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|Médio Oriente

Israel é o «principal factor de desestabilização no Médio Oriente»

O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) repudia de forma veemente a agressão israelita contra o Líbano e exige ao Governo português uma «firme condenação» e uma «acção determinada».

Créditos / CPPC

Numa nota emitida esta quinta-feira, a Direcção Nacional do CPPC sublinha que os bombardeamentos de Israel sobre o Líbano «em poucas horas mataram centenas de pessoas, feriram milhares e levaram muitas mais a abandonar as suas casas».

Intensificados a partir da última segunda-feira, «seguem-se ao inqualificável ataque envolvendo dispositivos electrónicos (como pagers ou walkie-talkies), que deixaram um rasto de morte e mutilação no país», lembra o organismo de defesa da paz.

A actual agressão israelita contra o Líbano, uma das mais graves nas últimas décadas, «comprova que é Israel – e quem o apoia, desde logo os EUA – o principal factor de desestabilização no Médio Oriente», declara o documento.

A este propósito, o CPPC frisa que «o genocídio em curso na Faixa de Gaza, o agravamento da repressão na Cisjordânia, as provocações ao Irão, os constantes ataques contra a Síria e o Líbano», por parte de Israel, «desestabilizam ainda mais aquela região e representam um elevado e preocupante potencial de escalada de guerra, com dimensões regionais».

É também neste contexto que o CPPC exige ao Governo português que condene firmemente os ataques israelitas e aja de forma determinada, «em todas as instituições internacionais em que participa, em prol da paz e dos direitos dos povos do Médio Oriente».

A começar pelo povo palestiniano, ao Executivo português cabe a exigência de cessar-fogo imediato e permanente na Faixa de Gaza e o fim imediato dos ataques e das incursões na Cisjordânia; bem como a do levantamento do bloqueio à Faixa de Gaza e da reconstrução do território, defende o texto.

Também deverá defender o fim da ocupação e dos seus instrumentos (os colonatos, os postos de controlo, o muro de separação, as prisões), assim como o reconhecimento imediato do Estado da Palestina nas fronteiras anteriores a junho de 1967, com capital em Jerusalém Oriental, e o direito ao regresso dos refugiados.

«Palestina Livre! Paz no Médio Oriente»

Neste âmbito de denúncia e solidariedade, o CPPC apela também à participação nas acções que terão lugar em várias localidades do País integradas na Jornada Nacional de Solidariedade «Palestina Livre! Paz no Médio Oriente», de 2 a 12 de Outubro, com manifestações convocadas para o Porto no dia 6 e Lisboa no dia 12.

«Será uma oportunidade, mais uma, para o povo português fazer ouvir a sua voz em prol da paz, do desarmamento, da soberania e dos direitos dos povos», tal como «consagrado na Constituição da República Portuguesa», afirma o CPPC.

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