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Trabalhadores contra a precariedade e por um quadro galego de relações laborais

No Dia da Classe Operária Galega, houve mobilizações em vários pontos do território, contra a precariedade e a pobreza, por trabalho digno e um quadro galego de relações laborais.

Manifestação em Ferrol no âmbito do 10 de Março, Dia da Classe Operária Galega 
Manifestação em Ferrol no âmbito do 10 de Março, Dia da Classe Operária Galega Créditos / CIG

Na Corunha, Pontevedra, Ourense e Lugo, realizaram-se concentrações, enquanto Vigo e Compostela foram palco de manifestações, tal como Ferrol, onde decorreu o acto central da jornada de luta, com a tradicional colocação de flores junto ao monumento do 10 de Março.

Presente em Ferrol, Paulo Carril, secretário-geral da Confederação Intersindical Galega (CIG), sublinhou que neste momento, em que ter um emprego já não garante o rendimento mínimo necessário para viver com dignidade e aceder a direitos básicos, como a alimentação, a energia ou a habitação, é preciso vir para a rua, para acabar com a precariedade e exigir nova legislação que restitua os direitos perdidos.

Reafirmou ainda a necessidade de um quadro galego de relações laborais, para se «poder exercer o direito a negociar e decidir na Galiza os nossos acordos colectivos, as nossas condições de trabalho, de forma directa e democrática, com soluções ajustadas à nossa realidade laboral, social, industrial, económica e demográfica».

Aumenta a precariedade e a pobreza

Dois anos depois da aprovação da última reforma laboral, mais do 50% das famílias em situação de pobreza têm emprego e um de cada três trabalhadores tiveram rendimentos inferiores ao salário mínimo espanhol. As mulheres e os jovens, explica a CIG no seu portal, são um particular exemplo desta realidade.

Manifestação em Vigo, a 10 de Março de 2024 / CIG

«O capital não pára de ganhar mais à custa de possuir um exército maior de mão-de-obra barata, que vive da enorme incerteza do seu futuro, obrigada a uma permanente rotatividade de desemprego-emprego precário-desemprego», alertou.

Esta é a realidade que deixam as políticas laborais neoliberais implementadas pelo governo central para satisfazer as exigências da União Europeia (UE) a troco de uns fundos que estão a hipotecar o futuro, que aceleram o aumento das desigualdades e da pobreza na Galiza, com importantes sectores produtivos a agonizar, «e que são o complemento perfeito para favorecer as nefastas políticas que o PP faz na Galiza», disse.

Carril lembrou que o governo galego partilha estas políticas «e todas aquelas que reforcem a dependência económica e política da Galiza em relação ao sistema espanhol, negando um desenvolvimento galego próprio para travar o aumento do empobrecimento das classes populares, a privatização dos serviços públicos, o imparável envelhecimento da população, a desertificação social e industrial de muitas comarcas e a contínua emigração por falta de emprego».

Colocação de flores junto ao monumento ao 10 de Março, em Ferrol, que evoca a luta dos trabalhadores galegos / CIG

Neste contexto, destacou a necessidade da mobilização nos locais de trabalho e nas ruas.

10 de Março: data de luta e reafirmação

O secretário-geral da CIG destacou que a melhor homenagem que se pode fazer a Amador Rey e Daniel Niebla – trabalhadores assassinados pela Polícia franquista durante uma manifestação em Ferrol, a 10 de Março de 1972 – é intensificar a luta, para conquistar direitos e conseguir políticas alternativas às do governo e do patronato, e transformar a realidade galega, «no objectivo estratégico que temos da conquista de uma Galiza livre e sem exploração».

Na sua intervenção, no final da manifestação de Ferrol, Carril instou os presentes a organizar mais e melhor a classe trabalhadora galega, para confrontar o roubo e o saque que vivem como classe e como povo.

Também fez referência à luta do povo palestiniano, tendo afirmado que essa luta está muito presente em quem se identifica com o anti-imperialismo e a solidariedade internacionalista, e condenou «o genocídio que Israel está a executar com a cumplicidade da UE e dos EUA».

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