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|Médio Oriente

Bispos apelam ao reconhecimento internacional da Palestina

Uma comitiva de 34 bispos católicos em visita à Terra Santa  apelou à comunidade internacional para que siga o exemplo da Santa Sé e reconheça o Estado da Palestina.

Bispos católicos da Europa, da América do Norte e da África do Sul, visitaram a Palestina, em Janeiro de 2020, e pronunciaram-se pelo reconhecimento do Estado da Palestina.
Bispos católicos da Europa, da América do Norte e da África do Sul, visitaram a Palestina, em Janeiro de 2020, e pronunciaram-se pelo reconhecimento do Estado da Palestina.Créditos / Twitter

Trinta e quatro bispos católicos, provenientes da Europa, da América do Norte e da África do Sul, exortaram os seus governos a insistirem na aplicação do direito internacional em Israel e na Palestina, releva um comunicado do MPPM - Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente.

A declaração dos prelados, que integram o organismo Coordenação da Terra Santa, surge na sequência de uma visita de cinco dias à Palestina ocupada, em apoio à Igreja local e para promover o diálogo e a paz na região.

Os bispos, que visitam a região todos os anos, afirmaram-se inspirados pela resiliência duradoura das pessoas que conheceram em Gaza, Jerusalém Oriental e Ramallah, apesar do agravamento da sua situação.

No comunicado final da sua visita dão voz ao lamento, por parte dos bispos católicos locais, de que a comunidade internacional não ajude a realizar a justiça e a paz «aqui, no local do nascimento de Cristo». Estes afirmaram que as pessoas enfrentam um ainda maior «evaporação da esperança numa solução durável» e alertaram para as condições de vida sob a ocupação israelita, que se estão a tornar «cada vez mais insuportáveis».

Os bispos visitantes referem ter testemunhado essa realidade em primeira mão, particularmente o modo como a construção de colonatos e o muro de separação estão a destruir qualquer perspectiva de dois Estados existindo em paz. Em alguns casos, os governos dos seus países, refere o comunicado dos bispos, «tornaram-se cúmplices activos dos males do conflito e da ocupação».

Implorando aos seus governos que ajudem a construir uma nova solução política, enraizada na dignidade humana e no direito internacional, os bispos pedem-lhes que sigam o exemplo da Santa Sé no reconhecimento do Estado da Palestina e que rejeitem o apoio político ou económico aos colonatos israelitas.

O comunicado dos bispos da Coordenação da Terra Santa afirma ainda: «Tomando essas medidas, a comunidade internacional pode solidarizar-se significativamente com os israelitas e palestinos que se recusam a desistir da sua luta não violenta pela justiça, a paz e os direitos humanos.»

As declarações produzidas pelos bispos visitantes e locais ecoaram também na imprensa da região. O saudita Arab News destacou, entre outras, as de Jamal Khader, pastor da Igreja Latina, de Ramallah, que louvou a escolha da cidade para residência base da visita de este ano, por permitir aos bispos conhecerem a comunidade local: «Os bispos ficaram extremamente comovidos com a sua visita às Irmãs Missionárias Combonianas. O convento foi dividido ao meio ao meio por um muro construído por Israel, que dividiu a comunidade e tornou impossível, para muitos, conseguirem chegar à escola e à creche, que são parte da missão».

O mesmo jornal refere que a delegação, além de ter sido recebida, em Jerusalém, pelo líder local da Igreja Católica, manteve encontros com Ziad Abu Amer, do governo da Palestina, e Hanan Ashrawi, do Comité Executivo da Organização de Libertação da Palestina (OLP).

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