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Mulheres Sem Terra mobilizam-se contra o agronegócio, a fome e as violências

Março é mês de luta das Mulheres Sem Terra, que promovem acções de mobilização, protesto, solidariedade e formação em 24 estados brasileiros, em diálogo com a sociedade e em luta por direitos.

Mulheres Sem Terra em luta 
Mulheres Sem Terra em luta Créditos / MST

Com o lema «O agronegócio lucra com a fome e a violência: por terra e democracia, mulheres em resistência!», as mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizam uma Jornada Nacional de Lutas com iniciativas em 24 estados do país sul-americano.

As actividades previstas incluem caminhadas em vias públicas, plantio de árvores, formações, acampamentos pedagógicos e distribuição de alimentos agroecológicos. O principal período de mobilização é agora, de 6 a 8 de Março, para assinalar o Dia Internacional das Mulheres «em celebração e resistência», refere o MST no seu portal.

De acordo com o texto divulgado pelo movimento, as mobilizações visam denunciar a «fome, a violência e a destruição da natureza, cruéis facetas do agro-golpe-tóxico-negócio no Brasil», e a escolha do lema partiu da compreensão colectiva de que «o capital no campo estabeleceu laços bem atados com o neofascismo, crescente na sociedade brasileira».

«A denúncia também expõe uma das maiores contradições difundidas pelo agronegócio, que não produz alimentos para o país e sim lucro para uma elite agrária e empresas multinacionais», afirma o texto, acrescentando: «Enquanto cerca de 60% da população passa fome ou não têm alimentos suficientes para sua família, o sector bateu recordes de safra e exportações de suprimentos.»

Reforma agrária e outras exigências das mulheres do campo

A Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra começou, na verdade, logo nas primeiras horas da madrugada de 1 de Março. Em Itaberaba, na Bahia, cerca de 120 mulheres do MST ocuparam um latifúndio abandonado, a Fazenda Santa Maria. Propriedade da família Baleeiro, a zona já foi ocupada por famílias camponesas entre 2015 e 2019, tendo sido palco de oito despejos – alguns violentos, indica o Brasil de Fato.

Centrada no «direito à terra e ao território» e apontando a reforma agrária e a agroecologia como contraponto à lógica do agronegócio, a luta das mulheres do campo articula-se, em simultâneo, com as restantes organizações feministas de movimentos do campo popular, que celebram as muitas conquistas das mulheres nos últimos séculos e, explica o MST, denunciam igualmente «os graves problemas de género que persistem no país e em todo o mundo».

Neste sentido, a Jornada será também ocasião para denunciar «as diversas formas de violências patriarcal e racial, que têm atingido as pessoas em condições de vulnerabilidade e feito vítimas em nossas áreas», afirmam as Mulheres Sem Terra, que anunciam a sua disposição «para construir relações humanas emancipadas, livres de todas as formas de violência».

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