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|Síria

É tempo de esclarecer a destruição de Raqqa pela «coligação internacional»

O governo sírio denunciou as atrocidades cometidas pela coligação militar liderada pelos EUA na cidade de Raqqa, em 2017, sublinhando que o mundo nunca conheceu a verdadeira dimensão do «crime».

AS Nações Unidas afirmaram que 80% de Raqqa foi arrasada, o que em grande medida se fica a dever aos bombardeamentos da coligação internacional, à artilharia das FDS e aos carros-bomba e minas usados pelo Daesh
AS Nações Unidas afirmaram que 80% de Raqqa foi arrasada, o que em grande medida se fica a dever aos bombardeamentos da coligação internacional, à artilharia das FDS e aos carros-bomba e minas usados pelo DaeshCréditos / Twitter

«A questão da destruição de Raqqa e o assassinato de milhares de inocentes pela ilegítima coligação liderada pelos EUA não obtiveram a atenção internacional necessária até hoje», afirmaram esta segunda-feira as autoridades sírias, sublinhando que este facto permanece como «um dos crimes mais feios», do qual a comunidade internacional «nunca soube os detalhes».

«Chegou o momento de esclarecer os aspectos humanitários, políticos e legais da questão», escreveu o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria em duas missivas dirigidas ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à actual presidente do Conselho de Segurança da ONU, Barbara Woodward.

O ministério acrescentou que os ataques da coligação liderada pelos EUA contra Raqqa ocorreram entre Junho e Outubro de 2017, resultando na destruição total da cidade e provocando a morte de milhares de civis, cujos corpos ficaram sob os escombros.

«Crimes de guerra» semelhantes foram perpetrados pela mesma «coligação internacional» e pelas milícias predominantemente curdas das chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS), apoiadas por Washington, entre 2018 e 2019, na localidade de al-Baghuz, que foi inteiramente arrasada, refere o ministério, citado pela SANA.

Lembra igualmente o massacre de pelo menos 70 civis que tentavam fugir de al-Baghuz, perpetrado a 18 de Março de 2019 pela aviação da coligação internacional liderada pelos EUA.

O enorme volume de danos causado em infra-estruturas públicas e propriedades privadas, e de vítimas mortais, sobretudo em Raqqa, Ayn al-Arab e al-Baghuz, «atesta que os Estados Unidos e os seus aliados cometeram crimes de guerra e contra a humanidade», destaca o governo sírio nas missivas.

Neste sentido, a Síria irá continuar a colocar em organismos internacionais a questão do que se passou em Raqqa, em al-Baghuz, na barragem do Eufrates e noutras regiões do país que foram atacadas e destruídas pela coligação internacional liderada pelos Estados Unidos.

Damasco sublinha, além disso, que se reserva o direito de responsabilizar todos os governos dos países envolvidos na «coligação internacional», para que assumam as responsabilidades políticas, legais, morais e materiais dos «crimes» perpetrados.

A cidade de Raqqa tornou-se conhecida na Síria como o bastião do Daesh, desde o início de 2014. Em Outubro de 2017, a «coligação internacional» e as FDS anunciaram a sua libertação. A imprensa ocidental veio louvar o «fim do Califado» e, então, pouco pareceu importar que, de uma cidade onde chegaram a viver 200 mil pessoas, restassem escombros.

O Ministério da Defesa da Federação Russa – aliada de Damasco – acusou a coligação liderada pelos EUA de ter dado à cidade síria o mesmo «destino de Dresden, em 1945», afirmando que a «libertação» de Raqqa foi varrê-la do mapa.

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