Em Manchester, Oldham, Rochdale, Blackburn, Bolton, Huddersfield, Stockport, Bradford, Altrincham e Preston, grupos de activistas exibiram bandeiras da Palestina, enquanto se posicionavam à entrada das agências ou entravam nelas para pedir aos clientes que fechassem as suas contas no banco.
Os organizadores dos protestos acusam o Barclays de investir em empresas de armamento que fornecem a Israel as armas que são utilizadas para reprimir os palestinianos e as que as forças sionistas usam no massacre em curso ao povo palestiniano no enclave de Gaza.
No dia em que a jornada de acção teve lugar no Noroeste de Inglaterra e na região de Yorkshire, mais de 24 100 palestinianos tinham sido mortos e mais de 60 800 haviam ficado feridos nos ataques israelitas, estimando-se que mais de 8000 estejam debaixo dos escombros dos edifícios arrasados pelas bombas desde 7 de Outubro.
Banco torna os clientes cúmplices do genocídio que Israel está a cometer
Em Manchester, refere o Morning Star, os responsáveis do Barclays fecharam as portas, quando os solidários com a Palestina pediam aos clientes que mudassem as suas contas para um banco ao lado.
Um manifestante, que não quis ser identificado, disse ao periódico: «É isso que estamos a fazer agora: pedir aos clientes que fechem as suas contas no Barclays porque o Barclays está a tornar os seus clientes cúmplices do genocídio de Israel em Gaza.»
«Mas é mais do que Gaza, mais do que os 24 mil mortos, mais do que os hospitais, escolas, mesquitas e casas destruídas: são cerca de 75 anos de opressão e apartheid», denunciou.
«O Barclays investiu no apartheid da África do Sul. Agora investe no apartheid de Israel e é a África do Sul que está a acusar Israel de genocídio», afirmou, lembrando que pediram às pessoas que não fizessem transacções bancárias no Barclays durante o apartheid na África do Sul e que, agora, lhes pedem que «não usem o Barclays porque investe no apartheid israelita».
As acções no Noroeste de Inglaterra foram organizadas pelos Amigos da Palestina da Grande Manchester, uma plataforma que integra cerca de uma dezena de organismos e associações solidárias com a Palestina, muçulmanas, judaicas, contra a guerra, entre outras.
John Nicholson, da Campanha Solidária com a Palestina de Manchester, afirmou: «Como o Ken Loach disse ao Morning Star no sábado [ver entrevista aqui, em inglês], temos de transformar os protestos em acção. O governo não vai ouvir apenas os protestos.»
Na região de Yorkshire, realizaram-se acções semelhantes em Huddersfield e Bradford.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui