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Armas norte-americanas e britânicas continuam a matar civis no Iémen

Num período de 14 meses, registaram-se mais de quatro ataques diários contra civis no Iémen, afirma a Oxfam num relatório em que responsabiliza o Reino Unido por alimentar a guerra no país árabe.

Uma criança caminha no meio de edifícios destruídos pela aviação saudita, no Iémen (imagem de arquivo)
Uma criança caminha no meio de edifícios destruídos pela aviação saudita, no Iémen (imagem de arquivo)Créditos / RT

O documento, publicado esta quarta-feira com o título «Alimentando o conflito», revela que a população civil iemenita sofreu mais de 1700 ataques entre Janeiro de 2021 e Fevereiro de 2022, nos quais morreram 839 civis e 1775 ficaram feridos.

A organização não governamental (ONG) destaca o envolvimento do Reino Unido na guerra e na violência contra os civis, através da venda de armas à coligação liderada pelos sauditas.

Neste sentido, o relatório agora divulgado, indica a ONG no seu portal, insere-se num processo legal accionado contra o governo britânico pela Campanha contra o Comércio de Armas (CAAT), relativo ao fornecimento de armas para a guerra, e no qual a Oxfam intervém como testemunha especializada.

De acordo com a ONG, os ataques aéreos levados a cabo pelos sauditas, no período de 14 meses referido, em que apenas foram utilizadas armas norte-americanas ou britânicas representam um quarto do total verificado.

Esses ataques, em que não se incluem os bombardeamentos de artilharia, as minas antipessoais e ataques com outro armamento, foram responsáveis pela morte de 87 civis e deixaram 136 feridos.

Os ataques aéreos levados a cabo pela coligação saudita provocaram ainda a destruição generalizada de infra-estruturas, incluindo 19 hospitais e clínicas, e em muitos casos forçaram as populações a fugir das suas casas e áreas de residência.

Martin Butcher, da Oxfam, disse que «o número de ataques contra civis é um testemunho da terrível tragédia que o povo iemenita sofreu», lembrando que as partes em conflito «não fizeram o suficiente para proteger as vidas dos civis».

«A intensidade destes ataques não teria sido possível sem um fornecimento imediato de armas. É por isso que é vital que o governo britânico e outros parem imediatamente as vendas de armas que estão a alimentar a guerra no Iémen», disse.

A Oxfam estima que, desde o início da guerra de agressão contra o Iémen, em Março de 2015, o Reino Unido tenha vendido armas à Arábia Saudita pelo menos no valor de 7,9 mil milhões de libras (8,9 mil milhões de euros). Investigadores da CAAT estimam que o valor real seja bastante superior e ultrapasse os 23 mil milhões de libras (26 mil milhões de euros).

Segundo refere o portal The Cradle, no passado dia 6, a Arábia Saudita terá aceitado pôr fim à guerra de agressão ao Iémen nos termos que o movimento Huti Ansarullah tinha apresentado em Dezembro, exigindo contrapartidas de segurança.

No entanto, os Hutis acusam os EUA de impedirem a realização de conversações de paz entre Saná e Riade, para assim poderem continuar a explorar os recursos do país – ainda mais no actual contexto de crise.

Para o movimento Huti Ansarullah, o Ocidente é «a raiz do problema», tendo acusado norte-americanos, britânicos e israelitas – e «as suas marionetas regionais» – de quererem continuar a intervir no Iémen e de desejarem um país «ocupado e submisso» aos seus interesses.

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