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Russos defendem a sua vacina e apontam riscos de outras soluções

Um responsável russo expressou dúvidas sobre vacinas ocidentais como as da AstraZeneca, enquanto os criadores da Sputnik defenderam a fiabilidade e o rigor dos estudos publicados sobre a vacina russa.

A vacina Sputnik V foi registada em Agosto de 2020 pelo Centro Nacional de Investigação e Microbiologia Gamaleya, em Moscovo, na Rússia. O nome da instituição homenageia o insigne médico, microbiologista e epidemiologista russo e soviético Nikolai Fedorovitch Gamaleya (1888-1949)
A vacina Sputnik V foi registada em Agosto de 2020 pelo Centro Nacional de Investigação e Microbiologia Gamaleya, em Moscovo, na Rússia. O nome da instituição homenageia o insigne médico, microbiologista e epidemiologista russo e soviético Nikolai Fedorovitch Gamaleya (1888-1949) Créditos / Fundo Russo de Investimento Directo/Sputnik

O Centro Nacional de Investigação de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, em Moscovo, negou rotundamente, esta terça-feira, as acusações de falta de fiabilidade dos dados estatísticos sobre a vacina russa Sputnik V, recentemente publicados na prestigiada revista médica The Lancet.

«Os dados publicados são fiáveis e precisos e foram aprovados por cinco revisores da The Lancet» e foi entregue à revista «um protocolo clínico completo», afirmou à RT o subdirector do Centro Gamaleya, Denis Logunov, acrescentando que a instituição proporcionou exactamente os dados obtidos e não aqueles «que deveriam agradar aos especialistas italianos».

As declarações ocorreram um dia depois de um grupo de investigadores norte-americanos e italianos, entre outros, terem publicado uma carta aberta, dirigida aos autores do estudo da Sputnik V, em que assinalavam o que consideravam «anomalias estatísticas em algumas das experiências. Em resposta, os criadores da vacina russa disponibilizaram-se para proporcionar à The Lancet as explicações necessárias, caso a revista o solicitasse.

Em declarações à agência Tass, os responsáveis daquela publicação médica mostraram-se abertos à «discussão científica dos artigos que publicamos» e disseram ter entregue a carta aberta ao professor Logunov e restantes coautores dos ensaios com a vacina russa, convidando-os a participar no debate.

À mesma agência o membro da Academia de Ciências da Rússia, Alexandre Kabánov, professor na Universidade Estatal de Moscovo e na Universidade da Carolina do Norte (EUA), declarou que a crítica de artigos científicos faz parte de um processo normal, sobretudo «quando se trata de obras de grande importância social, como uma vacina ou um medicamento em tempos de pandemia, e que a existência de críticas não significa que os resultados obtidos pelos investigadores estejam errados.

Algumas vacinas comportam mais riscos que outras, afirma a Rússia

Já Kirill Dmitriev, CEO do fundo soberano que financia a investigação da Sputnik V, não só defendeu a seriedade da investigação russa como produziu críticas acerbas da postura ocidental em matéria de vacinas.

Os esforços russos para desenvolver uma vacina fiável contra a COVID-19 tem sido «muito atacados nos mídia ocidentais», apesar dos «grandes resultados» obtidos na fase 3 de testes. sem que o mesmo espírito crítico se aplique às vacinas ocidentais em desenvolvimento.

«Mostrem-nos os estudos da “segurança” das vossas vacinas», afirmou, desafiando os EUA e o Reino Unido a mostrar estudos ou comprometimentos de que vacinas como a da AstraZeneca não têm efeitos a longo prazo sobre a saúde humana.

Exigindo que todas as vacinas sejam objecto do mesmo critério crítico, Dmitriev pediu ao Ocidente «estudos que mostrem que vacinas com adenovírus de macaco, como a vacina britânica da AstraZeneca, ou vacinas com mRNA [ARN mensageiro], a vacina dos EUA, não têm efeitos a longo prazo e riscos de cancro e de infertilidade».

E precisou: «tanto quanto sabemos, esses estudos não existem e são muito importantes… [Os investigadores] devem mostrar às pessoas que estão seguros de que não existe nem elevado risco de cancro, nem elevado risco de infertilidade».

A vacina russa, desenvolvida sobre adenovírus humano, explicou Dmitriev, «baseia-se numa abordagem que já deu provas» e que foi testada em muitas pessoas, «incluindo militares dos EUA», em contraste com as vacinas britânicas e norte-americanas, as quais, afirma, «não possuem estudos de longa duração».

A Rússia, afirmou, vai candidatar-se ao processo de pré-qualificação pela Organização Mundial de Saúde (OMS), à qual o Ministério da Saúde russo já forneceu os resultados das fases 1, 2 e 3 dos testes da Sputnik V.

«Trabalharemos com a OMS e com todas as organizações ocidentais», declarou Dmitriev, acrescentando que «estamos em contacto com pessoas que realmente se interessam por uma vacina que possa estar disponível em muitos países».

Num quadro disponível na página da Sputnik V, a vacina desenvolvida pelo instituto Gamaleya é posta em confronto com as suas mais directas rivais. Nele é possível verificar que a vacina russa já completou quatro testes da fase 3, o que nenhuma das concorrentes fez. Envolveu 20 mil pessoas nesses testes, contra 7 mil e 10 mil das vacinas britânica e americana, respectivamente. Prepara-se para envolver 500 mil pessoas na próxima fase de testes, contra 50 mil e 100 mil das suas respectivas concorrentes.

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