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|Síria

«EUA e milícias aliadas continuam a saquear os recursos estratégicos» da Síria

Entre 2011 e o final do primeiro semestre de 2023, os prejuízos causados ao sector petrolífero sírio por acções de sabotagem e saque ascendem a 115 mil milhões de dólares, revelou o governo de Damasco.

A grande maioria dos campos petrolíferos da Síria é controlada pelas milícias das FDS, em conjunto com as tropas do Pentágono 
A grande maioria dos campos petrolíferos da Síria é controlada pelas milícias das FDS, em conjunto com as tropas do Pentágono CréditosHussein Malla / Al Jazeera

Em missivas enviadas, este domingo, ao secretário-geral das Nações Unidas e ao presidente do Conselho de Segurança da ONU, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros acusou os Estados Unidos e «os seus lacaios» de continuarem a violar a soberania do país e a saquear os seus recursos estratégicos.

De acordo com o Ministério, estas acções promovidas por Washington, em conjunto com «organizações e milícias terroristas», têm como «objectivo exacerbar os efeitos das medidas coercivas unilaterais ilegais» impostas ao país árabe, «privar o povo sírio dos recursos» e «aumentar o seu sofrimento», refere a agência Sana.

Nos documentos, exige-se que os funcionários norte-americanos sejam responsabilizados por estos roubos, o fim da presença ilegal das forças militares dos EUA na Síria, bem como a devolução das jazidas de petróleo e gás ao Estado sírio.

No mesmo sentido, a diplomacia síria exigiu «o fim das práticas agressivas», assim como das «violações flagrantes dos princípios do direito internacional e das normas da Carta das Nações Unidas», cometidas pelas forças militares norte-americanas ilegalmente presentes no Nordeste do país e na região de al-Tanf.

Prejuízos directos e indirectos

Nas mensagens enviadas a responsáveis da ONU, o Ministério precisou que o valor das perdas directas no sector petrolífero, desde o início da guerra de agressão até ao final do primeiro semestre deste ano, ascende a 27,5 mil milhões de dólares.

De acordo com a fonte, foram roubados ou queimados entre 100 e 130 mil barris de crude por dia, um número que, recentemente, passou para os 150 mil diários. A isto há que acrescentar 59,9 milhões de metros cúbicos de gás natural e 413 mil toneladas de gás doméstico.

As mensagens referem-se também a perdas por vandalismo e roubo de equipamento especializado, no valor de 3,2 mil milhões de dólares, bem como ao bombardeamento de instalações petrolíferas e de gás pela chamada Coligação Internacional, que causou danos no valor de 2,9 mil milhões de dólares.

No que respeita a prejuízos indirectos, o Ministério esclareceu que ultrapassam os 87 mil milhões de dólares, uma estimativa que «representa os lucros perdidos (de crude, gás natural e gás doméstico) pela diminuição da produção abaixo do previsto em condições normais».

«Isto não são simplesmente números, mas provas que evidenciam a responsabilidade dos Estados Unidos e seus aliados no sofrimento e na deterioração da situação humanitária e das condições de vida dos sírios», refere o Ministério.

O Pentágono tem mais de uma dezena de bases na Síria, quase todas no Nordeste do país, na região rica em campos de petróleo e gás.

No mesmo dia em que as cartas foram enviadas a responsáveis das Nações Unidas, a agência Sana noticiou que as forças norte-americanas levaram para território iraquiano, em duas caravanas, 95 camiões-cisterna carregados de crude roubado dos campos sírios da al-Jazirah, na província de Hasakah.

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