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|Argentina

Terceira greve geral na Argentina contra a austeridade de Macri

À exigência de aumentos salariais e do fim da austeridade, juntou-se o repúdio pelo acordo com o FMI. O governo carregou forte e feio contra os sindicatos e houve mesmo quem dissesse: «Vão trabalhar!»

Uma avenida de Buenos Aires em dia de greve geral; a de hoje é a terceira em tempos de Macri, depois das de Abril e Dezembro de 2017
Uma avenida de Buenos Aires em dia de greve geral; a de hoje é a terceira em tempos de Macri, depois das de Abril e Dezembro de 2017 Créditos / Télam

É a terceira greve geral que o governo de Macri enfrenta e, a julgar pelo número e tipo de organizações – sindicatos, forças políticas, movimentos sociais, associações empresariais – que se juntaram à Confederação Geral do Trabalho (CGT), é a mais ampla, unitária e «forte» de todas, tal como avançou o movimento unitário.

Prevê-se que não haja transportes (comboios, autocarros, metro, aviões), que escolas e bancos permaneçam encerrados, e que a paralisação seja total nos transportes de mercadorias.

Com a greve geral de 24 horas, trabalhadores, movimentos sociais e associações de pequenos e médios empresários unem-se, entre outros motivos, para condenar o pedido de ajuda feito pelo governo de Macri ao Fundo Monetário Internacional (FMI), protestar contra as políticas de austeridade, que «vão ao bolso dos trabalhadores», a falta de negociações salariais e o aumento das tarifas nos serviços públicos, informa o diário Página 12.

De acordo com este periódico, para lá dos desencontros nas mesas de negociação, de todas reivindicações em causa aquilo que acabou por juntar nesta greve sectores que são mais «combativos» a outros que são «mais propensos a negociar» foi o acordo com o FMI. Desde logo, o presidente argentino deixou claro aos seus ministros que a margem de negociação era pouca, ou seja, que «as políticas de austeridade não são para negociar».

Como a CGT não convocou uma manifestação, estão previstos cortes de estrada e de rua em diversos pontos do país, promovidos por diversos partidos de esquerda. Também se prevê que o ambiente aqueça, uma vez que a Polícia não vai aderir à paralisação e foram destacados contingentes «para acalmar os ânimos dos trabalhadores».

«Vão mas é trabalhar!»

Diversos pesos pesados do Governo vieram a público atacar a greve, desde que foi convocada, chegando mesmo a pedir aos trabalhadores que «vão trabalhar». O ministro do Interior, Rogelio Frigerio, foi um deles, tendo afirmado que «as pessoas nem sabem por que fazem greve».

Outro foi Jorge Triaca, ministro do Trabalho, que acusou «sectores do sindicalismo» de procurarem «o conflito pelo conflito», «sem resolver os problemas da Argentina». Já o Ministério das Finanças emitiu um comunicado em que sublinha os elevados custos da greve.

O chefe dos assessores de Macri, José Torello, preferiu atacar a greve num tom pedagógico: «Amanhã todos os que puderem vão trabalhar; assim, levamos o país para a frente.»

Razões para lutar

A CGT sublinhou a legitimidade da jornada de luta e dos protestos, afirmando que é «necessário expressar ao governo o mais enérgico repúdio pela austeridade selvagem a que submete os trabalhadores».

«O veto à descida de tarifas aprovado pelo Congresso e o acordo com o FMI e as suas consequências sobre o emprego, as obras públicas, a Segurança Social e as economias regionais não fazem mais que agravar dramaticamente a já insuportável situação social», destacou.

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