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|Palestina

Associação Médica de Israel colabora na tortura de palestinianos, denuncia ONG

Uma organização sem fins lucrativos sediada nos EUA apresentou uma queixa contra a associação de médicos israelita, acusando-a de negar sistematicamente o direito dos palestinianos à saúde e à segurança.

Pessoal médico no Hospital Hadassah Ein Kerem, em Jerusalém (imagem de arquivo) 
Pessoal médico no Hospital Hadassah Ein Kerem, em Jerusalém (imagem de arquivo) Créditos / Middle East Monitor

Na queixa formulada junto do International Medical Syndicate (IMS), a delegação da Physicians for Human Rights (Médicos pelos Direitos Humanos) nos territórios ocupados refere-se ao papel desempenhado pelos médicos israelitas no auxílio à tortura de palestinianos às mãos da Shin Bet, a agência interna de espionagem israelita.

Entre outras questões apontadas, a queixa destaca que a segurança do pessoal médico palestiniano é posta em causa durante os raides israelitas e que não é assegurado o direito dos pacientes palestinianos aos cuidados de saúde.

A organização não governamental (ONG) acrescenta que a Associação Médica Israelita ignorou os testemunhos que lhes foram apresentados sobre crianças da Faixa de Gaza que estavam a ser enviadas para fora do enclave cercado, para receber tratamento, sem que os seus pais as acompanhassem, informa o Middle East Monitor.

A queixa formulada baseia-se em provas credíveis de organismos locais e internacionais de que a Associação Médica Israelita falhou repetidamente no seu dever de proteger o direito dos palestinianos à saúde devido às agressões militares israelitas, indica a fonte.

«Com base nos dados de campo que recolhemos, concluímos que a Associação Médica de Israel é cúmplice destas falhas éticas e violações grosseiras dos direitos humanos e, nalguns casos, até lhes presta apoio aberto», afirma o texto.

«Assim, por exemplo, em resposta à informação apresentada à Associação Médica Israelita sobre o facto de a Polícia israelita invadir o Hospital Francês, em Jerusalém, durante o funeral da correspondente da Al Jazeera Shireen Abu Akleh, o chefe da Associação Médica Israelita, professor Zion Hagai, recusou-se a denunciar o incidente, apenas porque aconteceu num hospital palestiniano», lê-se na queixa.

Soldados israelitas atacaram o cortejo fúnebre de Abu Akleh – morta por forças israelitas ao fazer a cobertura de uma incursão ao campo de refugiados de Jenin – quando partia do Hospital Francês, no Bairro de Sheikh Jarrah, a 13 de Maio último.

A ONG pediu ao IMS que assuma as suas responsabilidades e implemente medidas práticas para garantir que a Associação Médica Israelita adere aos valores e princípio estabelecidos pela comunidade médica internacional.

Israel é responsável pelos ciclos intermináveis de violência

No mês passado, uma equipa de alto nível de investigadores das Nações Unidas emitiu um relatório em que apontam a ocupação e a discriminação levadas a cabo por Israel como as principais causas dos ciclos intermináveis de violência nos territórios ocupados.

A equipa, designada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para investigar «todas as causas subjacentes» a um conflito que dura há décadas, apontou claramente o dedo a Telavive.

 «Acabar com a ocupação de terras por Israel... continua a ser essencial para acabar com os ciclos persistentes de violência», afirmaram os investigadores da ONU num relatório de 18 páginas, denunciando as evidências de que Israel «não tem intenções» de o fazer.

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