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Centenas de pessoas em Madrid exigem o fim do bloqueio a Cuba

Para celebrar o 26 de Julho, Dia da Rebeldia Nacional de Cuba, centenas de pessoas manifestaram-se no centro de Madrid em solidariedade com a Ilha e exigiram o fim do bloqueio imposto pelos EUA.

Créditos / Asociación de Amistad Hispanocubana Bartolomé de las Casas

Palavras de ordem como «Abaixo o bloqueio dos Estados Unidos», «Fim da hostilidade contra o povo cubano» e «Viva o 26 de Julho» marcaram a mobilização deste sábado, onde se viram bandeiras de diversos países, organizações solidárias e políticas.

Sob o lema «A luta não acabou», a manifestação foi convocada pelo Movimento Estatal de Solidariedade com Cuba (MESC), que reúne mais de 60 organizações de todo o Estado espanhol, visando expressar o apoio à Revolução Cubana e denunciar o bloqueio económico, financeiro e comercial que os EUA impõem ao país caribenho, refere o portal cubainformacion.tv.

Num manifesto que os promotores leram no final da marcha, junto ao Ministério espanhol dos Negócios Estrangeiros, evocou-se a comemoração da data histórica, o 72.º aniversário do assalto aos quartéis Moncada e Carlos Manuel de Céspedes, no Oriente de Cuba, liderados por Fidel Castro a 26 de Julho de 1953.

«Aquela gesta» foi a «primeira demonstração de que é possível transformar uma derrota em vitórias» e «acendeu a chama irreversível da Revolução Cubana», que «se tornou símbolo de luta, dignidade e soberania para os povos do mundo».

Tal «gesta heróica contra a ditadura de Batista, imposta pelo governo dos EUA a Cuba», marcou o início da Revolução, «cujo triunfo, em 1959, significou o fim da hegemonia norte-americana e da opressão e exploração do povo cubano», afirma o texto, citado pela Prensa Latina.

Entre outros aspectos, o texto lido em Madrid destacou as conquistas da Revolução, sobretudo no que respeita às áreas da saúde, educação e cultura, e enalteceu o sistema de democracia cubana.

Exigência do fim do cerco e da retirada de Cuba da lista unilateral de Washington

Além de ilustrar a agressão a Cuba por parte dos EUA, que tentou invadir a Ilha e continua a ocupar de forma ilegal a base de Guantánamo, o documento refere-se igualmente à injustiça que constitui o cerco mantido pelos Estados Unidos contra Cuba há mais de seis décadas, ao qual se juntaram 242 medidas de endurecimento nas administrações de Donald Trump.

No texto do MESC divulgado em Madrid, também se exige a retirada imediata de Cuba da lista arbitrária criada por Washington «como instrumento de chantagem política» relativa a países que alegadamente patrocinam o terrorismo.

Ao invés, sublinharam, Cuba foi vítima de ataques «organizados em solo norte-americano com a cumplicidade dos diversos governos» dos EUA.

A mobilização deste sábado em Madrid, que a Prensa Latina classifica como «vibrante», foi uma de várias expressões solidárias no Estado espanhol com a Ilha nos últimos dias, a propósito do 26 de Julho (Málaga, Zaragoça, Catalunha, País Basco e Galiza também testemunharam acções ou declarações nesse âmbito).

As celebrações do 72.º aniversário do 26 de Julho e a reafirmação do apoio a Cuba fizeram-se sentir pelo mundo fora em manifestações de apoio, encontros, declarações solidárias ou comunicados institucionais.

Deram disso testemunho vários países europeus (como França, Noruega, Itália, Alemanha ou Rússia), africanos (Saara Ocidental, Gâmbia, Etiópia ou Angola), asiáticos (Sri Lanka, Laos, Vietname, Índia e Palestina) e latino-americanos (República Dominicana, Argentina, Uruguai, Bolívia, Guatemala, Equador, México, Nicarágua, Brasil, Venezuela, Chile, Panamá e Peru).

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