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Samuel Moncada, representante da Venezuela junto das Nações Unidas (ONU), recorreu esta segunda-feira à conta oficial de Twitter do Ministério dos Negócios Estrangeiros do seu país (@CancilleriaVE) para denunciar as ameaças de Carlos Trujillo à «integridade física» do presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro.

«É incrível que, depois de um atentado frustrado, o representante dos Estados Unidos na Organização de Estados Americanos (OEA), Carlos Trujillo, declare que o presidente Nicolás Maduro "está a arriscar-se ao vir a Nova Iorque", para assistir à 73.ª Assembleia Geral da ONU», lê-se na conta do Ministério venezuelano dos Negócios Estrangeiros.

«O Senhor Trujillo quebrou todos os parâmetros», disse Moncada numa entrevista à TeleSur, em que qualificou as declarações do diplomata norte-americano como «inauditas e repudiáveis», «criminosas e violadoras do direito internacional».

Lembrando que «o grupo terrorista que levou a cabo o atentado frustrado no passado dia 4 de Agosto está protegido em território norte-americano», Samuel Moncada sublinhou que a administração dos EUA está obrigada, na sua qualidade de Estado-anfitrião, a garantir aos chefes de Estado e de governo o acesso em segurança às instalações das Nações Unidas.

«Quando um chefe de Estado vai às Nações Unidas, não vai aos EUA, mas a um território da ONU, e os EUA estão obrigados a garantir a sua segurança e da sua comitiva», frisou.

Instigar a guerra contra a Venezuela

Na entrevista à TeleSur, o diplomata venzuelano acusou ainda os EUA de promoverem uma guerra «entre latino-americanos». «Os Estados Unidos instigam a guerra, financiam a guerra, equipam a guerra, beneficiam com a guerra e vão querer aparecer como os salvadores humanitários», alertou Moncada.

De acordo com o diplomata, isto ficou evidente esta segunda-feira, numa sessão da OEA, no decorrer da qual Carlos Trujillo, embaixador norte-americano junto do organismo regional, instou «os governos da Colômbia, do Chile, do Brasil e do Peru – que agridem fortemente a Revolução Bolivariana – a atacar a Venezuela», informa a AVN.

«Os Estados Unidos querem a guerra, mas entre latino-americanos, que nós, latino-americanos, nos matemos uns aos outros», denunciou, acrescentando que foi por isso que Trujillo pediu abertamente aos países referidos que «tomem a decisão difícil de atacar abertamente a Venezuela».