Em comunicado, o Sindicato dos Jornalistas Palestinianos afirmou que as forças de ocupação israelitas continuam a atacar jornalistas palestinianos com a intenção de os matar.
De acordo com o comité de liberdades da organização, a mais recente vítima foi o fotógrafo e operador de câmara Yazan al-Zuweidi, que trabalhava para o canal egípcio Al-Ghad e foi morto, este domingo, pela ocupação israelita no enclave costeiro.
O organismo afirma que o assassinato de jornalistas por parte das forças militares de ocupação é parte das suas «tentativas de destruir a verdade do genocídio cometido contra o povo palestiniano em geral, particularmente na Faixa de Gaza», revela a Wafa.
Destaca, além disso, os elevados riscos que os trabalhadores do sector correm, as condições extremamente complexas e difíceis em que vivem, bem como o facto de as suas famílias não serem poupadas.
Neste contexto, alertou para as tentativas de Israel de «falsificar e fabricar acusações contra eles», de modo a justificar os seus assassinatos e a colocar entraves a qualquer processo judicial futuro, a nível internacional, que «responsabilize Israel por estes crimes».
Intensos bombardeamentos sobre a Faixa de Gaza
Os ataques israelitas das últimas horas contra o enclave costeiro palestiniano provocaram dezenas de mortos entre a população civil, revela a Wafa com base em fontes médicas e da imprensa.
Os bombardeamentos tiveram impacto nas zonas Norte, Centro e Sul do território, com particular incidência em Khan Younis e, na região central, em Deir al-Balah e nos campos de refugiados de al-Bureij, al-Maghazi e Nuseirat, indica a Al Jazeera.
Esta última fonte dá eco ao mais recente relatório do Ministério da Saúde, de acordo com o qual pelo menos 132 pessoas foram mortas e 252 ficaram feridas na Faixa de Gaza nas últimas 24 horas, como consequência dos ataques.
Dados preliminaries apontam para 24 100 mortos e 60 834 feridos desde 7 de Outubro, no contexto da mais recente agressão israelita contra o território palestiniano.
Milhares de detidos por Israel na Cisjordânia ocupada
Segundo revelou este domingo o Clube dos Prisioneiros Palestinianos, o Exército e a Polícia israelitas prenderam 5875 palestinianos na Margem Ocidental ocupada desde 7 de Outubro último.
Neste número incluem-se 355 menores e cerca de 200 mulheres, informou o Clube em comunicado, no qual se dá conta do aumento de crimes das forças de segurança contra os detidos nos últimos 100 dias.
«Tortura, maus-tratos, tareias, ameaças de disparo, interrogatórios no terreno, ameaças de violação, bem como utilização de cães e de cidadãos como escudos humanos», revela o texto, citado pela Prensa Latina.
Entretanto, esta madrugada as forças de ocupação prenderam mais 23 palestinianos em raides em vários pontos dos territórios ocupados.
Já esta manhã, indica a Wafa, as forças israelitas invadiram a Universidade de an-Najah, em Nablus (Norte da Cisjordânia), agrediram vários funcionários da instituição e prenderam 25 estudantes.
De acordo com a Al Jazeera, os israelitas alegam que, com a acção, pretendiam pôr fim a actividades de «células do Hamas» na instituição de ensino.
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