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|repressão patronal

Patronato refina técnicas de vigilância e controlo

Bancos britânicos usam sensores para vigiar trabalhadores

Pelo menos dois gigantes da finanças – o Barclays e o Lloyds – instalaram sensores para controlar o tempo que os seus funcionários passam à secretária. No ano passado, o Daily Telegraph tentou a mesma estratégia.

A vigilância electrónico do patronato sobre os trabalhadores tem vindo a aumentar ao longo da última década
A vigilância electrónico do patronato sobre os trabalhadores tem vindo a aumentar ao longo da última décadaCréditosMark Yeomans / CC BY-SA 4.0

A notícia foi avançada pela Bloomberg, que relata denúncias de trabalhadores do banco que, ao longo dos últimos meses, foram confrontados com a instalação de caixas negras debaixo das suas secretárias, em Londres.

Após questionarem as suas chefias, os bancários foram informados que se tratam de sensores de movimento e de calor que permitem monitorizar o tempo que passam sentados nos seus lugares. A informação pode ser acompanhada em tempo real através de um painel de controlo.

Nos últimos meses têm vindo a ser introduzidos mecanismo de controlo electrónico sobre o trabalho dos bancários britânicos. No Barclays, refere a Bloomberg, foi adoptado um sistema informático que permite à gestão do banco acompanhar as mais-valias ganhas com os seus clientes – informação que é utilizada para determinar por quanto tempo cada funcionário deve acompanhar cada cliente.

De acordo com fonte oficial, o Lloyds, um outro banco britânico, também utiliza sensores idênticos, pelo menos em algumas das suas instalações no Reino Unido. O jornal Daily Telegraph tentou introduzir o mesmo sistema instalado recentemente no Barclays mas viu-se forçado a recuar no mesmo dia, sob protestos dos trabalhadores.

Tecnologia posta ao serviço da repressão patronal

Os meios de vigilância electrónica nos locais de trabalho têm proliferado nos últimos anos e estão cada vez mais sofisticados. De acordo com a The Verge, duas empresas desenvolveram, em 2011, software para registar toda a actividade num computador (teclas premidas, movimento do rato e capturas de ecrã aleatórias).

Em 2015, uma outra empresa norte-americana introduziu uma plataforma de gestão de recursos humanos que permitia ter acesso a todo o histórico de navegação na internet dos trabalhadores, incluindo do email, de serviços de mensagens instantâneas ou nas redes sociais. De acordo com o presidente da empresa, em entrevista à CNBC, entre os seus clientes contavam-se a Starwood Hotels (que detém 16 unidades em Portugal, como os Pine Cliff, no Algarve, os Sheraton, em Lisboa e Porto, ou o Altis Belém), a operadora de telecomunicações britânica Virgin Media e o Barclays.

Na última década, têm vindo a ser introduzidos chips electrónicos debaixo da pele de trabalhadores para controlar os seus movimentos e horários, como num hospital da Florida (EUA), em 2011. Em 2015, a Bloomberg entrevistou um antigo trabalhador da Goldman Sachs que estava a trabalhar junto de bancos de investimento para monitorizar os níveis hormonais dos seus trabalhadores. John Coates descrevia o seu trabalho como «optimização humana».

Nos call center, é prática corrente a escuta das chamadas pelas chefias, como denunciaram recentemente os trabalhadores da Mcall, que assegura o atendimento dos clientes da Brisa.

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