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Solidariedade com o povo brasileiro, frente ao golpe

A poucos dias do julgamento de Lula da Silva, para o impedir de «disputar as eleições presidenciais e consolidar o golpe», realiza-se esta sexta-feira, em Lisboa, uma sessão de solidariedade com o povo brasileiro.

A «caravana» de Lula da Silva em Minas Gerais (imagem de arquivo)
A «caravana» de Lula da Silva em Minas Gerais (imagem de arquivo)Créditos / Twitter

A iniciativa, com início marcado para as 18h, na Casa do Alentejo, conta com a participação de Manuela D'Ávila, pré-candidata do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) às presidenciais deste ano.

Na agenda mais imediata dos sectores golpistas brasileiros, está a campanha de descredibilização do ex-presidente Lula da Silva pela via judicial. No próximo dia 24, Lula da Silva será julgado em segunda instância, em Porto Alegre (Rio Grande do Sul), no âmbito da operação Lava Jato, num processo que a Frente Brasil Popular (FBP) caracteriza como «uma perseguição política com o objectivo de impedir a candidatura às eleições deste ano».

Por isso, a FBP – que integra dezenas de organizações sindicais e movimentos populares – está a dinamizar inúmeras mobilizações em defesa da democracia e do ex-presidente, que irão culminar com acções em Porto Alegre nos dias 22, 23 e 24 de Janeiro, sob o lema «Eleição sem Lula é fraude!».

Recentemente, Gleisi Hoffman, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), comentou o facto de este ser o processo mais rápido da operação Lava Jato a ser julgado em segunda instância como «uma continuidade do processo de ruptura democrática iniciado em 2016».

Para Hoffman, o golpe, no Brasil, vive a sua terceira fase: «A primeira foi a retirada da Dilma. A segunda, a retirada dos direitos conquistados dos trabalhadores. E agora querem tirar do povo brasileiro o direito de eleger novamente Lula presidente do Brasil», disse.

Ofensiva contra os trabalhadores, consolidação do golpe

Numa entrevista a que o AbrilAbril recentemente deu eco, Alexandre da Conceição, membro da direcção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), também sublinhou a importância da mobilização popular face à tentativa de «impedir que Lula dispute as eleições de 2018, consolidando assim o golpe».

Conceição, que se referiu a 2018 como «um ano bastante quente na luta pela terra e contra as medidas golpistas», salientou que, no ano passado, os sectores que perpetraram o golpe de Estado no Brasil «conseguiram avançar ainda mais no seu projecto antipopular e neoliberal», com consequências dramáticas para os trabalhadores e as camadas mais desfavorecidas da população.

Foi o ano da aprovação da reforma trabalhista, do trabalho escravo, do avanço das privatizações, do aumento da deterioração dos serviços públicos e do ataque aos funcionários públicos.

Para este cenário de retrocesso, em muito contribuiu «a bancada ruralista e golpista» no Congresso Nacional, fazendo aprovar medidas que tiveram forte impacto negativo no campo e que conduziram ao favorecimento do grande latifúndio e à mineração, em detrimento do meio ambiente, das comunidades indígenas, dos pequenos agricultores e dos trabalhadores sem terra, que foram alvo de mais acções violentas.

A meta do actual executivo é entregar «a agricultura brasileira aos grandes monopólios internacionais», defendeu Alexandre da Conceição na entrevista referida.

Este cenário viu-se confirmado com a aprovação do Orçamento Geral da União de 2018, em 13 de Dezembro, que, no entender do membro da direcção nacional do MST, vai servir para «beneficiar os ricos e aumentar ainda mais a pobreza e a desigualdade no Brasil».

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