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Maior greve de sempre no sector da Saúde nos EUA

Mais de 75 mil trabalhadores sindicalizados da Kaiser Permanente entraram em greve na quarta-feira, exigindo melhores salários, condições de trabalho e reforço de pessoal.

Piquete de greve em Springfield, Virgínia 
Piquete de greve em Springfield, Virgínia CréditosAndrew Caballero-Reynolds / edition.cnn.com

A paralisação, que começou na manhã de quarta-feira, deve durar até amanhã. No entanto, a coligação de sindicatos que representam os trabalhadores na Kaiser Permanente – considerada uma das maiores organizações do país norte-americano na área da Saúde – já afirmou que está a ponderar a realização de uma greve por um período mais longo em Novembro, se até lá o contrato de trabalho não for negociado.

Califórnia, Colorado, Oregon, Virgínia, Distrito de Colúmbia estão entre os estados mais afectados pela paralisação, em grande medida motivada pela escassez de funcionários – algo que, denunciam os trabalhadores, está a comprometer os cuidados prestados aos pacientes e a levar muitos funcionários à exaustão.

Na quarta-feira, uma porta-voz da Kaiser Permanente, que opera 39 hospitais e uma rede com mais de 600 consultórios nos EUA, disse que as negociações entre as partes tinham terminado sem um acordo, mas fazendo referência a avanços.

Já Caroline Lucas, da coligação sindical que representa 40% dos trabalhadores da empresa, disse que os profissionais da saúde esperam por uma resposta significativa dos responsáveis da Kaiser relativamente a alguns dos pontos apresentados e considerados prioritários, como pessoal suficiente, protecção contra a externalização e salários justos, de modo a reduzir a rotatividade.

Entre os grevistas, contam-se enfermeiros, dietistas, recepcionistas, técnicos de laboratório e farmacêuticos, que, além de aumentos salariais, exigem uma estratégia para resolver a escassez crónica de pessoal.

Falta de pessoal e exaustão são perigosas

Ju-Anna Isaiah, transcritora da Kaiser Permanente que está a fazer greve em Los Angeles, disse à CNN que, muitas vezes, é a única pessoa na sua unidade, por falta de novas contratações.

Trabalhadores da Kaiser em greve em Los Angeles // Samuel Braslow / edition.cnn.com

A função de Isaiah exige que ajude a coordenar os quartos dos pacientes depois de eles saírem da cirurgia. «É muito mau para os profissionais da saúde na linha de frente quando tentam trabalhar com os pacientes e levá-los onde precisam, mas não há pessoal», alertou.

Os sindicatos classificam o actual nível de dotação de pessoal na Kaiser como «inseguro» e como «perigosos» os tempos de espera dos pacientes.

James Bell, técnico de radiologia, referiu-se a situações de pacientes que saíram das camas depois de esperarem muito por ajuda do escasso pessoal que se encontrava a fazer turno. Alguns caíram e pediram-lhe para lhes tirar radiografias dos ferimentos, indica a fonte.

Alguns trabalhadores obrigados a dormir em carros

Por seu lado, Rocio Chacon, trabalhadora em greve da Kaiser que integra a comissão negocial sindical, disse que muitos funcionários não têm dinheiro para viver nas cidades onde trabalham, devido ao aumento do custo de vida. Disse ainda que alguns trabalhadores optam por dormir nos seus carros.

«Neste momento, há enfermeiros que dormem nos seus carros, por duas razões. Primeiro, não podem arcar com o custo de vida aqui, então têm de se mudar para [locais a] duas, três horas (de distância); depois, devido à falta de pessoal, trabalham 14, 16 horas, e ficam cansados», disse Chacon à CNN, confirmando que muitos dormem nas viaturas de segunda a sexta-feira.

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