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MPPM reclama a libertação do preso palestiniano Bilal Kayed

O preso palestiniano, que deveria ter sido libertado a 13 de Junho, foi colocado em detenção administrativa por seis meses. O MPPM reclama a libertação de Kayed, que está em greve de fome desde 15 de Junho.

O preso palestiniano Bilal Kayed está em greve de fome desde 15 de Junho
O preso palestiniano Bilal Kayed está em greve de fome desde 15 de JunhoCréditos

Depois de cumprir uma pena de 14 anos e meio nas prisões israelitas, o preso palestiniano Bilal Kayed deveria ter sido libertado a 13 de Junho – informa o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) num comunicado emitido ontem. Em vez disso, «foi colocado em detenção administrativa — sem julgamento nem culpa formada — durante seis meses pelas forças armadas de ocupação israelitas».

Para exigir «a sua liberdade e o fim da detenção administrativa», Kayed iniciou no dia 15 de Junho uma greve da fome por tempo indeterminado. Desde então, «já perdeu 25 quilos e a sua saúde está a deteriorar-se rapidamente», lê-se no texto, que dá conta da «solidariedade total» que lhe foi declarada pelo Movimento dos Presos Palestinos – muitos dos quais «estão neste momento empenhados em protestos e acções de solidariedade, incluindo greves da fome».

Sobre o procedimento da detenção administrativa, o MPPM afirma que este «permite às forças armadas israelitas manter os presos indefinidamente com base em informações secretas», sem os acusar nem lhes permitir ir a julgamento, e sem que eles saibam quando serão libertados. Entre os mais de 7000 palestinianos actualmente encarcerados em centros israelitas, contam-se cerca de 715 detidos administrativos.

Por estes motivos, o MPPM, incluído numa plataforma que integra duas dezenas de organizações portuguesas, entende que é urgente o Ministério da Justiça de Portugal desvincular-se do Projecto Law-Train, «em que está associado ao Ministério da Segurança Pública de Israel», e reclama: a liberdade de Bilal Kayed e dos outros detidos administrativos; o fim da prática da detenção administrativa; a liberdade de todos os presos palestinos; o fim da ocupação, o reconhecimento efectivo do direito do povo palestiniano a um Estado viável, dentro das fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém Leste e uma solução justa para o problema dos refugiados.

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