Numa conferência de imprensa celebrada em Damasco, altas patentes militares dos dois países deram conta das operações levadas a cabo no último mês, na sequência do ataque terrorista com drones perpetrado a 5 de Outubro na Academia Militar de Homs, quando estava a decorrer uma cerimónia de graduação de cadetes, na presença das famílias.
Mais de cem pessoas (militares e civis) perderam a vida e cerca de duas centenas ficaram feridas. Desde então, Moscovo e Damasco intensificaram as operações contra alvos de grupos extremistas, nomeadamente da Junta para a Libertação do Levante e do Partido Islâmico do Turquestão, entre outras organizações terroristas.
O chefe do Departamento Político do Exército Árabe Sírio, general Hassan Suleiman, disse que «os militares sírios, em coordenação com as forças russas amigas, lançaram uma série de operações e ataques contra os grupos criminosos» que cometeram o atentado terrorista contra a Academia Militar, tendo conseguido destruir «sedes, depósitos de equipamentos bélicos e de munições», refere a agência Sana.
O oficial sírio explicou que foram neutralizados centenas de membros das organizações radicais referidas, bem como mercenários estrangeiros, e que as operações levadas a cabo detiveram a capacidade de combate e organização dos grupos apontados, impedindo-os de se reagruparem e gerando um estado de caos e pânico entre eles.
Por seu lado, o chefe do Centro de Coordenação russo na Síria, major-general Vadim Collet, afirmou que a aviação e a artilharia de ambos os países destruíram 23 pontos de observação e campos de treino, 35 túneis e refúgios subterrâneos.
«Realizámos mais de 230 ataques aéreos e 900 de artilharia contra locais de grupos terroristas, que levaram à destruição de 1125 objectivos e à eliminação de pelo menos 200 terroristas, incluindo 34 cabecilhas e 15 especialistas de nacionalidades estrangeiras, enquanto 450 ficaram feridos», detalhou.
Recorde-se que, em 2020, o Exército Árabe Sírio conseguiu libertar 56% da província setentrional de Idlib, com o resto sob controlo de diversos grupos terroristas.
As forças militares russas encontram-se na Síria a lutar contra o terrorismo desde 2015, na sequência de um pedido realizado nesse sentido pelo governo de Damasco.
O grosso do contingente russo está concentrado sobretudo na base aérea de Hmeimim e na base naval de Tartous, ambas na região da costa mediterrânica.
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