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Lula entrega medalha de mérito a cientistas vetados por Bolsonaro

O acto de reparação, no Palácio do Planalto, em Brasília, ficou também marcado pela reactivação do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, que deixara de funcionar havia cinco anos.

CréditosRicardo Stuckert / PT

A médica sanitarista Adele Benzaken e o infectologista Marcus Vinícius Lacerda receberam, esta quarta-feira, as medalhas da Ordem Nacional do Mérito Científico, que haviam sido revogadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A distinção foi entregue pelo presidente Lula da Silva, numa cerimónia que teve lugar no Palácio do Planalto.

Benzaken era directora do Departamento de HIV/Sida do Ministério brasileiro da Saúde e foi demitida em 2019, no primeiro ano do governo de extrema-direita, depois de publicar uma cartilha sobre prevenção de doenças destinada a homens trans. Por seu lado, Marcus Vinícius Lacerda foi responsável por um estudo que comprovou a ineficácia da cloroquina no tratamento da Covid-19, em 2020, refere a Agência Brasil.

Depois de receber a condecoração das mãos do Presidente brasileiro, Adele Benzaken comemorou o reencontro com «um novo país».

Por seu lado, ao intervir no acto que reverteu a decisão de Bolsonaro, Lula da Silva sublinhou que o simbolismo do evento vai além de um acto formal. 

«Estamos reunidos aqui hoje para dizermos, em alto e bom som: chega de obscurantismo. Basta de negacionismo», disse, citado pelo Brasil de Fato.

«O Brasil não merece mais ter suas instituições aviltadas, a ponto de tanta gente séria da ciência devolver a Ordem do Mérito Científico. Gente que, felizmente, aceitou receber a condecoração de novo hoje. E aceitou porque sabe que a ciência voltou», disse Lula em alusão às duas dezenas de cientistas e investigadores que, em protesto, se recusaram a receber a distinção durante o governo de Jair Bolsonaro.

Lula e a médica Adele Benzaken, durante o evento «A Ciência Voltou», no Palácio do Planalto, em Brasília // Marcelo Camargo / Agência Brasil

Presente no evento, que também marcou o regresso do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) – extinto por Bolsonaro em 2019 –, a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, disse que a ocasião é um acto de desagravo aos profissionais da ciência, no país.

Segundo refere o Brasil de Fato, a reactivação do CCT implica uma reformulação do órgão, por forma a garantir mais espaço a representantes do governo e da sociedade civil.

No total, o órgão será composto por 34 membros, entre representantes do poder público, da população e dos sectores da educação, investigação, ciência e tecnologia.

Na mesma cerimónia, em Brasília, o presidente brasileiro assinou o decreto que convoca a 5.ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, cuja realização está prevista para o primeiro semestre do ano que vem, indica a Agência Brasil.

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