«As escolas não devem, em hipótese alguma, usar recursos produzidos por organizações que assumem posições políticas extremas sobre o assunto [...] mesmo que o material em si não seja extremo, o seu uso pode significar um endosso ou apoio a essa organização», refere-se na orientação do Departamento de Educação (DfE), citada pelo The Guardian.
Na missiva emitida na passada quinta-feira aos responsáveis pela definição do currículo de educação sexual e saúde, o anticapitalismo é definido como uma «postura política extrema», e, curiosamente, associado à falta de liberdade de expressão, mas também ao anti-semitismo e endosso de actividade ilegal, sendo equiparado ainda ao «desejo publicamente declarado de abolir ou derrubar a democracia» ou de acabar «com eleições livres e justas».
Simultaneamente, a tutela proíbe, entre outras medidas, a realização de actividades político-partidárias por parte dos jovens alunos.
Entre os críticos à orientação recebida pelas escolas de Inglaterra surgiu John McDonell, do Partido Trabalhista, para quem este «é mais um passo na guerra cultural». Mcdonell admite que a «tendência para o autoritarismo conservador extremo está a ganhar ritmo» e «deve preocupar qualquer pessoa que acredita que a democracia requer liberdade de expressão e uma população educada».
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