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Palestiniano em greve de fome há 73 dias contra detenção administrativa

Maher al-Akhras cumpre o 73.º dia de greve de fome e mostra-se determinado a prossegui-la até ser libertado. A Comissão para os Assuntos dos Presos alerta para a grave situação clínica de al-Akhras.

Mobilização, na Cisjordânia ocupada, de apoio a prisioneiros em greve de fome (foto de arquivo)
Mobilização, na Cisjordânia ocupada, de apoio a prisioneiros em greve de fome (foto de arquivo) Créditos / palinfo.com

O preso palestiniano iniciou uma greve de fome, por tempo indeterminado, há 73 dias, em protesto contra a sua detenção administrativa. No fim da semana passada, al-Akhras declarou a um advogado que irá «prosseguir esta batalha até ao capítulo final, que é terminar a sua detenção administrativa e ser libertado, ou então morrer».

Fawaz Shaludi, advogado da Comissão para os Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos que o visitou no Centro Médico de Kaplan (Israel), sublinhou que o estado de saúde de al-Akhras é «grave e muito preocupante». Ontem, o director da comissão, Qadri Abu Bakr, reforçou a ideia, tendo afirmado que o estado de saúde do prisioneiro se agrava de dia para dia.

Desde que iniciou o protesto, al-Akhras foi transferido diversas vezes – do centro de detenção de Hawara para a prisão de Ofer; dali para Ramla e, depois, para o Centro Médico de Kaplan. Com isto, refere o Palestinian Information Center, as autoridades israelitas têm procurado cansá-lo e demovê-lo da greve.

Múltiplas detenções administrativas

Maher al-Akhras tem 49 anos de idade e reside na cidade de Silat ad-Dhahr, perto de Jenin (Margem Ocidental ocupada). Foi preso pelas forças israelitas a 27 de Julho último e condenado a quatro meses de detenção administrativa, sem acusação nem julgamento. Trata-se da sua quinta detenção administrativa.

Foi preso pela primeira vez em 1989, durante sete meses. Na segunda vez, em 2004, esteve detido dois anos. Foi novamente preso em 2009, tendo estado 16 meses em detenção administrativa, e outra vez em 2018, quando passou 11 meses em detenção.

Na semana passada, a Sociedade dos Prisioneiros Palestinianos apelou a todas as autoridades competentes e instituições internacionais de direitos humanos para que interviessem e pusessem fim ao sofrimento dos prisioneiros incapazes de se fazerem ouvir, salientando que, enquanto se multiplicam as exigências de libertação dos prisioneiros em todo o mundo, a ocupação israelita continua a prender cidadãos e a detê-los em condições severas, informa o MPPM (Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente).

A mesma fonte explica que «a prática por Israel da detenção administrativa, amplamente condenada, permite a detenção de palestinianos, sem acusação ou julgamento, por intervalos renováveis que variam entre três e seis meses, com base em provas não reveladas que mesmo o advogado do detido está impedido de ver».

Para protestar contra esta prática e exigir o fim da sua detenção administrativa, os presos palestinianos têm recorrido continuamente a greves de fome por tempo indeterminado.

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