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ST israelita rejeita libertação de presos palestinianos em greve de fome

O Supremo Tribunal israelita indeferiu o recurso interposto pelo advogado Ahlam Hadad, em que solicitava a libertação imediata de Anas Shadid e Ahmad Abu Farah, presos palestinianos que estão em «estado clínico crítico».

Protesto na Margem Ocidental ocupada contra a detenção administrativa de Anas Shadid
Protesto na Margem Ocidental ocupada contra a detenção administrativa de Anas ShadidCréditos / PressTV

Num comunicado emitido hoje, o Comité Palestiniano dos Assuntos dos Presos denuncia que a decisão judicial não teve em conta os relatórios médicos em que se refere o estado clínico crítico de Abu Farah e de Anas Shadid, que estão em greve fome há 81 e 80 dias, respectivamente, noticia a agência Ma'an.

Aos riscos apontados nos relatórios – disfunção permanente de órgãos vitais e possibilidade de danos cerebrais severos – o comité acrescentou que Shadid já quase não vê e não fala, enquanto Abu Farah perdeu completamente a visão no seu olho direito e tem dores de cabeça fortes e dores no peito.

Esta notícia surge no mesmo dia em que a Sociedade de Prisioneiros Palestinianos (SPP) fez saber que o Ministério Público israelita solicitou o prolongamento das detenções administrativas de Shadid e Abu Farah. Numa entrevista à rádio Mawtini, o presidente da SPP, Qaddura Fares, sublinhou que a saúde de ambos os prisioneiros «se degradou severamente», e acusou o sistema judicial e as autoridades israelitas de «se coordenarem para não tomar qualquer decisão séria para pôr cobro ao sofrimento» dos prisioneiros.

Luta contra a detenção administrativa

Na semana passada, apesar de a sua situação ter sido classificada como «estado clínico crítico», tanto Abu Farah como Shadid expressaram a vontade de continuar a lutar contra as suas detenções administrativas e até serem transferidos para um hospital palestiniano.

Habitantes do distrito de Hebron (Sul da Margem Ocidental ocupada), ambos os prisioneiros foram detidos a 1 de Agosto e entraram em greve de fome nos dias 23 e 24 de Setembro, em protesto contra a sua detenção administrativa – um procedimento que permite às forças israelitas manter os presos encarcerados por um período indefinido, com base em informações secretas, sem os acusar formalmente nem lhes permitir ir a julgamento, e sem que eles saibam quando serão libertados.

As forças israelitas justificam a aplicação do procedimento com «questões de segurança de Estado», mas a questão tem sido denunciada como uma violação dos direitos humanos por diversas organizações.

De acordo com a associação de apoio aos presos Addameer, em Outubro último mais de 7000 palestinianos estavam encarcerados em prisões israelitas, 720 dos quais sob o regime de detenção administrativa.

«Israel tenta matar prisioneiros em greve de fome»

O Comité Palestiniano dos Assuntos dos Presos acusou o regime israelita de tentar matar «deliberadamente» os prisioneiros palestinianos em greve de fome, deixando que a sua saúde se deteriore, informou a agência Ma'an na sexta-feira, referindo-se a um comunicado emitido pelo presidente do organismo, Issa Qaraqe.

Qaraqe classificou «a lenta matança dos prisioneiros palestinianos em greve de fome» nas cadeias israelitas como um «crime» e apelou à intervenção da comunidade internacional, tendo acrescentado que o tratamento recebido pelos prisioneiros palestinianos nos cárceres israelitas constitui uma «crise humanitária».

Para Qaraqe, Israel é inteiramente responsável pelas condições que os palestinianos enfrentam nas cadeias e que levaram muitos deles a fazer greve de fome.

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