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Rússia reitera apelo à não ingerência dos EUA nos seus assuntos internos

A Rússia manifestou esta segunda-feira ao embaixador dos EUA em Moscovo o protesto pelo apoio expressado às mobilizações ilegais a favor de um conhecido opositor russo, muito acarinhado no Ocidente.

Maria Zakharova no decorrer de uma conferência de imprensa (imagem de arquivo)
Maria Zakharova no decorrer de uma conferência de imprensa (imagem de arquivo) Créditos / tass.com

Em declarações à televisão pública, Maria Zakharova, porta-voz do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, disse que «foi expresso aos Estados Unidos um firme protesto pela divulgação nas redes sociais e nas contas de Internet, por parte da Embaixada norte-americana, de publicações de apoio às manifestações ilegais numa série de cidades russas».

Por seu lado, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Riabkov, disse que, na conversa que manteve com John Sullivan, o embaixador dos EUA na Rússia, deixou claro o mal-estar do seu país com um alerta lançado pela Embaixada, dia 22, na sua página de Internet, dirigido aos cidadãos norte-americanos e que incluía o itinerário dos protestos nas principais cidades russas, indica a TeleSur.

«A Rússia – disse ainda Zakharova – encara esses materiais e também as declarações proferidas pelo Departamento de Estado como uma ingerência directa nos seus assuntos internos.»

Zakharova comentou que a acção de aberta ingerência nos assuntos internos de um Estado como a agora verificada, se tivesse ocorrido em Washington, já seria motivo para grande escândalo, sanções contra a Rússia, a expulsão dos seus diplomatas e outras medidas.

Logo no sábado, dia das manifestações a favor do blogger e membro da oposição Alexei Navalny, o governo russo afirmou que os diplomatas dos EUA teriam de dar explicações pela divulgação da «rota dos protestos não autorizados», com a indicação precisa de local e hora em várias cidades do país euroasiático, para depois pedir aos cidadãos norte-americanos que «evitassem essas concentrações».

«O que é que foi isto: uma orientação ou uma instrução?», perguntou Maria Zakharova numa entrevista concedida à agência TASS, sublinhando em seguida que «estes planos não foram anunciados sequer pelos organizadores».

As manifestações de sábado tinham como lema «A libertação do líder da oposição Alexei Navalny», que foi detido no passado dia 18, no aeroporto moscovita de Sheremetievo, ao regressar à Rússia, proveniente da Alemanha.

Navalny foi preso por violar os termos de uma pena suspensa a que foi condenado em 2014, no âmbito de um processo de fraude e lavagem de dinheiro, e deve permanecer na prisão até meados de Fevereiro, a aguardar julgamento, segundo informam a HispanTV e a PressTV.

Peskov denuncia ingerência e provocação do Ocidente

Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, denunciou no domingo aquilo que classificou como «provocação orquestrada pelo Ocidente, em particular pelos Estados Unidos», ao apoiar protestos ilegais de apoiantes do blogger Navalny, a braços com processos judiciais no seu país.

De acordo com a Prensa Latina, «apesar da campanha massiva nas redes sociais, do apoio do YouTube, dando espaço gratuito de transmissão ao canal da oposição Dozhd, dos milhares de anúncios na rede Tic Toc, dirigidos expressamente a adolescentes, em Moscovo [com uma área metropolitana em que habitam cerca de 20 milhões de pessoas] não vieram para as ruas mais que 4000 pessoas».

Acrescenta a fonte que, nalguns locais para onde foram convocadas concentrações, o número de jornalistas ocidentais era quase superior ao dos manifestantes.

No Ocidente, quis-se ainda passar a ideia de que a Polícia interveio com violência, com uso excessivo da força. «Ao contrário de capitais como Paris ou Berlim, onde se utilizam com profusão gás lacrimógeneo, carros com jactos de água e espingardas com balas de borracha, entre outros meios de repressão, a Polícia russa procurou deter apenas os mais activos num protesto ilegal», referiu Zakharova.

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