicatos afirmaram que aquilo que foi aprovado no Parlamento não responde aos interesses dos trabalhadores.

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