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Sem acordo, sector metalúrgico biscainho adere à greve em força

Depois de 18 reuniões e seis dias de greve ao longo de 2022, o patronato continua a não aceitar aumentos salariais que garantam o poder de compra, afirma o LAB. Por isso, a semana de luta avançou.

Manifestação em Portugalete, a 28 de Novembro, no âmbito da semana de luta do sector metalúrgico biscainho 
Manifestação em Portugalete, a 28 de Novembro, no âmbito da semana de luta do sector metalúrgico biscainho Créditos / LAB

As organizações representativas dos trabalhadores nas empresas do sector metalúrgico na Biscaia (País Basco) já tinham anunciado há tempos que mantinham a convocação de cinco dias de greve, entre 28 de Novembro e 2 de Dezembro, caso não houvesse acordo com a associação patronal (FVEM).

Segundo revela o sindicato LAB, apesar de alguns avanços registados na mesa de negociações, o patronato continua a não aceitar uma proposta de aumentos salariais que garanta o poder de compra dos trabalhadores e os impeça de empobrecer a trabalhar.

Neste sentido, a semana de greve está a ter lugar e com altos níveis de adesão, tal como se verificou nos outros dois períodos de greve levados a cabo no sector em 2022: 23 e 30 de Junho e 1 de Julho, e 27, 28 de Outubro e 2 de Novembro.

Então, os sindicatos afirmaram que, «enquanto as empresas mantêm grande quantidade de trabalho e lucros, […] o patronato recusa-se a garantir o poder de compra» dos trabalhadores.

Na segunda-feira, o nível de adesão rondou os 85% e ontem foi «tão contundente como nos dias anteriores», afirma a organização sindical ao referir-se aos dois primeiros de cinco dias consecutivos de paralisação, insistindo que, «sem uma proposta digna [do patronato] para melhorar o acordo, as negociações não avançam».

Por via do acordo, os sindicatos querem garantir as condições de vida dos trabalhadores e deixaram claro, ao longo dos últimos meses, que se recusavam a assinar um documento que, em seu entender, representasse um «recuo» em relação a convénios anteriores. Outra reivindicação destacada relaciona-se com o combate à precariedade e a limitação do recurso a empresas de trabalho temporário.

Mobilizações em várias comarcas

Na segunda-feira, os sindicatos LAB, ESK, CNT, CGT, CCOO e UGT promoveram mobilizações na comarca de Ezkerraldea, com uma manifestação a partir de Portugalete, e, ontem, na de Durangaldea, com mais de mil pessoas a manifestarem-se em Zornotza pelos direitos dos trabalhadores e a afirmar que «basta de desculpas».

Para hoje, está prevista uma jornada de luta em Hego Uribe-Arratia, amanhã em Eskumaldea e sexta-feira em Bilbau. O sindicato ELA está a realizar mobilizações à parte.

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