A greve nacional convocada pela Unione Sindicale di Base (USB) abrange todo o pessoal do transporte aéreo e afim. Em comunicado divulgado dia 4, a estrutura sindical afirma que «nos últimos anos não foi resolvido nenhum dos graves problemas que reduziram este sector estratégico a um faroeste sem regras, provocando a perda de pelo menos 22 mil postos de trabalho».
A USB alerta, entre outros aspectos, para a estagnação salarial «há anos», para a deterioração das condições de vida num contexto de aprofundamento da exploração, para a erosão «sempre cada vez mais perigosa» dos níveis de saúde e segurança.
Tudo isto, afirma, num contexto em que se mantém «a inacção das instituições na política geral de emprego» e num sector que se tornou «um laboratório de reestruturações sem precedentes», com «a compra a preço de saldo de peças preciosas do que continua a ser o terceiro maior mercado europeu».
Neste sentido, a USB exige um aumento salarial imediato de 300 euros; um plano de contratação de emergência; um plano que reequilibre a cadeia de valor dentro dos aeroportos e deixe de enriquecer apenas as gestões aeroportuárias (detentoras de concessões lucrativas) e as low cost, em favor do factor trabalho; o regresso da USB à mesa de negociações do handling.
Restituir a dignidade salarial e a qualidade ao sector do handling
Fit-Cisl, Uiltrasporti, Ugl Trasporto Aereo e Filt Cigl, que representam os trabalhadores do handling nos aeroportos italianos, também anunciaram uma greve nacional para 19 de Maio.
Em comunicado, sublinham que, nos últimos seis anos, não foi possível assinar a renovação dos contratos e a situação se tornou insustentável». De acordo com as organizações sindicais, «o custo de vida aumentou de forma vertiginosa», mas a «situação destes trabalhadores manteve-se inalterada».
Neste sentido, defendem a necessidade urgente de negociações, com vista a alcançar um novo acordo contemplando aumentos salariais, que permitam compensar a perda do poder de compra.
Os sindicatos alertam que o sector do handling deixou de ser atractivo e, por isso, tornou-se difícil encontrar novos trabalhadores, pelo que é preciso restituir-lhes a dignidade salarial e a qualidade de vida
Caso as reivindicações não sejam atendidas, lê-se no portal filtcgil.it, «o transporte aéreo vai enfrentar um novo Verão quente, com inevitáveis repercussões no serviço aos utentes».
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