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Centenas de trabalhadores da Amazon nos EUA exigem medidas de protecção

Os funcionários acusam a empresa de não garantir medidas de protecção adequadas e de se recusar a pagar baixa por doença. O protesto marcado para esta semana nos EUA é o maior desde o início da pandemia.

Os trabalhadores exigem também que Amazon deixe de exercer represálias sobre os funcionários que denunciam situações e defendem os seus direitos
Os trabalhadores exigem também que Amazon deixe de exercer represálias sobre os funcionários que denunciam situações e defendem os seus direitos Créditos / The Guardian

Centenas de trabalhadores dos armazéns da Amazon em todo o território dos Estados Unidos estão a recusar-se a comparecer no local de trabalho pelo menos num dos dias desta semana, alegando que estão doentes.

O protesto, que teve início na terça-feira, é o maior a nível nacional contra a resposta do gigante do retalho ao surto epidémico do novo coronavírus e foi organizado pelos grupos de defesa dos direitos dos trabalhadores United for Respect, New York Communities for Change e Make the Road New York, informa a TeleSur.

«"Estamos a protestar porque a Amazon está a pôr os seus lucros à frente da nossa segurança"»

De acordo com o United for Respect, pelo menos 300 funcionários anunciaram que iriam ficar em casa. Acusam a Amazon de não ter fornecido máscaras suficientes aos empregados, de não ter implementado as medições regulares de temperatura que prometeu e de se ter recusado a pagar aos trabalhadores baixa por doença.

«Estamos a protestar porque a Amazon está a pôr os seus lucros à frente da nossa segurança», disse Jaylen Camp, trabalhador num armazém da Amazon em Romulus (Michigan) e membro do United for Respect, ao The Guardian. «Nós não somos fundamentais para eles – eles apenas pensam em nós como números e quotas. Não estão a proteger a nossa saúde», frisou.

«[A Amazon] prepara-se para anunciar o que se espera serem lucros-recorde num quadrimestre»

Os protestos têm lugar numa empresa cujos lucros têm vindo a aumentar em função dos pedidos crescentes de entregas ao domicílio, no meio da pandemia, e que, segundo o jornal inglês, se prepara para anunciar o que se espera serem lucros-recorde num quadrimestre.

A contestação vai continuar até haver alterações nas medidas de protecção da empresa, afirmam os trabalhadores. Segundo os números divulgados pelo United for Respect, há trabalhadores infectados com o novo coronavírus em mais de 130 armazéns, por todo o país, sendo que, em alguns, se registam mais de 30 casos confirmados.

Em defesa dos direitos, da saúde e contra a repressão

Entre as exigências dos funcionários contam-se o «encerramento imediato» de instalações da empresa com casos de Covid-19, a realização de testes de despistagem e duas semanas de salário nesse período.

A Amazon prometeu pagar baixa médica aos trabalhadores a quem tivesse sido detectado o vírus ou aos que estivessem de quarentena, mas estes afirmam que tem sido difícil receber a baixa, e alguns têm ido trabalhar doentes, com febre, denunciou o United for Respect.

Os trabalhadores exigem ainda que a Amazon deixe de exercer represálias sobre os funcionários que denunciam situações e defendem os direitos dos seus colegas, sendo que a empresa detida pelo milionário Jeff Bezos é acusada de repressão sobre os trabalhadores que se organizam.

«"Se não fizermos nada, continuaremos a ser tratados como números, gráficos e dividendos, e não como pessoas"»

Este mês, registaram-se protestos nos estados de Nova Iorque, Illinois e Michigan. O trabalhador que organizou a acção em Nova Iorque foi despedido, revela o The Guardian.

Outra exigência dos trabalhadores passa pela eliminação das quotas, de acordo com as quais um funcionário tem de registar um certo número de items e embalar um certo número de caixas por hora.

Se, por um lado, a Amazon pede aos trabalhadores que lavem as mãos durante 20 segundos depois de espirrarem, por outro, estas quotas não lhes dão tempo para se lavarem e manterem seguros, diz Jaylen Camp, do United for Respect.

«Tem de se dizer alguma coisa sobre o que se está a passar», sublinha. «Se não fizermos nada, continuaremos a ser tratados como números, gráficos e dividendos, e não como pessoas», diz.

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