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O que está acontecer nos EUA é fruto de um «sistema altamente injusto e desigual»

A ideia percorreu as acções levadas a cabo pelo CPPC, esta sexta-feira, em solidariedade com o povo dos EUA e na sequência do assassinato de George Floyd pela polícia de Minneapolis.

A acção de Lisboa decorreu na Praça do Martim MonizCréditos / Paulo António

Sob o lema «Pela Justiça e a Igualdade Social! Solidariedade com o Povo dos EUA!», o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) promoveu acções de protesto em Lisboa e no Porto, condenando a brutal repressão contra aqueles que lutam pelos seus direitos.  

Na capital, onde participaram cerca de 200 pessoas, intervieram Filipe Ferreira, vice-presidente do CPPC; André Levy, biólogo, actor e ex-residente nos EUA; Paulo Renato, dirigente sindical e emigrante de origem cabo-verdiana; Francisco Canelas, da União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) e João Barreiros, da CGTP-IN.

Nas várias intervenções ficou claro que o novo coronavírus veio, mais uma vez, destapar as desigualdades sociais de que se alimentam os EUA, onde o sistema de saúde, sendo o mais caro do mundo, é também o menos democrático. Em 2018, perto de 18 milhões de americanos não tinham seguro de saúde. Hoje são já 30 milhões.

Ainda assim, nem todos os «segurados» estarão capazes de fazer face às despesas associadas tendo em conta o brutal aumento do desemprego, num país que detém o maior número de infectados com covid-19 e também o maior número de vítimas mortais. Dados divulgados em finais de Maio davam conta de mais cerca de 40 milhões de desempregados desde o início da pandemia. 

Segundo o vice-presidente do CPPC, o racismo é um dos problemas vividos nos EUA, a que se junta, entre outros, a ausência de serviços públicos essenciais e de políticas que protejam os direitos dos trabalhadores. As baixas médicas são um dos exemplos. Apesar de alguns estados norte-americanos já terem aprovado leis que obrigam as empresas ao seu pagamento, a nível federal esse direito continua a não existir.

O tema dos direitos laborais teve seguimento na intervenção de João Barreiros, salientando que toda a realidade que se vive actualmente nos EUA resulta de um «sistema altamente injusto e desigual».

André Levy chamou a atenção para a taxa de suicídio nos EUA, que aumentou para 35% desde o ano 2000, e para o aumento da mortalidade materna (sobretudo de mulheres negras), contrariando ambos a tendência mundial, sublinhando que são os negros os mais afectados pelas desigualdades. 

Em sentido idêntico, o dirigente sindical Paulo Renato, debruçando-se sobre a realidade portuguesa, admitiu que são os emigrantes os mais afectados pelo flagelo dos vínculos precários e pelos acidentes de trabalho. 

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