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|União Europeia

Guerra, sanções e lucros na agenda da União

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, admite que as sanções «vieram para ficar» e que os lucros das energéticas «são aceitáveis», mas seria «um erro» recebê-los agora. 

CréditosYves Herman; POOL / EPA

Num discurso de cerca de uma hora sobre «o Estado da União», esta quarta-feira, a líder da Comissão Europeia (CE) assumiu que os próximos tempos «não vão ser fáceis», mas não apresentou medidas para inverter a asfixia com que milhares de famílias estão confrontadas há já largos meses.

A responsável da CE assinalou o facto de esta ser a primeira vez que o Parlamento Europeu se reúne para debater o «Estado da União» em contexto de guerra na Europa, mas soluções para mediar o conflito ficaram ausentes do discurso.

Ursula Von der Leyen destacou os 19 mil milhões de euros enviados para a Ucrânia e prometeu novo envelope financeiro no valor de 100 milhões de euros. Enquanto isso, e na presença da mulher do presidente ucraniano, sua convidada de honra, Von der Leyen defendeu a continuidade das sanções, apesar de estarem a ser suportadas pelos povos dos países-membros, enquanto os grandes grupos económicos aproveitam para acumular lucros milionários.

A este respeito, a presidente da Comissão Europeia admite a existência de lucros «extraordinários» no sector energético, mas não questiona o modus operandi do mercado liberalizado que os permite. Ao mesmo tempo, nada diz sobre o aumento dos lucros noutros sectores de actividade, não menos obscenos. Mas, porque seria «um erro» amealhar demasiado em tempo de guerra, propõe a existência de um «limite máximo», apenas para os lucros das energéticas – uma medida temporária que a dirigente diz querer canalizar para «aqueles que necessitam mais». 

Questões como o aumento do custo de vida e a consequente necessidade de aumentar salários não fizeram parte do discurso de Von der Leyen, que anunciou «novas ideias para a governação económica» no mês de Outubro, ao mesmo tempo que insistiu na ideia da «sustentabilidade orçamental» e defendeu uma «melhor flexibilidade» dos Estados-membros no sentido da redução da dívida.

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