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|Bolívia

Polícia boliviana respondeu com repressão a quem exigia justiça em El Alto

Os agentes lançaram gás lacrimogéneo para dispersar as centenas de pessoas que esta quinta-feira exigiram justiça para as vítimas do massacre de Senkata, durante os protestos contra o golpe de Estado.

A população de El Alto protestou contra a repressão, exigiu justiça e voltou a ser alvo das forças policiais ao serviço do governo golpista boliviano
A população de El Alto protestou contra a repressão, exigiu justiça e voltou a ser alvo das forças policiais ao serviço do governo golpista boliviano Créditos / @OVargas52

A autoproclamada presidente interina da Bolívia, a golpista Jeanine Áñez, deslocou-se ontem a El Alto, nas imediações de La Paz, para participar numa sessão de homenagem à cidade, por ocasião do 35.º aniversário da sua fundação, tendo sido recebida por uma concentração de protesto daqueles que, desde 19 de Novembro de 2019, exigem justiça para as vítimas do massacre de Senkata.

De acordo com a informação divulgada pela Prensa Latina, Añez chegou à sessão rodeada de «elevadas medidas de segurança, enquanto em seu redor se podia ver cartazes com a inscrição "Fora, assassina"».

Em El Alto, registaram-se fortes mobilizações em apoio ao presidente deposto, Evo Morales, e contra o golpe recém-consumado, em Novembro do ano passado, e a população continua a acusar a presidente do governo golpista de «ser a principal responsável pelos dez dez mortos, 65 feridos e dezenas de detidos» na operação de despejo das pessoas que bloqueavam a fábrica de gás de Senkata (aquilo que ficou cunhado como o massacre de Senkata).

Discurso evasivo

Ao discursar, Añéz não se referiu à repressão policial desta quinta-feira, que inclusive atingiu as crianças da Escola 25 de Julho – asfixiadas pelo gás lacrimogéneo –, e prometeu investir 100 milhões de dólares na cidade.

No entanto – refere a agência cubana –, a presidente autoproclamada não disse que a verba com a qual pretende realizar todas as obras resultou da gestão do governos de Evo Morales. Com as receitas neoliberais que Áñez e os seus aliados defendem e que Morales combateu, o país detinha os maiores índices de pobreza e desigualdade da América do Sul.

Uma situação que foi invertida com os 14 anos de governação de Evo Morales, com indicadores em que se incluem: aumento do salário mínimo; aumento da percentagem da população com rendimentos médios; diminuição do desemprego; crescimento do PIB produto interno bruto (PIB) e decréscimento da dívida externa.

O presidente deposto no contexto do golpe de Estado, actualmente exilado na Argentina, usou a sua conta de Twitter para condenar a repressão de ontem, que caracterizou como «brutal» e sublinhando que a população de El Alto «reclamava justiça, recordando o massacre de Senkata».

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