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«Bolivia Leaks» deixa a nu a conspiração e a ingerência norte-americanas

Foi apresentada no dia 14, em La Paz, a obra Bolivia Leaks: La injerencia política de Estados Unidos contra el proceso de cambio (2006-2010), um documento que revela como foi orquestrado o golpe de Estado de 2008, para tentar travar a revolução.

Na apresentação de «Bolivia Leaks», os mandatários bolivianos sublinharam a acção ingerencista norte-americana
Na apresentação de «Bolivia Leaks», os mandatários bolivianos sublinharam a acção ingerencista norte-americanaCréditos

«A conspiração não foi uma invenção, está retratada neste livro», disse na apresentação o vice-presidente boliviano Álvaro García Linera, acrescentando que os telegramas da WikiLeaks mostram a guerra que Washington promoveu com o objectivo de enfraquecer, asfixiar e bloquear o processo iniciado em 2006 no país sul-americano, informa a Prensa Latina.

O texto, elaborado em co-autoria por Fernando Torres, Jessica Suárez, Loreta Tellería e Iván Fernando Mérida, e coordenado pelo ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, parte dos documentos do Departamento de Estado norte-americano vindos a público através da página WikiLeaks, em 2010.

«Aqui estão os nomes dos informadores da Embaixada norte-americana, civis e militares; aqui estão os encontros de norte-americanos com dirigentes da oposição, meios de comunicação, líderes sociais, dirigentes do Exército e da Polícia, e toda a trama para tentar derrubar o presidente Evo Morales em 2008», disse García Linera.

O vice-presidente recordou que seis meses antes do intento golpista já a Embaixada dos EUA falava de mortos, de cenários de conflito, da possibilidade de dinamitar os poços de gás e da tomada de instituições. «Tinham um plano sobre a maneira como se foi orquestrando este processo de golpe de Estado, com o propósito de parar a revolução, e não é porque o digamos nós, mas sim porque o dizem eles nos seus próprios documentos», afirmou García Linera.

Na apresentação da obra, que decorreu da sede da vice-presidência, na capital da Bolívia, estiveram presentes mais de 200 pessoas, incluindo funcionários do governo e membros do corpo diplomático.

O ministro da Presidência, Ramón Quintana, sublinhou que, «se tivessem de colocar os Estados Unidos perante o Tribunal Penal Internacional pelos crimes cometidos, já tinham a prova mais irrefutável: os documentos que os seus próprios embaixadores escreveram ao longo dos últimos anos».

Quintana disse que Philip Goldberg, o embaixador norte-americano expulso por ingerência em 2008, escreveu pelo seu próprio punho todas as reuniões que manteve com dirigentes de partidos da direita e as acções conspirativas e subversivas que estava a promover na Bolívia. «O imperialismo não tem escrúpulos em destruir, derrotar e pulverizar governos democráticos, muito menos se são eleitos pela esmagadora maioria dos seus povos», acrescentou o ministro.

Em declarações à Prensa Latina, Iván Fernando Mérida, um dos autores da obra, explicou que a investigação durou sete meses e que os documentos da WikiLeaks revelaram o perigo que representa a política ingerencista dos EUA para a Bolívia e para o mundo.

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