O maior distrito eleitoral, Buenos Aires, foi a votos e com eles confirmou-se a queda de popularidade da política de terra queimada de Milei. Este domingo, o partido liberal La Libertad Avanza sofreu uma dura derrota ao ver a oposição vencer as eleições. Com 85% dos votos contados, o partido de oposição peronista, o Fuerza Patria, obteve quase 47%, enquanto o partido do presidente argentino ficou-se pelos quase 34%.
Javier Milei não demorou a reconhecer a vitória da oposição e admitiu que o seu partido sofreu «uma derrota clara», que «tem de ser aceite». Apesar de ter prometido fazer os possíveis para reverter a situação em que está, a leitura dos resultados não pode estar desligada da sua política agressiva de desmantelamento do Estado e das suas funções sociais, assim como dos casos de corrupção que orbitam à sua volta.
A província de Buenos Aires é considerada um termómetro da situação eleitoral da Argentina uma vez que a região, além de ser a mais poderosa é também tida como a mais influente politicamente. A um mês das eleições nacionais, os resultados deste domingo na capital argentina escolhiam 46 deputados e 23 senadores provinciais. Neste sentido, o Fuerza Patria conquistou 13 senadores e 21 deputados; o La Libertad Avanza, oito senadores e 18 deputados; o Somos Buenos Aires, dois senadores; e o Frente de Izquierda y de los Trabajadores – Unidad, dois deputados.
Este resultado representa um duro golpe para Milei ante o peronismo-K, corrente ligada ao kirchnerismo e à ex-presidente Cristina Kirchner, que ele prometia retirar de vez da política argentina. Agora, a um mês do próximo sufrágio, o presidente argentino vê a sua base de apoio diminuir e o peronismo a voltar à popularidade.
No próximo acto eleitoral, os cidadãos elegerão novos representantes para o Congresso, ou seja 127 deputados nacionais (metade da Câmara dos Deputados) e 24 de senadores (um terço do Senado).
Não obstante esta viagem de Luís Montenegro, o Governo português tem-se pautado pelo seguidismo dos ditames dos EUA e da UE, de que é exemplo o seu posicionamento face à Palestina, onde a soberania nacional de Portugal parece ser inexistente.
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