Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

|Argentina

Governo de Macri enfrenta a quarta greve geral

Após a grande manifestação de ontem, Buenos Aires amanheceu sem movimento. À convocatória da CGT uniram-se as outras grandes centrais sindicais, contra a política de austeridade e o acordo com o FMI.

Centenas de milhares de pessoas manifestaram-se esta segunda-feira, em Buenos Aires, contra as políticas de austeridade de Macri
Centenas de milhares de pessoas manifestaram-se esta segunda-feira, em Buenos Aires, contra as políticas de austeridade de MacriCréditos / mundogremial.com

Os efeitos da paralisação começaram a sentir-se ontem, uma vez que a Associação de Trabalhadores do Estado (ATE), as duas Centrais de Trabalhadores da Argentina (CTA e CTA Autónoma), muitos sindicatos e organizações sociais aderiram a uma paralisação de 36 horas, com início ao meio-dia desta segunda-feira.

O protesto tem continuidade na greve geral de 24 horas convocada para hoje pela Central Geral do Trabalho (CGT), a quarta paralisação do género que os trabalhadores argentinos realizam contra o governo de Macri (a segunda deste ano) e que, de acordo com os dirigentes sindicais, deverá ser a mais forte de todas, dado o grau de «deterioração social» que o país vive.

Ao protesto convocado contra as políticas implementadas pela Casa Rosada aderiram todos os sindicatos dos transportes, pelo que não há autocarros, comboios, metro ou aviões a funcionar desde o início da madrugada.

De acordo com o periódico argentino Página 12, o sector do transporte de mercadorias também está a aderir à greve, e as dependências públicas, as escolas, os bancos e muitas lojas estão fechadas. Também não há recolha de lixo, serviço de recarga nas caixas automáticas ou de abastecimento de combustíveis, enquanto os hospitais apenas estão a funcionar com o pessoal indispensável.

Embora a CGT não tenha convocado uma mobilização para esta terça-feira, prevê-se que outros sindicatos e organizações sociais levem a cabo cortes de estrada e concentrações em vários pontos do país, denunciando, entre outros aspectos, os despedimentos levados a cabo pelo governo e o acordo que alcançou com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Grande manifestação na Avenida de Maio, em Buenos Aires

Muitos trabalhadores deram início ao protesto ontem, juntando às 24 horas da greve geral desta terça-feira outras 12 horas, a partir do meio-dia de segunda, mobilizados pela ATE, a CTA e a CTA Autónoma, e muitos outros sindicatos e organizações sociais.

Na Avenida de Maio, que liga o Congresso à Casa Rosada, sede do poder executivo, centenas de milhares de trabalhadores, dos mais variados sectores, e também despedidos, que lutam pela recuperação dos seus postos de trabalho, manifestaram-se contra o executivo de Macri.

«Estamos aqui novamente todos mobilizados contra estas políticas de austeridade, contra a falta de controlo na economia, contra projectos de lei que sempre beneficiam os poderosos», declarou à Prensa Latina o secretário de relações internacionais da Federação de Trabalhadores da Energia, Serviços e Indústria da Argentina, Ariel Basteiro.

Basteiro explicou que um dos alvos principais da denúncia dos trabalhadores é o acordo celebrado pelo governo com o FMI, que «significa mais austeridade, maiores perdas salariais, mais inflação e um endividamento que pagarão os nossos filhos, netos e filhos dos nossos netos», disse.

Por seu lado, o secretário-geral da CTA, Hugo Yasky, afirmou no decorrer da mobilização, na Praça de Maio, que «o governo tem de entender que os trabalhadores vão estar na rua até que a sua política económica mude».

«Esses que em Washington vendem a Argentina, o Brasil e a região como o pátio traseiro. Não, este não é o pátio traseiro. Esta é a região de San Martín e Simón Bolívar. Não voltaremos a ser uma colónia, nem nos vamos entregar como se fôssemos simplesmente um troféu de guerra. Vamos reivindicar os nossos direitos», clamou.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui