Os trabalhadores da Interal, empresa localizada em Lezo (Guipúscoa) e dedicada à produção de alimentos desidratados e líquidos, realizaram esta terça-feira, com elevada adesão – de acordo com o sindicato ELA –, a primeira paralisação de cinco previstas para o fim de Setembro e o mês Outubro.
No início deste ano tiveram lugar as primeiras reuniões com vista à negociação do acordo de empresa, caducado desde 2021, mas, segundo revela a fonte sindical, as medidas avançadas pela administração significam a deterioração do acordo que existia e os aumentos salariais propostos são inferiores ao índice de preços ao consumidor.
O sindicato denuncia a «atitude agressiva» mantida pela empresa em relação aos trabalhadores, «aumentando a pressão e impondo-lhes sanções», e, neste contexto, os trabalhadores aprovaram em plenário (com 136 votos a favor e 20 contra) um calendário de greves.
A de ontem foi uma paralisação parcial, tal como a que está prevista para 4 de Outubro. Nos dias 11, 18 e 25 do próximo mês, haverá jornadas de greve a tempo inteiro, com as quais os trabalhadores pretendem plasmar a sua exigência de que o acordo agora negociado não seja pior que o anterior, aumentos salariais que lhes permitam fazer frente ao custo de vida, medidas que melhorem a conciliação familiar, entre outros aspectos.
Mobilização em Ourense por «condições de trabalho dignas»
Também esta terça-feira, os trabalhadores da Megatech, empresa do sector automóvel com sede em Ourense, levaram a cabo uma concentração frente às instalações da fábrica, convocados pelas centrais sindicais CIG, CCOO, UGT e USO.
O objectivo, revela a Confederação Intersindical Galega (CIG) no seu portal, é reivindicar «condições de trabalho dignas», que passam por aumentos salariais e pela redução das contratações através de empresas de trabalho temporário (ETT), que actualmente representam cerca de 60% do total.
A CIG-Industria de Ourense explica que os sindicatos com representação na empresa andam há tempo a tentar negociar aumentos salariais e benefícios sociais. «No entanto, a direcção propôs adiar o diálogo para depois das férias e agora recusa-se a negociar», denuncia.
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