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28 condenados a pena perpétua por crimes na ditadura argentina

A Justiça argentina deu mais um passo para pôr fim à impunidade pelos crimes perpetrados durante a ditadura cívico-militar (1976-1983). Ontem, em Córdova, 28 pessoas foram condenadas a pena perpétua por crimes contra a humanidade.

No exterior do tribunal de Córdova (Argentina), muitos milhares de pessoas aguardaram pela decisão judicial
No exterior do tribunal de Córdova (Argentina), muitos milhares de pessoas aguardaram pela decisão judicialCréditosResumen Latinoamericano

O Tribunal Oral número 1 de Córdova decretou a pena máxima para Luciano Benjamín Menéndez, ex-chefe do Terceiro Corpo do Exército, com assento em Córdova, a 715 km de Buenos Aires, e com jurisdição em nove províncias do Noroeste da Argentina.

Hoje com 89 anos, Benjamín Menéndez foi condenado pela sua participação directa em sequestros, torturas, assassinatos, desaparecimentos de corpos e outros crimes contra a humanidade levados a cabo nos centros de detenção clandestinos de La Perla e La Ribera, informam a Prensa Latina e a TeleSur.

A sentença de Menéndez, que foi a primeira a ser decretada pelo tribunal, foi celebrada com alegria e emoção por milhares de pessoas que se concentravam frente à instituição, muitas delas exibindo fotos das vítimas.

Este mega processo penal foi o mais longo da história judicial de Córdova. Iniciado em Dezembro de 2012, abordou 22 expedientes por crimes contra a humanidade cometidos entre Março de 1975 e 1979 nos centros clandestinos de detenção, tortura e extermínio de Córdova conhecidos como La Perla (o maior do interior da Argentina durante a ditadura), Malagueño o Perla chica, Campo La Ribera e D2. No processo, figuraram 720 vítimas, 581 testemunhas e 43 arguidos – que chegaram a ser mais de 50.

Durante as mais de mil horas de audiência, destaca-se ainda o facto de, pela primeira vez, o roubo de bebés ter sido julgado em Córdova. Trata-se, em concreto, da subtracção do bebé de Silvina Monica Parodi Orozco, nascido em cativeiro. A mãe, grávida de seis meses, foi sequestrada, tendo desaparecido posteriormente, tal como o seu marido, Daniel Francisco Orozco.

A criança de então ainda é procurada pela avó, a presidente da filial cordovesa das Avós da Praça de Maio, Sonia Torres (mãe de Silvina Parodi), refere a Prensa Latina.

O tribunal decretou ainda nove condenações a penas até 21 anos de cadeia e seis absolvições.

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