|Palestina

Gaza. Segundo maior hospital já não funciona e é «sentença de morte» para deslocados

O director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou hoje que o Hospital Nasser, o principal do sul de Gaza, já não está operacional embora ainda tenha 200 doentes no interior.

Créditos / SANA

«O Hospital Nasser em Gaza já não está a funcionar, após um cerco de uma semana, seguido do ataque em curso», disse Tedros Adhanom Ghebreyesus numa mensagem colocada na rede social X (antigo Twitter).

Tedros Adhanom Ghebreyesus diz que uma equipa da OMS não foi autorizada a entrar no hospital, no sábado, para entregar combustível e aferir as condições dos doentes e das necessidades médicas, apesar de ter estado no recinto da unidade de saúde, juntamente com outras entidades parceiras. A falta de combustível para os geradores, dado que Israel cortou a electricidade, e os combates em torno da unidade de saúde fizeram com que esta ficasse operacional. 

O dirigente da OMS alerta, no entanto, que ainda há 200 pacientes no hospital, 20 dos quais precisam de transferência urgente para outras unidades de saúde.

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Israel está a usar a fome como arma de guerra em Gaza, acusam organizações

O Conselho para as Relações Americano-Islâmicas, nos EUA, e a organização israelita de defesa dos direitos humanos B’Tselem acusam Israel de assumir uma «política declarada» de fome na Faixa de Gaza.

Grupo de crianças palestinianas segura recipientes numa fila para receber comida em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, em Dezembro de 2023 
Créditos / PressTV

Nihad Awad, director executivo nacional do Conselho para as Relações Americano-Islâmicas (CAIR, na sigla em inglês), afirmou esta segunda-feira, em comunicado, que as «imagens chocantes» de mulheres e crianças famintas «vão ficar para sempre como uma mancha na história da Humanidade».

«É inadmissível que a administração de Biden continue a apoiar a política declarada do governo israelita de extrema-direita de matar à fome toda a população de Gaza, uma táctica horrível que é uma clara violação do direito internacional», disse Awad, citado pela PressTV.

Por seu lado, o Centro de Informação Israelita para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados – B’Tselem alertou, num relatório publicado esta segunda-feira, que «Israel está a matar Gaza à fome».

«Todos em Gaza estão a passar fome. Cerca de 2,2 milhões de pessoas sobrevivem diariamente com quase nada, e privam-se regularmente de refeições», lê-se no texto divulgado no portal da organização.

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Deslocados em Gaza sob condições «catastróficas e avassaladoras»

O Ministério da Saúde na Faixa de Gaza alerta para a situação dos deslocados, incluindo 50 mil mulheres grávidas que sofrem de má-nutrição. O massacre israelita provocou 22 mil mortos, revela a entidade.

Palestinianos procuram sobreviventes e corpos sob os escombros de uma casa destruída por um ataque israelita em Khan Younis, no Sul da Faixa de Gaza, a 31 de Dezembro de 2023 
Créditos / PressTV

Numa nota divulgada esta segunda-feira, a pasta da Saúde na Faixa de Gaza informou que o número de mortos nos ataques perpetrados pelas forças israelitas desde 7 de Outubro tinha subido para 21 978 e o número de feridos chegara a 57 697.

A mesma fonte refere que 70% das vítimas são crianças e mulheres e que, como consequência dos ataques sionistas durante esse período, cerca de 7000 pessoas estão debaixo dos escombros ou desaparecidas.

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Prossegue o massacre israelita em Gaza

Nas últimas 24 horas, pelo menos 241 pessoas foram mortas no enclave, reportou o Ministério palestiniano da Saúde. A ONU manifestou preocupação com os «bombardeamentos continuados» israelitas.

Zona arrasada pelos bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza; há pelo menos 7000 pessoas desaparecidas 
Créditos / PressTV

Seif Magango, representante do Gabinete das Nações Unidas para os Direitos Humanos, expressou preocupação com a continuação dos bombardeamentos, pelas forças israelitas, nas regiões Centro e Sul da Faixa de Gaza.

Magango afirmou em nota, ontem, que era «alarmante que o intenso bombardeamento» ocorresse após as forças israelitas terem ordenado «aos residentes do Sul de Wadi Gaza que se mudassem para o Sul de Gaza e Tal al-Sultan, em Rafah».

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«A guerra contra Gaza desmascarou o Ocidente», afirma a Síria

O ministro sírio dos Negócios Estrangeiros disse esta quarta-feira que os acontecimentos recentes na região mostram a «hipocrisia» dos governos ocidentais e as suas «falsas alegações» de democracia e liberdade.

Destruição provocada pelos bombardeamentos israelitas em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza 
Créditos / Al Mayadeen

«A luz verde que estes governos deram a Israel para que prossiga a sua brutal guerra contra os palestinianos em Gaza desmascarou-os junto dos seus povos e mostrou a falsidade das suas afirmações sobre o respeito dos direitos humanos», declarou Faisal Mekdad, depois de receber o seu homólogo da autoproclamada República da Abecásia, Inal Batovich Ardzinba.

Mekdad condenou o uso do veto por parte dos Estados Unidos contra uma resolução do Conselho de Segurança que exigia o fim dos massacres perpetrados pelo regime sionista de Telavive contra a população civil palestiniana.

O chefe da diplomacia síria reafirmou a condenação destes massacres na Faixa de Gaza e apelou ao reforço da acção internacional conjunta para «acabar com estes crimes sem precedentes», indica a Prensa Latina.

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Sionistas não tiram a capital síria da mira

Unidades da defesa anti-aérea do Exército sírio entraram em acção ontem ao fim da noite, para repelir um novo ataque com mísseis israelita contra vários pontos a sudeste de Damasco.

Defesa anti-aérea síria responde ao ataque israelita em Damasco
Créditos / Twitter

Uma nota de imprensa do Ministério sírio da Defesa, divulgada pela agência Sana, refere que a aviação inimiga lançou a partir dos Montes Golã ocupados, pelas 23h05 (hora local), um ataque contra diversos pontos nos arredores de Damasco.

Afirmando que vários mísseis foram interceptados, a fonte militar reconheceu que o impacto de alguns projécteis provocou danos materiais.

Fontes castrenses consultadas pelos correspondentes da Prensa Latina precisaram que dois pontos conjuntos do Exército Árabe Sírio e do seu aliado Hezbollah foram atacados na localidade de Sayeda Zeinab, havendo a registar também danos materiais em casas.

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Síria pede ao Conselho de Segurança que trave agressões israelitas

O representante da Síria junto das Nações Unidas reafirmou, esta terça-feira, o pedido feito na véspera pelo seu governo, a propósito de mais um ataque israelita contra o Aeroporto Internacional de Damasco.

O ataque israelita contra o aeroporto de Damasco provocou danos consideráveis, mas não vítimas 
Créditos / Prensa Latina

A Síria denunciou as repetidas agressões israelitas contra o Aeroporto Internacional de Damasco e pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) que tome medidas imediatas para acabar com estas «flagrantes violações do direito internacional».

Este posicionamento, refere a agência Sana, foi expresso ontem pelo encarregado de negócios em funções na delegação permanente do país árabe junto das Nações Unidas, al-Hakam Dandi, durante uma sessão do CSNU dedicada à situação no Médio Oriente.

Na véspera, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros já se tinha dirigido às Nações Unidas e ao seu Conselho de Segurança, por meio de missivas, nas quais exigia a ambos os organismos que assumissem as suas responsabilidades e agissem de modo a travar os repetidos ataques israelitas contra aeroportos civis sírios, considerando que essas agressões representam uma «ameaça à paz e à segurança na região e no mundo».

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Quatro soldados sírios mortos em ataque israelita contra Damasco

Quatro soldados mortos e outros tantos feridos é o saldo preliminar de um ataque com mísseis perpetrado, esta madrugada, a partir dos Montes Golã ocupados contra as imediações da capital síria.

Defesa anti-aérea síria responde ao ataque israelita em Damasco
Defesa anti-aérea síria responde ao ataque israelita em Damasco (imagem de arquivo) Créditos / Twitter

Num comunicado, o Ministério sírio da Defesa afirma que os projécteis foram disparados da direcção dos Montes Golã ocupados por volta das 2h20 desta segunda-feira, tendo como alvo vários pontos nas imediações de Damasco.

Na mesma nota, divulgada pela Sana, afirma-se que os meios de defesa aérea foram accionados e interceptaram alguns dos mísseis, enquanto o impacto de outros provocou danos materiais, além das vítimas referidas.

Órgãos de comunicação sírios referidos pela TeleSur deram conta de «violentas explosões» nos arredores da capital, enquanto as defesas aéreas tentavam travar o ataque.

De acordo com a fonte, o ataque desta madrugada é o vigésimo perpetrado por Israel contra a Síria no corrente ano. Já o portal The Cradle refere 21 ataques, enquanto a Prensa Latina contabiliza 17 agressões militares israelitas contra território sírio ao longo de 2023.

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Dois soldados feridos em novo ataque israelita contra território sírio

Um ataque israelita com mísseis foi perpetrado, esta madrugada, contra vários locais nas imediações de Damasco, provocando danos materiais e deixando dois militares feridos, informou o Ministério da Defesa.

Defesa anti-aérea síria responde ao ataque israelita em Damasco
Créditos / Twitter

«Por volta da 1h20 desta quinta-feira, 30 de Março, o inimigo israelita levou a cabo uma agressão aérea com mísseis disparados a partir dos Montes Golã sírios ocupados contra alguns pontos nas imediações da cidade de Damasco», informou o Ministério sírio da Defesa.

Na nota de imprensa divulgada pela Sana, acrescenta que as unidades de defesa aérea interceptaram alguns mísseis e que o impacto dos restantes teve como resultado dois militares feridos e alguns danos materiais.

Trata-se do quarto ataque militar perpetrado por Israel contra território sírio desde que o país árabe foi atingido pelo devastador terremoto de 6 de Fevereiro, que provocou mais de 6000 mortos e deixou 414 mil pessoas (registadas) sem casa.

Há uma semana, um ataque israelita com mísseis teve como alvo o Aeroporto Internacional de Alepo, deixando-o inoperacional. O mesmo já havia ocorrido a 7 de Março, com aviões de combate israelitas a bombardearem o aeroporto e a danificarem as pistas de aterragem.

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Ataque israelita ao aeroporto de Alepo é «bárbaro» e «desumano»

Para a diplomacia síria, o «crime» é duplo, já que tomou como alvo um aeroporto civil e, além disso, uma das principais vias de entrega de ajuda humanitária após o terremoto de 6 de Fevereiro.

Ataque israelita ao aeroporto de Alepo na madrugada de terça-feira, 7 de Março 
Créditos / @TheCradleMedia

Na madrugada de terça-feira, aviões de combate israelitas bombardearam as pistas de aterragem do Aeroporto Internacional de Alepo, tornando-o inoperacional devido aos danos materiais.

Condenando o ataque, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria afirma em comunicado que a agressão «reflecte as formas mais feias da barbárie e da desumanidade do regime de Telavive», e é «mais um exemplo das suas violações mais atrozes e flagrantes do direito internacional humanitário».

Para a diplomacia de Damasco, o bombardeamento do aeroporto de Alepo constitui um crime duplo, na medida em que, por um lado, atingiu um aeroporto civil e, por outro, atacou uma das principais vias de entrega de ajuda humanitária às vítimas dos terremotos que atingiram a Síria desde 6 de Fevereiro.

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Síria pede «acção internacional urgente» para travar ataques de Israel

O Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros condenou o ataque israelita deste domingo contra Damasco, que provocou a morte a pelo menos cinco pessoas, e pediu «acção internacional urgente».

Grupo de pessoas inspecciona edifício atingido no ataque israelita com mísseis, na madrugada de domingo, 19 de Fevereiro de 2023 
Créditos / PressTV

«Num momento em que a Síria tentava sanar as suas feridas, enterrava os mortos e recebia condolências, apoio e ajuda internacional devido ao terremoto devastador, Israel atacou esta madrugada bairros residenciais em Damasco, provocando, num primeiro balanço, a morte de cinco pessoas, deixando outras 15 feridas e destruindo vários edifícios», afirmou o Ministério numa nota emitida este domingo.

O documento, citado pela agência Sana, denuncia que tal acção «faz parte dos ataques sistemáticos israelitas contra alvos civis sírios, incluindo casas, centros de serviços, aeroportos e portos, intimidando os sírios, que ainda estão a sofrer os efeitos catastróficos do terremoto».

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Síria volta a exigir à ONU que Israel «preste contas» pelos seus ataques

Na sequência de um novo ataque contra o Aeroporto de Damasco, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros pediu às Nações Unidas que condenem e responsabilizem Telavive pelas suas agressões.

Aeroporto Internacional de Damasco 
Créditos / Skytrax

A mensagem da Síria foi expressa em duas missivas idênticas enviadas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros ao Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e ao presidente do Conselho de Segurança do organismo.

O ataque com mísseis levado a cabo esta segunda-feira contra o Aeroporto Internacional de Damasco faz parte de um historial de Israel «repleto de agressões e violações do Direito Internacional e da Carta das Nações Unidas», lê-se no texto das missivas, divulgado pela agência Sana.

O Ministério pede aos destinatários que «condenem estes crimes» e «tomem medidas urgentes para garantir que Israel presta contas» por eles, bem como para impedir a sua repetição.

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Terceiro ataque israelita contra Damasco numa semana

As baterias de defesa anti-aérea repeliram a maioria dos mísseis israelitas disparados, esta madrugada, contra diversos pontos nas imediações da capital síria.

Imagem do ataque israelita com mísseis e das defesas anti-aéreas em acção no céu nocturno de Damasco, a 27 de Outubro de 2022 
Créditos / Al Mayadeen

De acordo com uma nota do Ministério da Defesa do país levantino, os mísseis foram disparados a partir dos territórios palestinianos ocupados em 1948, por volta das 0h30 (hora local).

A mesma fonte, citada pela agência Sana, acrescentou que a maior parte dos mísseis foi derrubada. Ainda assim, alguns provocaram danos materiais limitados nos arredores de Damasco. Não há registo de vítimas.

Só este ano, as forças militares de Telavive levaram a cabo mais de duas dezenas e meia de ataques contra território sírio – três dos quais desde sexta-feira passada.

Na segunda-feira, uma rara agressão de dia deixou um soldado sírio ferido e provocou danos materiais nos subúrbios de Damasco .

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Baterias anti-aéreas enfrentam ataque diurno israelita em Damasco

Fontes militares sírias revelaram que o sistema de defesa fez frente, esta segunda-feira, ao segundo ataque israelita em três dias contra território sírio. Pelo menos um soldado ficou ferido.

Defesa anti-aérea em acção em Damasco 
Créditos / Al Mayadeen

A agência Sana, citando uma fonte militar, informa que vários mísseis foram disparados, cerca das 14h (locais), a partir do Norte dos territórios palestinianos ocupados, tendo como alvo os subúrbios de Damasco.

As baterias anti-aéreas destruíram a maior parte dos projécteis, de acordo com a fonte, precisando que a agressão militar deixou um soldado sírio ferido e provocou danos materiais.

Referindo-se a este raro ataque israelita durante o dia, diversas fontes com correspondentes no local e a TV síria deram conta de várias explosões nos céus de Damasco.

O canal de notícias estatal em língua árabe al-Ikhbariyah reportou a existência de duas grandes explosões, tendo referido que os mísseis israelitas visavam posições do Exército Árabe Sírio nos arredores da capital.

Na sexta-feira à noite, quatro caças israelitas F-16 levaram a cabo um ataque, a partir dos territórios da Palestina ocupados em 1948, com mísseis de cruzeiro e bombas aéreas guiadas contra o Aeroporto Internacional de Damasco e o aeroporto de Dimas, nas imediações da capital.

No passado dia 17 de Setembro, pouco depois da meia-noite, um outro ataque israelita contra o Aeroporto de Damasco provocou a morte a cinco soldados sírios.

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As agressões frequentes de Israel contra a Síria são «crimes de guerra»

Na sequência do segundo ataque israelita contra o Aeroporto Internacional de Alepo em menos de uma semana, o governo sírio reafirmou que Israel deve prestar contas pelos «crimes de guerra» que comete.

Imagem do Aeroporto Internacional de Alepo após a sua reabertura, depois de ter estado encerrado vários anos, em Fevereiro de 2020 
Créditos / PressTV

O ataque com mísseis, a partir do Mediterrâneo, na terça-feira à noite atingiu a pista de aterragem do aeroporto de Alepo, no Noroeste da Síria, deixando a infra-estratura inoperacional.

Trata-se do segundo ataque com mísseis, perpetrado pelas forças militares israelitas, no espaço de uma semana contra o aeroporto referido, tendo ambos provocado danos materiais, segundo informou o Ministério sírio da Defesa.

«Os repetidos ataques israelitas, particularmente o ataque sistemático e deliberado a alvos civis na Síria, o último dos quais visou, ontem, o Aeroporto Internacional de Alepo, constituem um crime de agressão e um crime de guerra, de acordo com o direito internacional, e Israel deve ser responsabilizado por isso», afirmou, esta quarta-feira, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros, citado pela SANA.

«O regime de ocupação israelita está novamente a ameaçar a paz e a segurança na região, pondo em perigo e intimidando civis, e ameaçando a segurança da aviação civil na Síria e na região», acrescentou o Ministério.

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Ataques israelitas contra aeroporto de Alepo e arredores de Damasco

Com pouco tempo de diferença, o Exército israelita levou a cabo duas agressões com mísseis contra o Aeroporto Internacional de Alepo e zonas próximas ao da capital síria, Damasco.

Ataque israelita com mísseis contra território sírio (imagem de arquivo) 
Créditos / PressTV

«Cerca das 20h [hora local], o inimigo israelita perpetrou uma agressão com mísseis contra o Aeroporto Internacional de Alepo, provocando danos materiais nas instalações», informou em nota o Ministério sírio da Defesa.

Uma hora mais tarde – 21h18 –, teve lugar outra acção militar israelita hostil contra território sírio. De acordo com as fontes militares citadas pela SANA, os mísseis foram disparados a partir do Norte da Cisjordânia ocupada e, apesar de alguns terem sido derrubados, outros atingiram áreas próximas ao Aeroporto Internacional de Damasco, provocando danos materiais.

Segundo revela a agência Prensa Latina, fontes bem informadas revelaram que o primeiro ataque procurou impedir a aterragem de um avião iraniano no Norte do país e, quando a aeronave mudou a rota para Damasco, Israel atacou posições nas imediações do aeroporto damasceno.

Só este ano, o «inimigo israelita» levou a cabo mais de duas dezenas de agressões contra território sírio, algumas das quais contra infra-estruturas civis, como um centro de investigação científica em Masyaf (província de Hama), o porto comercial de Latakia (o maior do país, que sofreu danos de monta na sequência de um ataque a 27 de Dezembro de 2021) e o Aeroporto Internacional de Damasco.

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Pelo menos dois feridos em ataque israelita contra região costeira da Síria

A província de Tartus foi alvo de um ataque com mísseis, este sábado, disparados por aviões israelitas sobre o Mediterrâneo, a oeste da cidade libanesa de Trípoli, informou o Ministério sírio da Defesa.

População nos arredores de Hamidiyah, na província síria de Tartus, inspecciona os destroços das quintas destruídas no ataque israelita, a 2 de Julho de 2022 
Créditos / PressTV

A agressão, precisa um comunicado divulgado pela agência SANA, foi perpetrada cerca das 6h30 (hora local), tendo atingido várias quintas avícolas nas proximidades da localidade de Hamidiyah.

A nota esclarece que os mísseis foram disparados a partir de aviões sobre o Mar Mediterrâneo, frente à costa da cidade libanesa de Trípoli, tendo provocado pelo menos dois feridos civis e vários danos materiais.

Desde o início do ano, as forças militares israelitas levaram a cabo dezena e meia de acções contra alvos em território sírio.

Vista da zona atingida pelos mísseis israelitas / @SteeleSyAA

O mais recente, perpetrado a 10 de Junho a partir dos Montes Golã ocupados, provocou danos consideráveis no Aeroporto Internacional de Damasco, nomeadamente nas pistas de aterragem, sistemas de controlo, salas de recepção e hangares.

A infra-estrutura, essencial para o país árabe, esteve quase inoperacional durante 13 dias, só voltando a funcional depois de extensas obras de reparação.

Nações Unidas devem assumir posição de «clara condenação»

Israel, com quem a Síria permanece oficialmente em guerra, intensificou os ataques contra o país vizinho desde o início da guerra de agressão, em 2011.

O governo sírio tem condenado estas acções, que encara como forma de desestabilizar o país e de apoiar o terrorismo (também económico), e tem denunciado o silêncio das Nações Unidas, sublinhando o seu direito a defender a integridade territorial e soberania nacional face ao «inimigo israelita» por todos os meios.

Em Maio último, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros exortou o secretário-geral das Nações Unidas e o presidente do Conselho de Segurança da ONU a «emitirem uma condenação clara» dos ataques israelitas a território sírio.

Um grupo de pessoas avalia os estragos num edifício após o ataque israelita contra a província costeira de Tartus, na Síria // SANA / PressTV

Em cartas enviadas a ambos, o governo sírio instou-os a exigir a Israel que cumpra as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e que, de forma imediata e incondicional, deixe de ameaçar a paz e a segurança regional e internacional.

Uma posição inequívoca de condenação, acrescentou o Ministério, deve estar «longe de considerações e cálculos politizados que contradizem as claras posições políticas e legais das Nações Unidas e dos seus órgãos no que respeita à questão da ocupação israelita dos territórios sírios».

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O ataque perpetrado pelas forças militares israelitas a partir dos Montes Golã ocupados, a 10 de Junho último, provocou danos consideráveis ao aeroporto damasceno, nomeadamente nas pistas de aterragem, sistemas de controlo, salas de recepção e hangares.

A infra-estrutura, essencial para o país árabe, esteve quase inoperacional durante 13 dias, só voltando a funcionar depois de extensas obras de reparação.

Em Maio último, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros exortou o secretário-geral das Nações Unidas e o presidente do Conselho de Segurança da ONU a «emitirem uma condenação clara» dos ataques israelitas a território sírio.

Em cartas enviadas a ambos, no sábado passado, o governo sírio reiterou esse apelo, lembrando que «as agressões israelitas constituem uma violação repetida e deliberada da soberania de um Estado-membro das Nações Unidas», bem como «uma ameaça directa à paz e à segurança regional e internacional».

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Neste sentido, reafirmou que o país árabe irá exercer o seu direito legítimo a defender os seus territórios através de todos os meios ao seu alcance, bem como a garantir que as autoridades israelitas serão responsabilizadas pelos seus crimes.

Na terça-feira, a agência SANA informou que o ataque teve lugar às 20h16 e que alguns dos mísseis foram interceptados pela defesa anti-aérea, sem dar conta de vítimas mortais ou feridos.

O Ministério sírio dos Transportes anunciou então que todos os voos com destino à maior cidade do Norte da Síria seriam reencaminhados para Damasco.

Ataques repetidos contra infra-estruturas civis

No passado dia 31 de Agosto, à noite, a infra-estrutura já tinha sido alvo de um ataque com mísseis por parte de Israel, que danificou a pista de aterragem e o sistema de navegação. Pouco mais de uma hora depois, as imediações do Aeroporto Internacional de Damasco também foram atacadas.

Só este ano, o «inimigo israelita» levou a cabo mais de duas dezenas de agressões contra território sírio, algumas das quais contra infra-estruturas civis, como um centro de investigação científica em Masyaf (província de Hama), o porto comercial de Latakia (o maior do país, que sofreu danos de monta no final do ano passado, na sequência de um ataque a 27 de Dezembro de 2021) e o Aeroporto Internacional de Damasco (atacado a 10 de Junho último e que ficou inoperacional durante 13 dias).

Em missivas enviadas ao secretário-geral das Nações Unidas e ao presidente do Conselho de Segurança da ONU, as autoridades sírias têm exortado ambos a «emitirem uma condenação clara» dos ataques israelitas a território sírio.

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No final de Agosto e no início de Setembro, aviões israelitas atacaram duas vezes o aeroporto de Alepo e também o de Damasco, acções que o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros classificou como «um crime de agressão e um crime de guerra», tendo exigido que Israel fosse «responsabilizado por isso».

«O regime de ocupação israelita está novamente a ameaçar a paz e a segurança na região», alertou, notando que «põe em perigo e intimida civis».

Só este ano, o «inimigo israelita» levou a cabo mais de duas dezenas e meia de agressões contra território sírio, algumas das quais contra infra-estruturas civis. 

Exemplo disso são um centro de investigação científica em Masyaf (província de Hama), o porto comercial de Latakia (o maior do país, que sofreu danos de monta, na sequência de um ataque a 27 de Dezembro de 2021) e o Aeroporto Internacional de Damasco (atacado a 10 de Junho último e que ficou inoperacional durante 13 dias).

Em missivas enviadas ao secretário-geral das Nações Unidas e ao presidente do Conselho de Segurança da ONU, as autoridades sírias têm exortado ambos a «emitirem uma condenação clara» dos ataques israelitas a território sírio.

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No dia 21 à noite, quatro caças israelitas F-16 levaram a cabo um ataque, a partir dos territórios da Palestina ocupados em 1948, com mísseis de cruzeiro e bombas aéreas guiadas contra o Aeroporto Internacional de Damasco e o aeroporto de Dimas, também nas imediações da capital, provocando danos materiais.

Apelo à criação de uma nova ordem mundial

As autoridades sírias instaram o secretário-geral das Nações Unidas e o presidente do Conselho de Segurança da ONU a «emitirem uma condenação clara» dos ataques israelitas a território nacional, considerando que «o regime de ocupação israelita está novamente a ameaçar a paz e a segurança na região».

Num comunicado recente, subsequente ao ataque de segunda-feira, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros fez um apelo à criação de uma nova ordem mundial, que respeite mais a Carta das Nações Unidas e que ponha fim, de facto, «às medidas arbitrárias e práticas criminosas do regime israelita nos territórios árabes ocupados».

«Infelizmente, a falta de adesão dos países ocidentais aos princípios e objectivos da Carta das Nações Unidas, as suas políticas agressivas e coloniais, bem como os seus dois pesos e duas medidas, juntamente com o saque das riquezas naturais dos países em desenvolvimento, minaram o papel fundamental da organização intergovernamental», denunciou o governo sírio.

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As cartas esclarecem que a «agressão sionista» ocorre pouco tempo depois de um ataque dos terroristas do Daesh contra trabalhadores da jazida petrolífera de al-Taim, em Deir ez-Zor, «o que evidencia a coordenação e a estreita relação entre ambos».

Nos textos, a diplomacia síria lembra que não é a primeira vez que Israel ataca instalações e infra-estruturas civis, tendo-se referido às acções perpetradas no ano passado que deixaram inoperacionais os aeroportos internacionais de Damasco e Alepo, e ao ataque, levado a cabo a 27 de Dezembro de 2021, que afectou o porto comercial de Latakia, provocando graves danos.

«As autoridades de ocupação israelitas não teriam continuado estes crimes se não tivessem a cobertura de impunidade proporcionada pela administração norte-americana e seus aliados», denuncia o Ministério.

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As agressões frequentes de Israel contra a Síria são «crimes de guerra»

Na sequência do segundo ataque israelita contra o Aeroporto Internacional de Alepo em menos de uma semana, o governo sírio reafirmou que Israel deve prestar contas pelos «crimes de guerra» que comete.

Imagem do Aeroporto Internacional de Alepo após a sua reabertura, depois de ter estado encerrado vários anos, em Fevereiro de 2020 
Créditos / PressTV

O ataque com mísseis, a partir do Mediterrâneo, na terça-feira à noite atingiu a pista de aterragem do aeroporto de Alepo, no Noroeste da Síria, deixando a infra-estratura inoperacional.

Trata-se do segundo ataque com mísseis, perpetrado pelas forças militares israelitas, no espaço de uma semana contra o aeroporto referido, tendo ambos provocado danos materiais, segundo informou o Ministério sírio da Defesa.

«Os repetidos ataques israelitas, particularmente o ataque sistemático e deliberado a alvos civis na Síria, o último dos quais visou, ontem, o Aeroporto Internacional de Alepo, constituem um crime de agressão e um crime de guerra, de acordo com o direito internacional, e Israel deve ser responsabilizado por isso», afirmou, esta quarta-feira, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros, citado pela SANA.

«O regime de ocupação israelita está novamente a ameaçar a paz e a segurança na região, pondo em perigo e intimidando civis, e ameaçando a segurança da aviação civil na Síria e na região», acrescentou o Ministério.

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Ataques israelitas contra aeroporto de Alepo e arredores de Damasco

Com pouco tempo de diferença, o Exército israelita levou a cabo duas agressões com mísseis contra o Aeroporto Internacional de Alepo e zonas próximas ao da capital síria, Damasco.

Ataque israelita com mísseis contra território sírio (imagem de arquivo) 
Créditos / PressTV

«Cerca das 20h [hora local], o inimigo israelita perpetrou uma agressão com mísseis contra o Aeroporto Internacional de Alepo, provocando danos materiais nas instalações», informou em nota o Ministério sírio da Defesa.

Uma hora mais tarde – 21h18 –, teve lugar outra acção militar israelita hostil contra território sírio. De acordo com as fontes militares citadas pela SANA, os mísseis foram disparados a partir do Norte da Cisjordânia ocupada e, apesar de alguns terem sido derrubados, outros atingiram áreas próximas ao Aeroporto Internacional de Damasco, provocando danos materiais.

Segundo revela a agência Prensa Latina, fontes bem informadas revelaram que o primeiro ataque procurou impedir a aterragem de um avião iraniano no Norte do país e, quando a aeronave mudou a rota para Damasco, Israel atacou posições nas imediações do aeroporto damasceno.

Só este ano, o «inimigo israelita» levou a cabo mais de duas dezenas de agressões contra território sírio, algumas das quais contra infra-estruturas civis, como um centro de investigação científica em Masyaf (província de Hama), o porto comercial de Latakia (o maior do país, que sofreu danos de monta na sequência de um ataque a 27 de Dezembro de 2021) e o Aeroporto Internacional de Damasco.

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Pelo menos dois feridos em ataque israelita contra região costeira da Síria

A província de Tartus foi alvo de um ataque com mísseis, este sábado, disparados por aviões israelitas sobre o Mediterrâneo, a oeste da cidade libanesa de Trípoli, informou o Ministério sírio da Defesa.

População nos arredores de Hamidiyah, na província síria de Tartus, inspecciona os destroços das quintas destruídas no ataque israelita, a 2 de Julho de 2022 
Créditos / PressTV

A agressão, precisa um comunicado divulgado pela agência SANA, foi perpetrada cerca das 6h30 (hora local), tendo atingido várias quintas avícolas nas proximidades da localidade de Hamidiyah.

A nota esclarece que os mísseis foram disparados a partir de aviões sobre o Mar Mediterrâneo, frente à costa da cidade libanesa de Trípoli, tendo provocado pelo menos dois feridos civis e vários danos materiais.

Desde o início do ano, as forças militares israelitas levaram a cabo dezena e meia de acções contra alvos em território sírio.

Vista da zona atingida pelos mísseis israelitas / @SteeleSyAA

O mais recente, perpetrado a 10 de Junho a partir dos Montes Golã ocupados, provocou danos consideráveis no Aeroporto Internacional de Damasco, nomeadamente nas pistas de aterragem, sistemas de controlo, salas de recepção e hangares.

A infra-estrutura, essencial para o país árabe, esteve quase inoperacional durante 13 dias, só voltando a funcional depois de extensas obras de reparação.

Nações Unidas devem assumir posição de «clara condenação»

Israel, com quem a Síria permanece oficialmente em guerra, intensificou os ataques contra o país vizinho desde o início da guerra de agressão, em 2011.

O governo sírio tem condenado estas acções, que encara como forma de desestabilizar o país e de apoiar o terrorismo (também económico), e tem denunciado o silêncio das Nações Unidas, sublinhando o seu direito a defender a integridade territorial e soberania nacional face ao «inimigo israelita» por todos os meios.

Em Maio último, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros exortou o secretário-geral das Nações Unidas e o presidente do Conselho de Segurança da ONU a «emitirem uma condenação clara» dos ataques israelitas a território sírio.

Um grupo de pessoas avalia os estragos num edifício após o ataque israelita contra a província costeira de Tartus, na Síria // SANA / PressTV

Em cartas enviadas a ambos, o governo sírio instou-os a exigir a Israel que cumpra as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e que, de forma imediata e incondicional, deixe de ameaçar a paz e a segurança regional e internacional.

Uma posição inequívoca de condenação, acrescentou o Ministério, deve estar «longe de considerações e cálculos politizados que contradizem as claras posições políticas e legais das Nações Unidas e dos seus órgãos no que respeita à questão da ocupação israelita dos territórios sírios».

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O ataque perpetrado pelas forças militares israelitas a partir dos Montes Golã ocupados, a 10 de Junho último, provocou danos consideráveis ao aeroporto damasceno, nomeadamente nas pistas de aterragem, sistemas de controlo, salas de recepção e hangares.

A infra-estrutura, essencial para o país árabe, esteve quase inoperacional durante 13 dias, só voltando a funcionar depois de extensas obras de reparação.

Em Maio último, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros exortou o secretário-geral das Nações Unidas e o presidente do Conselho de Segurança da ONU a «emitirem uma condenação clara» dos ataques israelitas a território sírio.

Em cartas enviadas a ambos, no sábado passado, o governo sírio reiterou esse apelo, lembrando que «as agressões israelitas constituem uma violação repetida e deliberada da soberania de um Estado-membro das Nações Unidas», bem como «uma ameaça directa à paz e à segurança regional e internacional».

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Neste sentido, reafirmou que o país árabe irá exercer o seu direito legítimo a defender os seus territórios através de todos os meios ao seu alcance, bem como a garantir que as autoridades israelitas serão responsabilizadas pelos seus crimes.

Na terça-feira, a agência SANA informou que o ataque teve lugar às 20h16 e que alguns dos mísseis foram interceptados pela defesa anti-aérea, sem dar conta de vítimas mortais ou feridos.

O Ministério sírio dos Transportes anunciou então que todos os voos com destino à maior cidade do Norte da Síria seriam reencaminhados para Damasco.

Ataques repetidos contra infra-estruturas civis

No passado dia 31 de Agosto, à noite, a infra-estrutura já tinha sido alvo de um ataque com mísseis por parte de Israel, que danificou a pista de aterragem e o sistema de navegação. Pouco mais de uma hora depois, as imediações do Aeroporto Internacional de Damasco também foram atacadas.

Só este ano, o «inimigo israelita» levou a cabo mais de duas dezenas de agressões contra território sírio, algumas das quais contra infra-estruturas civis, como um centro de investigação científica em Masyaf (província de Hama), o porto comercial de Latakia (o maior do país, que sofreu danos de monta no final do ano passado, na sequência de um ataque a 27 de Dezembro de 2021) e o Aeroporto Internacional de Damasco (atacado a 10 de Junho último e que ficou inoperacional durante 13 dias).

Em missivas enviadas ao secretário-geral das Nações Unidas e ao presidente do Conselho de Segurança da ONU, as autoridades sírias têm exortado ambos a «emitirem uma condenação clara» dos ataques israelitas a território sírio.

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O Aeroporto Internacional de Damasco, localizado cerca de 25 quilómetros a sudeste da capital, ficou inoperacional durante umas horas, ontem, depois de um ataque israelita com mísseis, pelas duas da madrugada, que provocou a morte de dois oficiais da Força Aérea síria.

Num ataque israelita perpetrado a 10 de Junho do ano passado, a partir dos Montes Golã ocupados, o Aeroporto Internacional de Damasco sofreu danos consideráveis, nomeadamente nas pistas de aterragem, sistemas de controlo, salas de recepção e hangares.

A infra-estrutura, essencial para o país árabe, esteve quase inoperacional durante 13 dias, só voltando a funcionar depois de extensas obras de reparação.

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A agressão israelita, com mísseis disparados a partir dos Montes Golã ocupados, ocorre um dia depois de a imprensa síria ter informado que pelo menos 53 pessoas tinham sido mortas, na sexta-feira, num ataque de emboscada lançado pelo grupo terrorista Daesh no centro do país.

«Estes bombardeamentos coincidem com os ataques perpetrados recentemente pela organização terrorista Daesh, que tiraram a vida a dezenas de civis inocentes no Leste da província de Homs», declarou o Ministério.

Reafirmou que «a continuação destes ataques brutais contra os povos sírio e palestiniano constitui uma ameaça explícita à paz e à segurança na região, e requer uma acção internacional urgente para travar as acções hostis israelitas em território sírio».

O Ministério dos Negócios Estrangeiros diz ainda esperar que o Secretariado e o Conselho de Segurança das Nações Unidas «condenem a agressão e os crimes israelitas, responsabilizem Israel, punam os perpetradores e tomem as medidas necessárias para garantir que não se repetem».

Ataques frequentes

Ao longo de 2022, Israel levou a cabo quase quatro dezenas de ataques contra território sírio, alguns dos quais contra infra-estruturas civis, como o centro de investigação científica de Messiaf, os aeroportos internacionais de Damasco e Alepo, e o porto comercial de Latakia.

Danos em edifícios culturais provocados pelo ataque deste domingo / PL

Além dos mortos e feridos, e da destruição em vários edifícios residenciais, o ataque deste domingo provocou ainda danos materiais em bens e instituições culturais, denunciaram as autoridades sírias.

Entre estas, contam-se o antigo castelo de Damasco e os institutos intermédios de Artes Aplicadas e de Arqueologia, bastante danificados, segundo revelou à Prensa Latina o chefe da Direcção-Geral de Antiguidades e Museus (DGAM), Nazir Awad.

Trata-se de instituições «meramente educativas» e o local atacado é espaço para actividades culturais e sociais, sem qualquer carácter militar, disse Awad, que deu ainda conta da destruição dos gabinetes de restauro do castelo e do arquivo digital e em papel deste programa, que contém dezenas de estudos.

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Após o ataque, que foi perpetrado pela aviação militar israelita a partir do Mar Mediterrâneo, a infra-estrutura foi declarada inoperacional e os voos civis e de ajuda humanitária foram desviados para os aeroportos de Latakia e Damasco, revelou a agência Sana.

No comunicado, Damasco alerta Israel para as consequências de «continuar a cometer estes crimes» e pede ao mundo que os condene e ajude a pôr-lhes fim, sublinhando que são uma «ameaça e um risco para a paz e a segurança na região».

Israel ataca com frequência o território sírio, tendo levado a cabo, ao longo de 2022, quase quatro dezenas de ataques, alguns dos quais contra infra-estruturas civis, como o centro de investigação científica de Masyaf, os aeroportos internacionais de Damasco e Alepo, e o porto comercial de Latakia.

No passado dia 18 de Fevereiro, um ataque com mísseis contra um bairro residencial em Damasco provocou a morte de cinco pessoas e danos materiais na cidadela e em duas instituições académicas e culturais.

Denunciando que, com estas acções, Telavive pretende prolongar a guerra, manter a instabilidade no país e debilitar o Exército Árabe Sírio, o governo sírio tem instado o Conselho de Segurança da ONU a condenar os ataques, que «ameaçam a paz e a segurança regional e mundial».

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Como o Norte do país é a região mais afectada pelo terremotos, o aeroporto de Alepo estava a ser utilizado como principal via de chegada de ajuda humanitária, e os voos tiveram de ser reencaminhados para os aeroportos de Latakia e Damasco.

Ainda este mês, no dia 12, a aviação militar israelita atacou, a partir do Norte do Líbano, várias posições no município de Masyaf (província de Hama), deixando pelo menos três militares feridos.

Menos de duas semanas após o terremoto, a 18 de Fevereiro, um ataque com mísseis contra um bairro residencial em Damasco provocou a morte de cinco pessoas e danos materiais na cidadela e em duas instituições académicas e culturais.

Israel ataca com frequência o território sírio, alegando estar a atingir posições do Hezbollah e do Irão na Síria – mas também tem atacado abertamente posições do Exército Árabe Sírio. Ao longo de 2022, levou a cabo quase quatro dezenas de ataques, alguns dos quais contra infra-estruturas civis, como o centro de investigação científica de Masyaf, os aeroportos internacionais de Damasco e Alepo, e o porto comercial de Latakia.

Denunciando que, com estas acções, Telavive pretende prolongar a guerra, manter a instabilidade no país e debilitar o Exército Árabe Sírio, o governo sírio tem instado o Conselho de Segurança da ONU a condenar os ataques, que «ameaçam a paz e a segurança regional e mundial».

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Entre as mais recentes, na segunda quinzena de Julho, contam-se o ataque contra forças de segurança na província de Quneitra (Sudoeste) e a agressão contra diversos pontos nas imediações de Damasco, que deixou dois feridos entre soldados do Exército Árabe Sírio.

A capital do país (e seus arredores) é o alvo mais frequente das agressões militares israelitas. Também o foram o aeroporto de Alepo, a localidade de Masyaf (província de Hama) e vários pontos na província vizinha de Homs.

Israel ataca com frequência o território sírio, alegando estar a atingir posições do Hezbollah e do Irão na Síria – mas também tem atacado abertamente posições do Exército Árabe Sírio.

Ao longo de 2022, levou a cabo quase quatro dezenas de ataques, alguns dos quais contra infra-estruturas civis, como o centro de investigação científica de Masyaf, os aeroportos internacionais de Damasco e Alepo, e o porto comercial de Latakia.

Denunciando que, com estas acções, Telavive pretende prolongar a guerra, manter a instabilidade no país e debilitar o Exército Árabe Sírio, o governo sírio tem instado o Conselho de Segurança da ONU a condenar e travar os ataques, que «ameaçam a paz e a segurança regional e mundial».

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Nos documentos, a diplomacia síria fez menção ao ataque israelita mais recente contra o Aeroporto Internacional de Damasco, perpetrado no domingo, às 16h50 (hora local), a partir dos Montes Golã ocupados.

Na sequência do ataque, a infra-estrutura aeroportuária ficou inoperacional, poucas horas depois de ter retomado as suas operações de tráfego aéreo, que haviam sido interrompidas por um ataque semelhante.

O bombardeamento perturbou o trabalho humanitário das Nações Unidas no país levantino, esclarece o texto, lembrando que esta agressão israelita é uma de várias nos últimos dois meses contra território sírio.

Síria e Rússia analisam agressões israelitas no Médio Oriente

Num encontro em Moscovo, o representante especial do presidente russo para Questões do Médio Oriente e África, Mikhail Bogdanov, o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Vershinin, e o vice-ministro sírio dos Negócios Estrangeiros, Bassam Sabbagh, analisaram, ontem, a evolução da situação no Médio Oriente, incluindo os ataques de Israel contra o povo palestiniano e os territórios sírio e libanês.

Segundo refere a Sana, as partes trocaram opiniões sobre a «escalada israelita» na Palestina, com uma «agressão brutal e sem precedentes», bem como sobre «os crimes de genocídio cometidos ao longo de 53 dias» em Gaza pelas forças sionistas.

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«A causa palestiniana é da Humanidade e diz respeito a todas as pessoas no mundo»

Ao AbrilAbril, o embaixador da Palestina em Portugal, Nabil Abuznaid, falou da situação em Gaza, da pretensão de Netanyahu de uma «terra palestiniana sem o povo palestiniano», do papel dos EUA e da Europa, deixando claro que «o povo palestiniano continuará a lutar para alcançar a sua liberdade».

Créditos / Twitter

A cada dia que passa cresce o horror na Faixa de Gaza: bombardeamento e destruição de bairros inteiros, civis mortos indiscriminadamente, hospitais e escolas atacadas, morte de bebés prematuros, crianças operadas sem anestesia. O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos dizia este domingo [19 de Novembro] que os «horríveis acontecimentos» dos últimos dias em Gaza «ultrapassam o entendimento». Como descreve a situação humanitária no terreno?

Antes de falarmos da ajuda humanitária, temos de descrever a situação no terreno. Catorze mil e 500 civis mortos, na sua maioria mulheres e crianças, 6500 pessoas debaixo dos escombros e 35 mil feridos. A maioria da população de Gaza são deslocados internos e metade dos edifícios estão destruídos. Não há electricidade, água e combustível, como resultado do bloqueio israelita a Gaza, e os hospitais não podem funcionar. É difícil providenciar qualquer tipo de assistência médica devido à falta de medicamentos, em particular com os bombardeamentos contínuos e a destruição causada. Mais de 25 mil toneladas de bombas atingiram Gaza durante este período. Israel está a impedir o acesso de bens essenciais a Gaza, tais como água, comida e medicamentos. Isto é um crime, ao abrigo do Direito Internacional.

Desde o dia 7 de Outubro que o Estado ocupante de Israel vem utilizando o pretexto de «destruir o Hamas» para impunemente continuar a destruir Gaza e esmagar a Cisjordânia. Entretanto, no último sábado, Benjamin Netanyahu disse que a Autoridade Palestiniana «não é competente» para liderar a Faixa de Gaza, «depois de termos lutado e feito tudo isto, para a passar para eles». Que comentários lhe merece esta afirmação?

O primeiro-ministro [israelita] Netanyahu discursou nas Nações Unidas umas semanas antes do dia 7 de Outubro e mostrou um mapa onde a Palestina havia sido apagada. Antes do seu discurso, declarou que estava a trabalhar para eliminar qualquer esperança de os palestinianos virem a ter o seu Estado. Quanto a Gaza, planeava deslocar as pessoas de lá para o Sinai ou outras partes do Egipto, de forma a reocupar Gaza. Reiterou essas afirmações nas suas declarações durante a guerra em Gaza. Tinha planos semelhantes em relação à Cisjordânia, continuando a violência contra o povo palestiniano e permitindo que os colonos se comportem de forma violenta contra os palestinianos. Espera conseguir forçar alguns palestinianos a abandonar a Cisjordânia em direcção à Jordânia. Netanyahu quer a terra palestiniana sem o povo palestiniano.

Israel não cumpre acordos e vem açambarcando cada vez mais terras (700 mil israelitas vivem em colonatos na Cisjordânia), fazendo crer que a solução de dois estados é irrealista. A «mediação» da questão por parte dos EUA, desde os Acordos de Oslo de há 30 anos, só tem contribuído para a permanência da ocupação. No dia 18 de Novembro o presidente Abbas apelava à intervenção de Joe Biden junto do Estado de Israel. Como avalia este comportamento, em que os EUA fornecem armas e apoio diplomático a Israel para prosseguir o genocídio em curso?

Os Estados Unidos apoiaram a Declaração de Balfour visando criar uma pátria judaica e foram um importante parceiro nesta questão. Desde 1944 que a questão de Israel tem estado no topo da agenda nas eleições norte-americanas. A criação de Israel foi apoiada por países imperialistas europeus, tal como pelos EUA. Israel foi criado para servir interesses imperialistas no Médio Oriente. A questão do apoio a Israel é uma questão interna nos EUA, não uma questão do foro da política externa. O poder que o lobby judaico tem na América através da AIPAC (o Comité de Assuntos Públicos América-Israel) é um factor com uma influência muito importante na política americana. É igualmente importante prestar atenção ao que o Presidente Biden tem repetido: «Não é preciso ser-se judeu para se ser sionista.» Ele próprio se declarou sionista. A influência dos cristãos sionistas nos EUA é muito grande e eles influenciam o curso da política em relação a Israel. Aquilo a que temos assistido nestes anos do conflito é que os Estados Unidos têm interesse em gerir o conflito e não em resolvê-lo.

Ben-Gurion, fundador e primeiro presidente de Israel disse: «Não ignoremos a verdade entre nós. Politicamente somos os agressores e eles defendem-se.» Apesar desta clarividência, as vidas de várias gerações de palestinianos resumiram-se a campos de refugiados, violências várias, expulsões, humilhações e privações. Como agir perante a situação de décadas de agressão, de desumanização do seu povo? Até quando esta situação, em que por todo o mundo os trabalhadores e os povos saem à rua em solidariedade e a maioria dos governos condena a acção do Estado de Israel, mas os bloqueios dos EUA travam quaisquer soluções? Que passos devem ser dados no imediato para impor o cessar-fogo?

Os Estados Unidos empenharam-se em mostrar a Questão Palestiniana como um assunto de natureza humanitária e não de natureza política. Eles apoiaram a UNRWA [Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados Palestinianos] após a Nakba ['catástrofe', em árabe] pensando que ao subsidiar arroz, farinha e óleo os refugiados se iriam apaziguar e iriam renunciar à sua esperança política de regressar à Palestina. Foster Dulles, que foi um secretário de Estado norte-americano, disse acerca dos palestinianos que os mais velhos morreriam e os mais novos esqueceriam. A resistência palestiniana e a criação da OLP [Organização para a Libertação da Palestina] em 1964 impediram e tornaram impossível a concretização dos planos e objectivos norte-americanos. Hoje é visível que os palestinianos nunca aceitaram que a sua causa fosse reduzida a um plano exclusivamente humanitário. Nunca esqueceram a sua causa, mesmo que os mais velhos já tenham morrido. Por essa razão, acreditamos que existe uma enorme influência israelita nas decisões norte-americanas quanto ao conflito e quanto a Israel.

No Conselho de Segurança da ONU, António Guterres recordou que o povo palestiniano «é sujeito a uma ocupação sufocante há 56 anos», tendo sido criticado por dizê-lo. Que papel tem a ONU na resolução deste conflito? E qual o papel da União Europeia e de Portugal? Que perspectivas de paz podem ainda existir?

Desde 1948 que há muitas resoluções das Nações Unidas relativas à Palestina, como a resolução 181, que declarou a partição da Palestina em dois Estados – Palestina e Israel –, e a resolução 194, que declarou que os refugiados deveriam regressar às suas terras e ser compensados pelo sofrimento que a ocupação lhes causou. Desde então, temos assistido à aprovação de centenas de resoluções. Infelizmente, nenhuma foi implementada. As Nações Unidas podem produzir resoluções mas não as podem implementar, infelizmente.

Nabil Abuznaid, embaixador da Palestina em Portugal / MPPM

A posição europeia tem apoiado a solução dos dois Estados e condenado também as políticas israelitas nos territórios ocupados, tais como a construção de colonatos e a negação dos direitos dos palestinianos. Alguns países estão a oferecer apoio financeiro aos palestinianos nos territórios ocupados, o que poderá ser visto como um pagamento indirecto ao ocupante porque, de acordo com o Direito Internacional, o providenciar de serviços como educação e saúde às pessoas que vivem sob ocupação é uma responsabilidade da potência ocupante. Quando os países europeus apoiam a educação e a saúde nos territórios ocupados, estão a pagar por aquilo que a ocupação tem a obrigação de assegurar. Certos países, como a Alemanha, sentem ainda culpa pelo que aconteceu aos judeus às mãos dos nazis e é por isso que alguns países não criticam a política de ocupação israelita.

O povo palestiniano continuará a lutar para alcançar a sua liberdade. Os palestinianos acreditam que o apoio da comunidade internacional à sua luta encurtará a duração da ocupação. A causa palestiniana é uma causa da Humanidade e diz respeito a todas as pessoas no mundo. As pessoas podem optar por colocar-se do lado da paz e da justiça ou alinhar-se com a opressão e a ocupação.


[Entrevista realizada dias antes do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, celebrado entre Israel e o Hamas

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Numa reunião em que foram abordados os «repetidos ataques sionistas contra os territórios sírio e libanês», Sabbagh sublinhou a necessidade de «travar imediatamente estas agressões, condenar os seus perpetradores e permitir o fluxo contínuo de ajuda humanitária ao povo palestiniano».

Além disso, deixou claro que a Síria «rejeita todas as tentativas de liquidar a justa causa palestiniana», exigindo que o povo palestiniano «obtenha todos os seus legítimos direitos».

Venezuela condena ataque de Israel ao aeroporto de Damasco

Num comunicado divulgado dia 27, o governo venezuelano «condena fortemente o ataque perpetrado por Israel contra o Aeroporto Internacional de Damasco».

«Esta nova agressão por parte de Israel, que gera tensão política e militar no Médio Oriente, no contexto das hostilidades e crimes de guerra perpetrados contra o povo palestiniano, configura-se como uma clara violação evidente do Direito Internacional Humanitário, que até à data resultou em milhares de mártires, múltiplos feridos e na destruição de comunidades inteiras», refere o documento.

Caracas sublinha que a «diplomacia da paz é o único caminho», em conformidade com «os princípios e propósitos defendidos na Carta das Nações Unidas e outras obrigações previstas no direito internacional».

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As autoridades sírias têm denunciado repetidamente, junto das Nações Unidas e do seu Conselho de Segurança, os ataques israelitas contra o seu território, exigindo a ambos os organismos que assumam as suas responsabilidades e actuem de modo a travar os sucessivos ataques israelitas, considerando que essas agressões são «flagrantes violações do direito internacional» e representam uma «ameaça à paz e à segurança na região e no mundo».

O ataque deste domingo contra Damasco segue-se a outro perpetrado no sábado contra uma viatura particular na província síria de Quneitra, em que quatro pessoas perderam a vida, refere a Prensa Latina, que também dá conta das agressões sionistas contra a zonal sul da capital no passado dia 2 de Dezembro e contra o Aeroporto Internacional de Damasco, que ficou inoperacional, a 26 de Novembro.

Massacre em Gaza

Israel intensificou as agressões contra território sírio no contexto do massacre que tem estado a cometer em Gaza desde 7 de Outubro. De acordo com a agência Wafa, mais de 18 mil pessoas foram mortas e cerca de 52 mil ficaram feridas devido aos ataques israelitas.

Na Cisjordânia ocupada, realiza-se hoje uma greve geral de apoio à Faixa de Gaza, no contexto da acção mundial designada «Strike for Gaza», contra o genocídio sionista e o veto dos EUA ao cessar-fogo no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

As forças israelitas também intensificaram a repressão e a ocupação na Margem Ocidental. Pelo menos 275 palestinianos foram ali mortos desde 7 de Outubro, mais de 3300 ficaram feridos e 3760 foram detidos, indica a Wafa.

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Além disso, defendeu que o campo de batalha na Síria e na Faixa de Gaza é um só. «As agressões perpetradas pelo regime israelita contra o nosso país não se podem separar do que ocorre nos territórios palestinianos, sobretudo em Gaza», disse.

Para o membro do executivo de Damasco, os objectivos que os sionistas pretendem alcançar não se limitam ao enclave costeiro ou à Cisjordânia ocupada, mas incluem a Síria, o Líbano, o Iraque, o Iémen e «todos os países que se julgam imunes aos planos israelitas».

«Israel não é mais que uma ferramenta para espalhar o caos e o terrorismo na região»

Na véspera, o encarregado de negócios da Delegação Permanente da Síria junto das Nações Unidas, al-Hakam Dendi, alertou que o ocupante israelita está a incendiar a região e a conduzi-la a uma explosão que não se poderá conter.

Numa declaração lida após a adopção, pela Assembleia Geral da ONU, de uma resolução a exigir um cessar-fogo, o representante sírio explicou que o voto favorável do país levantino constitui «uma expressão sincera da consciência do mundo e da humanidade», ao exigir o fim imediato da brutal agressão contra o povo palestiniano.

Al-Hakam Dendi sublinhou que os «crimes brutais em curso na Palestina» coincidem com os repetidos ataques a território sírio, bem como com as agressões contra o Líbano, numa «violação flagrante do direito internacional e das normas da Carta das Nações Unidas».

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Cessar-fogo em Gaza aprovado por ampla maioria na Assembleia Geral da ONU

Numa sessão extraordinária de emergência, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, esta terça-feira, uma resolução que exige um cessar-fogo em Gaza, com 153 votos a favor, dez contra e 23 abstenções.

Bombardeamento israelita em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, a 12 de Dezembro de 2023 
Créditos / PressTV

O texto da resolução expressa «a grave preocupação com a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza e com o sofrimento da população civil palestiniana», destacando a necessidade de a proteger.

Exige, além disso, um cessar-fogo humanitário imediato e defende que «todas as partes cumpram as suas obrigações em virtude do direito internacional, incluindo o direito internacional humanitário, no respeito particular pela protecção dos civis».

Outros aspecto constante do documento votado relaciona-se com «a libertação imediata e incondicional de todos os reféns» e a garantia do «acesso humanitário».

Quadro com a votação realizada esta terça-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas / @NoticiasONU 

Com 153 votos a favor, dez contra e 23 abstenções, a resolução foi aprovada numa sessão extraordinária de emergência, tendo sido proposta por Arábia Saudita, Argélia, Bahrein, Catar, Comores, Djibuti, Egipto, Emirados Árabes Unidos, Iémen, Iraque, Jordânia, Koweit, Líbano, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Omã, Somália, Sudão, Tunísia e o Estado da Palestina, refere a TeleSur.

Opuseram-se ao documento Israel, EUA, Áustria, República Checa, Guatemala, Paraguai, Libéria, Micronésia, Nauru e Papua-Nova Guiné.

Portugal incluiu-se na ampla maioria favorável ao texto, que, não possuindo carácter vinculativo, demonstra a rejeição pelo massacre em curso cometido por Israel na Palestina e o apoio esmagador dos estados-membros da ONU à exigência de um cessar-fogo.

«A adopção e implementação da resolução que pede especificamente um cessar-fogo é a única garantia para salvar civis inocentes», disse o embaixador egípcio nas Nações Unidas, Osama Mahmoud Abdelkhalek, ao apresentar a resolução.

Imagem da 45.ª reunião plenária da 10.ª Sessão Especial de Emergência da Assembleia Geral sobre «Acções ilegais de Israel em Jerusalém Oriental ocupada e no restante do Território Palestiniano Ocupado» // Loey Felipe / news.un.org

Por seu lado, o presidente da Assembleia, Dennis Francis, sublinhou a urgência de pôr fim ao sofrimento dos civis. «Temos uma prioridade singular – só uma – para salvar vidas», afirmou, ao apelar ao fim da violência no enclave, depois de mais de dois meses de bombardeamentos incessantes por parte das forças de ocupação.

O texto aprovado esta terça-feira é «muito semelhante» ao que os Estados Unidos vetaram, na sexta-feira passada no Conselho de Segurança da ONU, pese embora os esforços do secretário-geral, António Guterres, que tinha invocado o artigo 99.º da Carta das Nações Unidas para pedir um cessar-fogo num território onde os ataques israelitas provocaram mais de 18 mil mortos e cerca de 52 mil feridos.

Pela primeira vez desde que assumiu o cargo, o secretário-geral da ONU utilizou esse recurso, que lhe permite chamar a atenção do Conselho de Segurança para qualquer questão que, em seu entender, pode ameaçar a manutenção da paz e da segurança internacionais.

A ofensiva israelita continua

As forças de ocupação continuaram a bombardear vários pontos no enclave costeiro palestiniano, com particular incidência na região Sul, que, segundo alertas de agências da ONU, se tem vindo a tornar num enorme campo de refugiados, com uma situação humanitária classificada como «catastrófica».

 Os bombardemantos mais recentes atingiram Khan Younis, Deir al-Balah e Rafah, de acordo com a agência Wafa, que dá conta igualmente de uma grande ofensiva militar israelita contra Jenin e o seu campo de refugiados, no Norte da Cisjordânia ocupada.

A operação das forças sionistas em Jenin, que começou ontem e continua hoje, provocou pelo menos sete mortos. Ontem ao fim do dia, a Sociedade dos Prisioneiros Palestinianos informou que tinham sido detidos mais de cem palestinianos.

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Neste contexto, revela a Sana, acusou Israel de «não ser mais que uma ferramenta para espalhar o caos e o terrorismo na região». «É a principal ameaça à paz e à segurança na região e no mundo, e tudo isto com a cobertura dos Estados Unidos e dos seus aliados, que recentemente mobilizaram as suas frotas nas costas orientais do Mediterrâneo», explicou.

Lamentando a degradação da situação humanitária na Faixa de Gaza, o representante sírio acusou ainda alguns países ocidentais de darem cobertura às «violações que Israel comete na Palestina, no Líbano e na Síria».

Bombardeamentos no Sul de Gaza e ofensiva em Jenin

Ataques israelitas desta madrugada sobre Khan Younis e Rafah, no Sul do enclave costeiro, provocaram pelo menos 27 mortos, refere a Wafa.

Entretanto, no Norte da Cisjordânia ocupada, a ofensiva israelita contra Jenin entrou no terceiro dia. Desde terça-feira, as forças de ocupação mataram pelo menos 11 palestinianos, provocaram dezenas de feridos e prenderam mais de 500, indica a mesma fonte.

O número de mortos na Palestina como consequência dos ataques israelitas, desde 7 de Outubro, ronda os 18 700 (283 dos quais na Margem Ocidental ocupada). O número de feridos ronda os 52 mil e não há números concretos relativamente aos desaparecidos. A Wafa aponta para «milhares» debaixo dos escombros das casas bombardeadas.

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O responsável disse ainda que a Força Aérea israelita realizou pelo menos 50 ataques no Sul do enclave costeiro nos dias 24 e 25 de Dezembro, incluindo três campos de refugiados na região central: al-Bureij, Nuseirat e al-Maghazi.

Bombardeamentos incessantes

Os ataques aéreos e de artilharia das forças de ocupação prosseguiram esta quarta-feira, voltando a incluir os três campos de refugiados referidos no Centro do território. Dezenas de civis palestinianos foram mortos e um número indeterminado ficou debaixo dos escombros, refere a Wafa.

A agência dá igualmente conta de intensos bombardeamentos israelitas a Sul, nas imediações de Rafah e Khan Younis, e no Norte do território, em diversos bairros da Cidade de Gaza, como al-Shuja'iya, al-Tuffah e al-Saftawi.

Por seu lado, a Al Jazeera referiu, com base nos dados divulgados pelo Ministério palestiniano da Saúde, que pelo menos 241 pessoas foram mortas e 382 ficaram feridas, nas últimas 24 horas, como consequência dos ataques sionistas.

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Khalida Jarrar: histórica dirigente comunista palestiniana detida por Israel

A comunista Khalida Jarrar, parlamentar da Frente Popular para a Libertação da Palestina, voltou a ser detida por Israel, na Cisjordânia. Prisões arbitrárias aumentaram exponencialmente nos últimos meses.

Khalida Jarrar saudada pelos seus camaradas aquando da sua libertação, em Junho de 2016 (foto de arquivo)
Créditos / FPLP

Não é uma situação nova para a histórica dirigente e deputada da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), Khalida Jarrar. Segundo testemunhos recolhidos pela agência Analodu, a comunista, de 60 anos, foi detida pelas forças de ocupação israelitas na sua casa (em al-Bireh, Cisjordânia) na manhã de dia 26 de Dezembro de 2023.

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Defender a libertação dos presos palestinianos é uma «necessidade humanitária»

Nos dias que antecedem o Dia Internacional de Solidariedade com os Presos Palestinianos, a Samidoun pede a todos os amigos do povo palestiniano que unam esforços em prol da libertação dos presos e do país.

Khalida Jarrar comparecendo no tribunal israelita
Créditos / addameer.org

A 17 de Abril celebra-se o Dia Internacional de Solidariedade com os Presos Palestinianos e, tal como tem feito noutras ocasiões, também este ano a Samidoun (rede de solidariedade com os presos palestinianos) convidou os amigos do povo palestiniano, organizações preocupadas com a justiça na Palestina e comunidades árabes e palestinianas a unirem-se e participarem numa «semana de acção».

Cada organização que queira participar pode comunicar à Samidoun as suas iniciativas usando o portal, a página de Facebook ou as conta de Twitter e Instagram da organização. O objectivo é, segundo a rede solidária, «juntar esforços para apoiar os presos e lutar juntos pela sua libertação e a da Palestina».

Desde dia 10, a Rede tem estado a dar ênfase a diferentes temas em cada dia – por vezes a mais que uma questão ou figura num dia –, com o propósito de chamar a atenção para a «causa da luta dos presos palestinianos» e aspectos a ela ligados.

Exemplo disso são os vídeos, acompanhados de extensa informação, sobre: o preso Ahmad Sa'adat, secretário-geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), líder revolucionário e diregente do movimento nacional de libertação; a presa Khalida Jarrar, feminista, defensora dos direitos dos presos palestinianos e militante da FPLP; o preso Georges Abdallah, comunista libanês e lutador pela libertação da Palestina preso em França há 35 anos.

Ameaças aos prisioneiros, novas e antigas

Na nota a propósito da «semana de acção para a libertação palestiniana», a Samidoun afirma que «há aproximadamente 5000 presos palestinianos encarcerados pelo colonialismo sionista, incluindo 180 crianças, 430 presos ao abrigo do regime de detenção administrativa, sem acusações ou julgamento, e 700 presos doentes, 200 dos quais com doenças crónicas e graves, que os colocam num risco ainda maior caso a pandemia de Covid-19 se espalhe pelas cadeias».

«O encarceramento de palestinianos é um ataque colonialista ao povo palestiniano», defende a organização, sublinhando que o encarceramento «atinge quase todas as famílias palestinianas na Margem Ocidental, em Jerusalém, na Faixa de Gaza, nos territórios ocupados em 1948 e até no exílio e na diáspora».

A defesa dos prisioneiros palestinianos e a exigência da sua imediata libertação são não apenas «uma necesidade humanitária, num momento em que as suas vidas estão grande em risco devido à Covid-19, mas também um imperativo político para todos os que se preocupam com a Justiça para a Palestina», destaca o texto.

A libertação dos presos – afirma a Samidoun – é fundamental para «a vitória do povo palestiniano e a libertação da Palestina».

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Jarrar é, tal como milhares de outros palestinianos, alvo recorrente dos assédios das forças israelitas. A primeira detenção ocorreu a 8 de Março de 1989, por ter participado numa manifestação do Dia Internacional das Mulheres. Mais recentemente, a parlamentar, eleita pela FPLP nas eleições de 2006, passou mais de 20 meses (entre Julho de 2017 e Fevereiro de 2019) em detenção administrativa, sem qualquer acusação. Meses depois, voltou a ser presa por um novo período de 2 anos (até Setembro de 2021).

Durante este último período de cárcere em Israel, o Estado israelita recusou o seu pedido de libertação temporária para participar no funeral da sua filha, Suha, que morreu em Julho de 2021.

As prisões administrativas, um procedimento utilizado principalmente com civis palestinianos, permitem às forças de ocupação israelitas aprisionar dirigentes e activistas palestinianos durante períodos de até seis meses, indefinidamente renováveis, sem julgamento nem culpa formada e sem sequer justificar os motivos da detenção.

Desde 7 de Outubro de 2023, mais de 300 palestinianos foram assassinados por Israel na Cisjordânia, para além de 3100 feridos. A recente onda de repressão incluiu a detenção de centenas de pessoas, como é o caso de Ahed Tamini.

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O Gabinete de Imprensa do Governo palestiniano em Gaza denunciou que vários corpos foram entregues «mutilados», acusando as forças de ocupação de «terem removido deles órgãos vitais», indica ainda a Al Jazeera.

Entretanto, a Wafa informou que as forças israelitas mataram seis jovens palestinianos (um deles menor) no campo de refugiados de Nour Shams, nas imediações de Tulkarem (Norte da Cisjordânia ocupada), onde realizaram uma nova operação de grande envergadura, esta madrugada.

De acordo com as autoridades palestinianas, o número de mortos em resultado da mais recente agressão israelita é superior a 21 mil (300 dos quais na Margem Ocidental ocupada) e o número de feridos ronda os 60 mil (55 mil dos quais na Faixa de Gaza).

Por seu lado, a Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos revelou que, desde 7 de Outubro, as forças de ocupação prenderam na Cisjordânia pelo menos 4795 pessoas.

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As forças de ocupação israelitas mataram 326 trabalhadores da saúde e destruíram 104 ambulâncias, segundo o documento, que se refere igualmente à detenção de 99 trabalhadores do sector em Gaza.

As condições humanitárias de 1,9 milhão de deslocados no território são «catastróficas e avassaladoras», alertou o Ministério da Saúde, sublinhando os riscos a que esta população está exposta (fome, doenças infecciosas e propagação de epidemias).

Também chama a atenção para a situação de 50 mil mulheres grávidas, que sofrem de má-nutrição e complicações de saúde, resultantes da falta de acesso a água potável, comida, higiene e cuidados de saúde nos centros de abrigo.

Número de palestinianos mortos em 2023 é o maior desde 1948

Num comunicado emitido no último dia do ano, o Gabinete Central de Estatísticas da Palestina (PCBS, na sigla em inglês) revelou que o número de palestinianos mortos por Israel em 2023 é o mais elevado desde a Nakba.

Entre o início e o final do ano, 22 404 palestinianos foram mortos pelo Exército ou colonos israelitas, 98% dos quais na Faixa de Gaza, incluindo 9000 crianças e menores e e 6450 mulheres.

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Forças israelitas matam outro jornalista palestiniano nos ataques a Gaza

De acordo com a agência Wafa, mais de 200 palestinianos foram mortos na sequência dos bombardeamentos israelitas das últimas horas, incluindo o jornalista Adel Zourub.

Um grupo de palestinianos rodeia os corpos sem vida dos jornalistas Hassouna Sleem e Sary Mansour, mortos num ataque israelita contra uma casa, num hospital da região central da Faixa de Gaza 
Créditos / PressTV

Os ataques sionistas desta madrugada concentraram-se no Sul do enclave costeiro, em Khan Younis e Rafah, onde faleceu o jornalista Adel Zourub.

De acordo com os dados da agência oficial, Zourub é o 94.º jornalista ou trabalhador da comunicação social a ser morto desde o início da agressão israelita, a 7 de Outubro. Com ele, foram mortas 14 pessoas em três casas da família Zourub bombardeadas pelo Exército israelita.

No dia anterior, foi assassinada a jornalista palestiniana Haneen Ali al-Qashtan, juntamente com vários membros da sua família, na sequência de um bombardeamento israelita contra o campo de refugiados de Nuseirat, na região central do território.

Na sexta-feira passada, foi morto Samer Abudaqa, operador de câmara da cadeia Al Jazeera, durante um ataque israelita contra Khan Younis.

Desde que começou o mais recente massacre israelita na Faixa de Gaza, mais de meia centena de sedes do sector foram atacadas pelas forças israelitas, incluindo escritórios da Al Jazeera, da Palestina TV, da agência noticiosa Ma’an, ou dos jornais Al Quds e Al Ayyam, revelou o Sindicato dos Jornalistas Palestinianos.

Por seu lado, a Sociedade de Prisioneiros Palestinianos (SPP) revelou, ontem, que as forças de ocupação prenderam pelo menos 46 jornalistas, desde 7 de Outubro.

Sistema de saúde bastante atacado em Gaza

Sem contar com a mortandade desta noite e madrugada, porque os dados foram divulgados ontem à tarde, o Ministério palestiniano da Saúde revelou que 19 453 palestinianos foram mortos como consequência dos ataques israelitas e que o número de feridos reportados ascende a 52 286 (sem contar com a Cisjordânia ocupada).

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Solidariedade com a Palestina em Lisboa, Porto e São João da Madeira

A Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina promove a realização de um cordão humano em Lisboa, este sábado, dia em que tem lugar uma sessão pública solidária em São João da Madeira.

Manifestação solidária com o povo palestiniano e em defesa de um cessar-fogo imediato, em Lisboa, a 8 de Dezembro de 2023 
Créditos / CPPC

A iniciativa promovida pela Plataforma Unitária de Solidariedade com a Palestina (PUSP) tem lugar esta tarde, às 14h30, em Lisboa. Trata-se de um cordão humano «em defesa dos direitos humanos, com um percurso de solidariedade e esperança, desde o Hospital de Santa Maria, passando pela Embaixada dos Estados Unidos e pela Embaixada de Israel, até à Maternidade Alfredo da Costa», afirma-se no texto associado ao evento.

Com a acção solidária, a PUSP reafirma a exigência de um cessar-fogo imediato e permanente, o fim ao cerco e a entrada de ajuda humanitária sem restrições na Faixa de Gaza; bem como o fim da agressão nas cidades, aldeias e campos de refugiados em toda a Palestina.

«Façamos com que, em Portugal e no Mundo, se ouça com força o nosso grito solidário por justiça e paz», afirmam.

Sessão pública em São João da Madeira

Igualmente hoje, pelas 15h30, tem lugar no Auditório José Afonso (Sindicato do Calçado), em São João da Madeira, uma sessão pública, dinamizada pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) e devotada à «Paz no Médio Oriente e Palestina independente».

O encontro desta tarde conta com a participação do historiador Manuel Loff e de João Rouxinol (da direcção nacional do CPPC).

Cordão humano no Porto

Também em solidariedade com o povo palestiniano e dedicado à «Paz no Médio Oriente e Palestina independente» é o cordão humano agendado para a próxima terça-feira, às 18h, entre o largo da estação de metro da Trindade e a Avenida dos Aliados, informa o CPPC na sua página de Facebook.

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Cessar-fogo em Gaza aprovado por ampla maioria na Assembleia Geral da ONU

Numa sessão extraordinária de emergência, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, esta terça-feira, uma resolução que exige um cessar-fogo em Gaza, com 153 votos a favor, dez contra e 23 abstenções.

Bombardeamento israelita em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, a 12 de Dezembro de 2023 
Créditos / PressTV

O texto da resolução expressa «a grave preocupação com a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza e com o sofrimento da população civil palestiniana», destacando a necessidade de a proteger.

Exige, além disso, um cessar-fogo humanitário imediato e defende que «todas as partes cumpram as suas obrigações em virtude do direito internacional, incluindo o direito internacional humanitário, no respeito particular pela protecção dos civis».

Outros aspecto constante do documento votado relaciona-se com «a libertação imediata e incondicional de todos os reféns» e a garantia do «acesso humanitário».

Quadro com a votação realizada esta terça-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas / @NoticiasONU 

Com 153 votos a favor, dez contra e 23 abstenções, a resolução foi aprovada numa sessão extraordinária de emergência, tendo sido proposta por Arábia Saudita, Argélia, Bahrein, Catar, Comores, Djibuti, Egipto, Emirados Árabes Unidos, Iémen, Iraque, Jordânia, Koweit, Líbano, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Omã, Somália, Sudão, Tunísia e o Estado da Palestina, refere a TeleSur.

Opuseram-se ao documento Israel, EUA, Áustria, República Checa, Guatemala, Paraguai, Libéria, Micronésia, Nauru e Papua-Nova Guiné.

Portugal incluiu-se na ampla maioria favorável ao texto, que, não possuindo carácter vinculativo, demonstra a rejeição pelo massacre em curso cometido por Israel na Palestina e o apoio esmagador dos estados-membros da ONU à exigência de um cessar-fogo.

«A adopção e implementação da resolução que pede especificamente um cessar-fogo é a única garantia para salvar civis inocentes», disse o embaixador egípcio nas Nações Unidas, Osama Mahmoud Abdelkhalek, ao apresentar a resolução.

Imagem da 45.ª reunião plenária da 10.ª Sessão Especial de Emergência da Assembleia Geral sobre «Acções ilegais de Israel em Jerusalém Oriental ocupada e no restante do Território Palestiniano Ocupado» // Loey Felipe / news.un.org

Por seu lado, o presidente da Assembleia, Dennis Francis, sublinhou a urgência de pôr fim ao sofrimento dos civis. «Temos uma prioridade singular – só uma – para salvar vidas», afirmou, ao apelar ao fim da violência no enclave, depois de mais de dois meses de bombardeamentos incessantes por parte das forças de ocupação.

O texto aprovado esta terça-feira é «muito semelhante» ao que os Estados Unidos vetaram, na sexta-feira passada no Conselho de Segurança da ONU, pese embora os esforços do secretário-geral, António Guterres, que tinha invocado o artigo 99.º da Carta das Nações Unidas para pedir um cessar-fogo num território onde os ataques israelitas provocaram mais de 18 mil mortos e cerca de 52 mil feridos.

Pela primeira vez desde que assumiu o cargo, o secretário-geral da ONU utilizou esse recurso, que lhe permite chamar a atenção do Conselho de Segurança para qualquer questão que, em seu entender, pode ameaçar a manutenção da paz e da segurança internacionais.

A ofensiva israelita continua

As forças de ocupação continuaram a bombardear vários pontos no enclave costeiro palestiniano, com particular incidência na região Sul, que, segundo alertas de agências da ONU, se tem vindo a tornar num enorme campo de refugiados, com uma situação humanitária classificada como «catastrófica».

 Os bombardemantos mais recentes atingiram Khan Younis, Deir al-Balah e Rafah, de acordo com a agência Wafa, que dá conta igualmente de uma grande ofensiva militar israelita contra Jenin e o seu campo de refugiados, no Norte da Cisjordânia ocupada.

A operação das forças sionistas em Jenin, que começou ontem e continua hoje, provocou pelo menos sete mortos. Ontem ao fim do dia, a Sociedade dos Prisioneiros Palestinianos informou que tinham sido detidos mais de cem palestinianos.

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A iniciativa, que volta a assinalar nas ruas do Porto a urgência do fim dos massacres e de um cessar-fogo imediato, bem como da ajuda humanitária à população palestiniana na Faixa de Gaza, é, como outras que tiveram lugar recentemente, promovida de forma conjunta pelo CPPC, o MPPM, a CGTP-IN e o Projecto Ruído.

Estas mesmas organizações já anunciaram, também, uma manifestação em Lisboa, no dia 14 de Janeiro.

«É urgente uma solução política para a questão palestiniana e para a paz no Médio Oriente, que passa necessariamente pelo fim da ocupação, dos colonatos, da opressão israelita, e pela garantia dos direitos nacionais do povo palestiniano, como determina o direito internacional, incluindo em inúmeras resoluções da ONU», afirma o CPPC a propósito da aprovação de uma resolução favorável a um cessar-fogo, na Assembleia Geral das Nações Unidas.

Números do massacre em crescendo

Mais de 19 mil palestinianos foram mortos no decorrer da agressão israelita, desde 7 de Outubro, contra a Faixa de Gaza e também contra a Cisjordânia ocupada.

Ontem ao fim do dia, o Ministério palestiniano da Saúde apontou, de forma arredondada, para 18 700 mortos na Faixa de Gaza e 287 na Margem Ocidental ocupada. Entrentanto, os bombardeamentos e ataques israelitas desta madrugada em vários pontos do enclave costeiro provocaram dezenas de mortos, indica a agência Wafa.

O Ministério revelou ainda que o número de feridos ronda os 55 mil, 3430 dos quais na Cisjordânia ocupada. Os desaparecidos debaixo dos escombros dos edifícios arrasados não têm conta certa. A agência Wafa já se referiu por diversas vezes a «vários milhares».

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No que respeita a ataques contra o sistema de saúde, o Ministério afirmou que a ocupação sionista «continua a cometer crimes sistemáticos de genocídio», que provocaram a morte de 310 membros do pessoal médico, a destruição de 102 ambulâncias, além da detenção de 93 funcionários, refere a TeleSur.

A tutela indicou ainda que foram bombardeados 138 centros de saúde e que 22 hospitais e 52 centros de cuidados médicos ficaram inoperacionais.

Nos centros de acolhimento, o Ministério registou 350 mil casos de doenças infecciosas, pelo que fez um apelo à chamada comunidade internacional para que proporcione condições de vida às pessoas nestes centros, em que se incluem mais de 700 mil crianças e jovens, 50 mil mulheres grávidas e 350 mil pacientes crónicos.

Votação demorada no Conselho de Segurança

O Conselho de Segurança da ONU vai retomar hoje o debate sobre uma moção, apresentada pelos Emirados Árabes Unidos, para pedir um cessar-fogo em Gaza, depois de negociações prolongadas que fizeram adiar a votação para esta terça-feira.

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Cessar-fogo em Gaza aprovado por ampla maioria na Assembleia Geral da ONU

Numa sessão extraordinária de emergência, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, esta terça-feira, uma resolução que exige um cessar-fogo em Gaza, com 153 votos a favor, dez contra e 23 abstenções.

Bombardeamento israelita em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, a 12 de Dezembro de 2023 
Créditos / PressTV

O texto da resolução expressa «a grave preocupação com a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza e com o sofrimento da população civil palestiniana», destacando a necessidade de a proteger.

Exige, além disso, um cessar-fogo humanitário imediato e defende que «todas as partes cumpram as suas obrigações em virtude do direito internacional, incluindo o direito internacional humanitário, no respeito particular pela protecção dos civis».

Outros aspecto constante do documento votado relaciona-se com «a libertação imediata e incondicional de todos os reféns» e a garantia do «acesso humanitário».

Quadro com a votação realizada esta terça-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas / @NoticiasONU 

Com 153 votos a favor, dez contra e 23 abstenções, a resolução foi aprovada numa sessão extraordinária de emergência, tendo sido proposta por Arábia Saudita, Argélia, Bahrein, Catar, Comores, Djibuti, Egipto, Emirados Árabes Unidos, Iémen, Iraque, Jordânia, Koweit, Líbano, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Omã, Somália, Sudão, Tunísia e o Estado da Palestina, refere a TeleSur.

Opuseram-se ao documento Israel, EUA, Áustria, República Checa, Guatemala, Paraguai, Libéria, Micronésia, Nauru e Papua-Nova Guiné.

Portugal incluiu-se na ampla maioria favorável ao texto, que, não possuindo carácter vinculativo, demonstra a rejeição pelo massacre em curso cometido por Israel na Palestina e o apoio esmagador dos estados-membros da ONU à exigência de um cessar-fogo.

«A adopção e implementação da resolução que pede especificamente um cessar-fogo é a única garantia para salvar civis inocentes», disse o embaixador egípcio nas Nações Unidas, Osama Mahmoud Abdelkhalek, ao apresentar a resolução.

Imagem da 45.ª reunião plenária da 10.ª Sessão Especial de Emergência da Assembleia Geral sobre «Acções ilegais de Israel em Jerusalém Oriental ocupada e no restante do Território Palestiniano Ocupado» // Loey Felipe / news.un.org

Por seu lado, o presidente da Assembleia, Dennis Francis, sublinhou a urgência de pôr fim ao sofrimento dos civis. «Temos uma prioridade singular – só uma – para salvar vidas», afirmou, ao apelar ao fim da violência no enclave, depois de mais de dois meses de bombardeamentos incessantes por parte das forças de ocupação.

O texto aprovado esta terça-feira é «muito semelhante» ao que os Estados Unidos vetaram, na sexta-feira passada no Conselho de Segurança da ONU, pese embora os esforços do secretário-geral, António Guterres, que tinha invocado o artigo 99.º da Carta das Nações Unidas para pedir um cessar-fogo num território onde os ataques israelitas provocaram mais de 18 mil mortos e cerca de 52 mil feridos.

Pela primeira vez desde que assumiu o cargo, o secretário-geral da ONU utilizou esse recurso, que lhe permite chamar a atenção do Conselho de Segurança para qualquer questão que, em seu entender, pode ameaçar a manutenção da paz e da segurança internacionais.

A ofensiva israelita continua

As forças de ocupação continuaram a bombardear vários pontos no enclave costeiro palestiniano, com particular incidência na região Sul, que, segundo alertas de agências da ONU, se tem vindo a tornar num enorme campo de refugiados, com uma situação humanitária classificada como «catastrófica».

 Os bombardemantos mais recentes atingiram Khan Younis, Deir al-Balah e Rafah, de acordo com a agência Wafa, que dá conta igualmente de uma grande ofensiva militar israelita contra Jenin e o seu campo de refugiados, no Norte da Cisjordânia ocupada.

A operação das forças sionistas em Jenin, que começou ontem e continua hoje, provocou pelo menos sete mortos. Ontem ao fim do dia, a Sociedade dos Prisioneiros Palestinianos informou que tinham sido detidos mais de cem palestinianos.

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Fontes diplomáticas disseram à imprensa que o atraso se deve à recusa da delegação dos Estados Unidos em apoiar «o fim das hostilidades». O texto da resolução também solicita a entrada imediata em Gaza de ajuda humanitária.

A votação chegou a estar anunciada para as 20h de ontem, depois para as 22h, acabando por ser adiada para hoje, revelaram fontes diplomáticas â agência France Presse.

Esta nova sessão segue-se ao veto aplicado pelos EUA, a 9 de Dezembro, a uma resolução semelhante, exigindo «um cessar-fogo imediato humanitário».

No passado dia 12, uma resolução apresentada pelo Grupo Árabe, a exigir um cessar-fogo humanitário imediato, foi aprovada na Assembleia Geral das Nações Unidas por 153 dos 193 estados-membros. Apenas dez países votaram contra e 23 abstiveram-se.

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A entidade informou ainda, com base nos dados do Ministério palestiniano da Saúde, que 319 palestinianos foram mortos na Cisjordânia ocupada, incluindo 111 menores e quatro mulheres.

No que respeita a detidos nos cárceres israelitas, o PCBS deu conta de 7800 presos palestinianos (dados relativos ao final de Novembro).

Por seu lado, um relatório divulgado pelo Clube dos Prisioneiros revelou que, desde 7 de Outubro, 4910 palestinianos foram presos pelas forças israelitas na Margem Ocidental ocupada.

Gaza continua sob intensos bombardeamentos

Um número indeterminado de civis palestinianos morreu ou ficou ferido nos ataques aéreos e de artilharia israelitas das últimas horas, refere a agência Wafa, que dá conta de bombardeamentos em Khan Younis e Deir al-Balah, bem como nos campos de refugiados de al-Maghazi e Nuseirat.

A mesma fonte revela que quatro jovens palestinianos foram mortos pelas forças isrealitas em Azzun, perto de Qalqilya, no Norte da Cisjordânia ocupada, durante os intensos confrontos que se seguiram à operação das forças de ocupação na localidade.

Os soldados israelitas, que invadiram casas e lojas, também participaram noutras operações na Margem Ocidental, nomeadamente em Nablus e Tulkarem.

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«Esta realidade não é um subproduto da guerra, mas um resultado directo da política declarada de Israel», afirma a B’Tselem, sublinhando que a população do enclave depende inteiramente de abastecimentos vindos de fora, «uma vez que não consegue produzir qualquer alimento por si mesma».

«A maioria dos campos cultivados foi destruída e o acesso a áreas abertas durante a guerra é perigoso, em qualquer caso. Padarias, fábricas e armazéns de comida foram bombardeados ou encerrados devido à falta de abastecimentos, combustível e electricidade; as reservas em residências particulares e lojas há muito que se esgotaram», acrescentou.

O grupo de defesa dos direitos humanos, que acusa Israel de estar «deliberadamente a negar a entrada em Gaza de alimentos suficientes para satisfazer as necessidades da população», afirma que «apenas uma parte da quantidade que entrava [no território cercado] antes da guerra é permitida».

O resultado desta política é «inconcebível»: «imagens de crianças a implorar por comida, de pessoas em longas filas à espera de esmolas e de residentes famintos a atacar camiões com ajuda», descreve a B’Tselem, acrescentando que «o horror aumenta a cada minuto e o perigo da fome é real, mas que Israel persiste na sua política».

Permitir a entrada de comida em Gaza e alterar a situação actual «não é apenas uma obrigação moral» ou «um acto de bondade», mas cumprir um dever ao abrigo do direito internacional humanitário. «Recorrer à fome como método de guerra é proibido», afirma o texto, destacando que se trata de um «crime de guerra».

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Tedros Adhanom Ghebreyesus lembra que o encaminhamento médico é um direito de todos os doentes. «O custo dos atrasos será pago com as vidas dos pacientes. O acesso aos doentes e ao hospital deve ser facilitado», escreveu.

À Reuters, e citado pelo Público, um porta-voz do Ministério da Saúde palestiniano afirmou que «o complexo médico Nasser é a espinha dorsal dos cuidados de saúde no Sul da Faixa de Gaza», e que deixar de funcionar «é uma sentença de morte para centenas de milhares de deslocados palestinianos em Khan Younis e Rafah». 

O Hospital Nasser foi o mais recente de uma série de hospitais que as forças israelitas sitiaram e invadiram, alegando que o Hamas os estava a usar para fins militares. Os ataques destruíram o sector da saúde de Gaza, que luta para tratar um fluxo constante de pessoas feridas em bombardeamentos diários por parte das forças israelitas.

O direito internacional proíbe o ataque a instalações médicas e o Gabinete de Direitos Humanos da ONU afirma que, «como potência ocupante», Israel tem o dever de as manter. Desde o passado dia 7 de Outubro, e de forma completamente impune, as forças israelitas já mataram cerca de 30 mil palestinianos, na sua maioria mulheres e crianças.


Com agência Lusa

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