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|Índia

Empregados bancários da Índia contra a destruição do sector público

A propósito do 54.º aniversário da nacionalização da banca, a Federação de Empregados Bancários da Índia está a realizar um rali de 4000 km em defesa do sector público, das cooperativas e dos bancos rurais.

Empregados bancários de Chennai a serem recebidos em Tambaram 
Empregados bancários de Chennai a serem recebidos em Tambaram Créditos / Newsclick

A iniciativa, organizada pela estrutura sindical (BEFI, na sigla em inglês), está a decorrer no estado de Tamil Nadu, no Sul do país, sob o lema «Salvem os bancos, salvem a Índia».

Quatro caravanas, que partiram dia 19 de Chennai, Tuticorin, Hosur e Coimbatore, vão juntar-se este sábado na cidade de Tiruchirappalli (também conhecida como Trichy). No total, são cerca de 4000 quilómetros para defender «a necessidade de proteger o sector público, as cooperativas e os bancos rurais».

Com o rali, os empregados bancários querem também reivindicar a renacionalização da banca entretanto alienada, afirmaram os organizadores.

T. Ravikumar, secretário-geral da BEFI a nível estadual, disse à imprensa, no lançamento da campanha em Chennai: «No 54.º aniversário da nacionalização da banca privada (19 de Julho de 1969), os bancos do sector público devem ser reforçados e protegidos.»

«Depois da nacionalização da banca, o sector bancário cresceu de 8000 agências para mais de 100 mil. As cooperativas, dependentes do governo estadual, e os bancos rurais também cresceram muitíssimo», disse.

Ravikumar acusou o governo de Narendra Modi de «estar a destruir o sector público, as cooperativas e os bancos rurais».

«O Orçamento para 2021 contemplava a privatização de dois bancos públicos. Os assessores do governo recomendam que se privatizem todos os bancos públicos. Este processo só foi atrasado graças à luta unida dos empregados bancários», sublinhou, referindo-se às greves de Março e de Dezembro último para protestar contra o processo de privatizações no sector.

Proteger os bancos rurais e os mais pobres

A Federação de Empregados Bancários da Índia (BEFI) coloca especial ênfase na protecção dos bancos rurais, sublinhando que, quando foram criados, o seu objectivo era «servir os pobres».

Se desaparecerem, «as pessoas comuns vão sofrer», uma vez que estas estruturas são responsáveis por 90% do crédito às camadas mais pobres no campo.

De acordo com C.P. Krishnan, secretário-adjunto da BEFI, a intenção do governo central é, para já, vender 49% das acções destes bancos a agentes privados, indica o Newsclick.

Salvar a banca e os seus trabalhadores

Em comunicado, a federação denunciou ainda o «ataque» à banca pública em geral: as agências estão a ser encerradas, há 500 mil vagas por preencher e o atendimento ao cliente é severamente afectado pela falta de pessoal.

Além disso, refere o documento, trabalhadores não qualificados são contratados temporariamente e centenas de milhares de funcionários são submetidos a uma enorme exploração.

Outro aspecto denunciado pela estrutura sindical é o facto de aos clientes serem cobrados milhões de rupias pelos mais variados serviços – SMS, uso das caixas de Multibanco, pagamentos, passaportes, etc.

Com os grandes capitalistas, a atitude é diferente: as suas enormes dívidas são perdoadas, tendo o Banco da Reserva da Índia resgatado alguns defraudadores por via de «acordos de compromisso», denuncia.

No comunicado, a BEFI lembra que a «banca privada é movida exclusivamente pelo lucro», sem interesse em manter o crédito que os bancos rurais e a banca pública em geral concedem aos cidadãos comuns.

«Isto é prejudicial para o bem-estar do país como um todo e para o bem-estar do povo indiano», sublinha o documento.

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