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|Síria

Dispositivos militares em movimento

Os movimentos de guerra intensificam-se minuto a minuto no Médio Oriente, tendo como foco a Síria e reflectindo os preparativos de confronto assumidos pelas principais potências militares mundiais.

O porta-aviões USS Harry S. Truman e os navios atribuídos ao seu grupo de ataque durante um exercício de treino. Oceano Atlântico, a 16 de Fevereiro de 2018.
O porta-aviões USS Harry S. Truman e os navios atribuídos ao seu grupo de ataque durante um exercício de treino. Oceano Atlântico, a 16 de Fevereiro de 2018. CréditosScott Swofford / US Navy

Uma frota norte-americana que inclui o destroyer Donald Cook, equipado com mísseis de cruzeiro Tomahawk, está a cerca de 150 milhas das zonas de Tartus e Latakia, na Síria, onde a Rússia mantém o essencial do seu aparelho militar com o qual correspondeu ao pedido de apoio do governo legítimo de Damasco.

Esta aproximação dos barcos de guerra norte-americanos realiza-se sem qualquer aviso prévio, o que contraria as normas em vigor acordadas pelas duas principais potências militares mundiais. Razão pela qual os movimentos são acompanhados de perto por aviões militares russos – atitude que Washington qualifica como um cerco agressivo.

Em Washington, o presidente Donald Trump prometeu que «a Rússia, o Irão e o animal Assad pagarão o preço pelo ataque com gás» alegadamente realizado em 7 de Abril em Duma, uma das poucas zonas de Ghuta Oriental ainda em poder dos terroristas associados à Al-Qaida. A Reuters, habitualmente alinhada com as teses de Washington, e o próprio Observatório Sírio dos Direitos Humanos, entidade sediada em Londres e dirigida pelos serviços secretos britânicos, reconheceram que não é possível fazer uma «verificação independente» dos acontecimentos em Duma, chegando a admitir a hipótese de não terem sido utilizadas armas químicas.

Fontes oficiais militares citadas pela comunicação social norte-americana revelaram que o Pentágono e entidades como a Junta de Chefes do Estado-Maior, o CENTCOM e comandantes das forças norte-americanas estacionadas no Médio Oriente estão a fornecer ao presidente um conjunto de opções para um ataque contra o governo sírio, a anunciada «retaliação» suscitada por um «ataque químico» que não está clarificado. A realização de «bombardeamentos cirúrgicos» contra Damasco está entre elas.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se, entretanto, a propósito do mesmo suposto ataque químico, provavelmente para preparar um instrumento que dê luz verde ao ataque norte-americano – estratégia de êxito duvidoso perante os mais que prováveis vetos da Rússia, eventualmente da China.

As forças militares russas na Síria foram colocadas em estado de alerta de combate, designadamente os sistemas de defesa anti-aérea S-400 e Pantsir S1; o mesmo acontece com a flotilha de Sukhoi SU-30SM estacionada em Tartus e Latakia.

Reeditando uma prática já utilizada perante navios de guerra norte-americanos circulando no Mar Negro, e que tanto alarmou o Pentágono, a Rússia activou os avançados meios de interferência electrónica ao seu dispor e que tornam «cegos» e «surdos» os drones que o Pentágono já pôs a voar nos céus da Síria.

Destacados oficiais israelitas e figuras de topo do regime sionista incitam o presidente norte-americano e o seu novo conselheiro de segurança, o fascista e militarista John Bolton, a lançar desde já mísseis contra o governo sírio.

Os últimos dias têm revelado um envolvimento cada vez mais activo de Israel na guerra imposta à Síria, tanto através de incursões aéreas e bombardeamentos contra território deste país, como de incitamento às potências ocidentais para elevarem o nível de agressão.

Este quadro remete para um cenário em que se formaram dois blocos em confronto: Estados Unidos, Israel, Reino Unido e França, por um lado; Síria, Rússia e Irão, pelo outro.

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