«As quantidades de trigo entregues pelos agricultores, até ao momento, aos centros estatais ultrapassam as 750 mil toneladas», afirmou o titular da pasta da Agricultura numa reunião que manteve no Ministério, em Damasco, com os directores provinciais do sector.
No encontro, foi revelado que a produção de trigo na província de Daraa atingiu as 85 mil toneladas, na de Hama rondou as 220 mil toneladas, e na de Homs mais de 70 mil.
Entretanto, as zonas libertadas do terrorismo nas províncias de Idlib e Raqqa produziram 18 mil e 35 mil toneladas, respectivamente.
Estes números, disse Muhammad Hassan Qatana na reunião, não incluem as quantidades armazenadas pelos agricultores para outros fins, como o consumo, ou as sementes para a próxima temporada, indica a agência Sana.
A mesma fonte refere-se aos incentivos à produção de trigo por parte das autoridades governamentais, nomeadamente por via da aprovação de um pacote de medidas destinadas a promover a plantação de trigo e a apoiar os agricultores deste cereal, que é considerado o principal alimento da população.
Antes da guerra imposta, em 2011, o país levantino produzia quantidades suficientes para o consumo interno e a exportação.
No entanto, com o conflito, a produção anual passou de cinco milhões de toneladas para pouco mais de um milhão, sobretudo devido à saída de quase um milhão de hectares do plano nacional, por estarem em zonas ocupadas pelas forças militares norte-americanas, que Damasco acusa de saquear esta riqueza agrícola.
Agora, indica a Sana, o Estado sírio vê-se obrigado a importar trigo, sobretudo da Rússia, num contexto de dificuldades acrescidas resultantes do bloqueio económico e das sanções impostas ao país pelos Estados Unidos e aliados ocidentais.
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