Desde Outubro de 2023, a agressão israelita contra o enclave palestiniano provocou a morte de 1151 trabalhadores do sector da Saúde. Destes, 986 foram identificados pelo nome, estando a informação pessoal relativa aos outros 165 a ser confirmada, revelou a tutela.
Este processo, indica The Cradle, tem sido atrasado pelo facto de as autoridades israelitas reterem os corpos ou por estes ainda se encontrarem sob os escombros.
Entre os mortos, pelo menos 165 eram médicos, 260 eram enfermeiros, 300 eram pessoal da administração e apoio, 184 eram profissionais técnicos, 77 eram farmacêuticos e 12 eram funcionários de outras categorias, revela a fonte.
O Ministério da Saúde esclareceu que este sector «tem sido sujeito a um ataque sistemático pelas forças de ocupação, que afectou todos os seus componentes».
No relatório afirma-se que as infra-estruturas sanitárias foram alvo de ataques aéreos e raides israelitas, de forma directa e repetida, que danificaram gravemente o sistema de saúde e colocaram centenas de milhares de pessoas, vítimas da guerra, em risco de «morte iminente».
«Os dados agora apresentados pelo relatório ilustram ainda mais a agressão intencional e sistemática de Israel ao sector da Saúde em Gaza», refere a fonte, que sublinha o facto de as forças militares israelitas terem sido repetidamente acusadas de o fazer, nomeadamente por via de ataques aéreos a hospitais, ambulâncias e pessoal médico, e através da retenção e bloqueio de material sanitário.
Uma destas ocorrências diz respeito ao médico Iyad Rantisi, chefe do Departamento de Maternidade do Hospital Kamal Adwan, na Faixa de Gaza, que morreu sob tortura, depois de ter sido detido pelas forças invasoras israelitas em Novembro.
A 18 de Junho último, o diário Haaretz noticiou que Rantisi morreu num centro de interrogatório operado pela agência de segurança interna israelita, Shin Bet. Um tribunal israelita decretou uma proibição de seis meses sobre a publicação dos detalhes da sua morte.
Desde o início da mais recente agressão sionista à Faixa de Gaza, em Outubro de 2023, pelo menos 41 272 palestinianos foram mortos – metade dos quais mulheres e crianças.
No mesmo período, pelo menos 95 550 ficaram feridos, estimando-se que, como resultado dos ataques israelitas, 22 500 sofram de ferimentos «que mudam a vida», como danos graves nos membros, amputações, traumatismos da medula espinal, lesões cerebrais traumáticas e queimaduras graves.
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