A proposta de acções para reforçar a colaboração com Cuba abrange as áreas da Educação, Saúde, Ciência e Tecnologia, Solidariedade Pan-africana e Cooperação Económica.
Ainda iniciativas relativas à Solidariedade Povo a Povo e às relações Governo a Governo e Diplomáticas, Cultura, Mulher e Juventude, informa a agência Prensa Latina, que dá conta do apelo feito pelos delegados no sentido de se reforçar a luta por uma ordem mundial pacífica e justa.
Os participantes, que condenaram o bloqueio norte-americano a Cuba e os seus impactos extraterritoriais, bem como a ocupação estrangeira da Baía de Guantánamo, aprovaram ainda, entre outras medidas programáticas, a intensificação dos protestos pacíficos, visando as embaixadas norte-americanas.
Na agenda desses protestos políticos incluir-se-á igualmente a denúncia das tentativas de desestabilização que os EUA promovem contra Cuba, assim como a exigência da retirada da Ilha da lista unilateral criada por Washington de alegados patrocinadores do terrorismo.
Delegações de mais de 20 países participam no encontro que decorre até quarta-feira em Mbombela, com o intuito primordial de dinamizar a solidariedade africana com Cuba, no contexto do bloqueio. O VII Encontro Continental Africano de Solidariedade com Cuba começa hoje e prolonga-se até dia 17 em Mbombela (antiga Nelspruit), capital da província oriental Mpumalanga, na África do Sul. Organizado pelo Congresso Nacional Africano (ANC), o Partido Comunista Sul-Africano (SACP), o Congresso dos Sindicatos Sul-Africanos (Cosatu) e a Organização Cívica Nacional Sul-Africana (Sanco), o encontro visa reforçar a unidade entre os movimentos solidários com a Ilha em todo o continente e deixar claro, mais uma vez, que Cuba não está sozinha, num contexto de recrudescimento do bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos. Participam no evento diversas gerações, incluindo dirigentes juvenis e personalidades históricas, refere a agência Prensa Latina, acrescentando que, de acordo com o programa, farão uso da palavra altos dirigentes políticos e governamentais da África do Sul, numa edição que também celebra os 112 anos de existência do ANC. Outros momentos de destaque serão as homenagens aos heróis nacionais de Cuba, José Martí, e de Angola, Agostinho Neto, bem como ao líder histórico da revolução cubana, Fidel Castro. Numa edição que tem como lema «O Compromisso de África com a Revolução Cubana», haverá várias comissões de trabalho devotadas ao debate sobre a história da revolução cubana e o seu contributo para a luta internacional em prol de uma ordem mundial mais justa e equitativa, refere a fonte, informando que, até quarta-feira, deverão ser ainda definidas estratégias conjuntas e acções de solidariedade com a Ilha. Além de partidos, movimentos e associações da região, está confirmada a presença de delegações de países de outras regiões do mundo. A de Cuba é liderada por Fernando González Llort, Herói da República e presidente do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP). O primeiro encontro deste género também decorreu na África do Sul, em 1995, contando com a participação de 12 países e tendo sido co-presidido pelo então presidente da África do Sul, Nelson Mandela, por Sergio Corrieri, presidente do ICAP na altura, e pelo padre Michael Lapsley, presidente da Sociedade dos Amigos de Cuba (Focus). Seguiram-se, com mais participantes, os encontros no Gana (1997), em Angola (2010), Etiópia (2012), Namíbia (2017) e Nigéria (2019). Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
África do Sul acolhe encontro continental de solidariedade com Cuba
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Na declaração final do encontro, que decorreu de segunda a quarta-feira em White River, nas imediações de Mbombela (capital da província sul-africana de Mpumalanga), os presentes apelaram à colaboração com os países do BRICS na busca de sistemas monetários e de pagamentos internacionais alternativos, incluindo os interbancários com Cuba, indica a agência.
Além disso, pronunciaram-se a favor da construção de Redes da Verdade Regionais e Continentais Africanas para combater «a propaganda imperialista liderada pelos Estados Unidos e o conteúdo mediático malicioso contra Cuba».
Amigos de Cuba homenageados
No decorrer da jornada final do encontro, vários sul-africanos com uma longa trajectória de amizade, solidariedade e lealdade com Cuba foram distinguidos. Um deles, a título póstumo, foi Christopher Matlhako, a quem Fernando González, Herói da República de Cuba e presidente do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), atribuiu a Ordem da Solidariedade, depois de esta ter sido conferida por decreto ao comunista sul-africano e secretário-geral da Sociedade dos Amigos de Cuba (Focus), por Díaz-Canel.
Fernando González entregou ainda a Medalha da Solidariedade à Focus, nomeadamente pelo seu importante contributo para a realização de eventos regionais de solidariedade com Cuba.
Receberam-na, em nome da associação solidária, o padre Michael Lapsley, destacado lutador anti-apartheid e presidente honorário da Focus, Hope Papo e Moeketsi Sekhokoane.
Prevalência da solidariedade entre Cuba e África
No encerramento do evento, o embaixador de Cuba na África do Sul, Enrique Orta, recordou as ligações históricas entre África e a Ilha, laços que, afirmou, vão continuar a ser fortes durante muitas gerações.
Estes três dias do encontro, destacou, foram testemunhas da prevalência do espírito solidário, centrado não apenas entre Cuba e o continente africano, mas também em todas as causas justas e progressistas do mundo.
O evento mostrou que trabalhar juntos é a única forma de articular os nossos esforços e de levar a efeito acções concretas de solidariedade, acrescentou o diplomata, lembrando que milhares de colaboradores cubanos serviram em África e que milhares de jovens africanos se formaram em Cuba.
No VII Encontro Continental Africano de Solidariedade com Cuba estiveram, segundo os organizadores, 245 delegados provenientes de 28 países, incluindo membros de partidos políticos e associações de solidariedade da República Árabe Saarauí Democrática, África do Sul, Zimbabwe, Namíbia, China, Rússia, Estados Unidos, Canadá, Irão, Moçambique, Botswana, Angola, entre outros.
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