Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

|teatro

Uma hora para transformar um operário num capitalista, no Teatro do Bairro

A história de um banqueiro que tem uma hora para transformar um operário num capitalista é o centro da comédia Um, dois, três!, que se estreia na quarta-feira, no Teatro do Bairro, em Lisboa.

Créditos / BOL

Da autoria de Ferenc Molnár (1878-1952), Um, dois, três! é uma comédia escrita em 1929 após a primeira viagem do escritor húngaro aos Estados Unidos da América e põe a descoberto as práticas capitalistas no ano em que a bolsa de valores de Nova Iorque registou a queda que ficou conhecida como «quinta-feira negra» e que veio a dar origem à devastadora crise económica.

Em declarações à Lusa, o encenador, António Pires, sublinhou que o texto de Molnár tem uma «muito grande contemporaneidade». A peça é centrada na história de Norrison – dirigente de um grupo bancário de primeiro plano com sede numa grande capital europeia a quem a vida não podia correr melhor, está prestes a juntar-se à família para uma semana de férias na montanha.

No auge da glória, a personagem confronta-se com um problema: Lydia, filha de um milionário americano com quem o banqueiro espera fazer um negócio e que tem estado a passar uns meses na Europa ao cuidado da família Norrison, casou-se em segredo com um motorista de táxi comunista.

Face à decisão de os pais de Lydia a irem visitar, Norrison dispõe de uma hora para transformar o motorista de táxi no presidente da União de Fábricas de Automóvel. Um operário que numa hora tem de ser transformado num capitalista «por conveniência».

Uma das razões para António Pires ter posto em cena esta peça, que lhe foi dada a conhecer pelo director artístico da Companhia de Teatro de Almada, Rodrigo Francisco, que assina a tradução, deve-se ao facto de se tratar de um trabalho «absolutamente para um grande actor» dado exigir um «virtuosismo de comédia inacreditável».

Já depois de ter visto o filme homónimo que Billy Wilder adaptou para o cinema, em 1961, transformando a obra numa «comédia de culto» que o encenador achou «muito, muito, muito divertida», António Pires pensou de imediato em Adriano Luz para a protagonizar.

Sem nunca sair do palco, Adriano Luz dá vida ao presidente Norrison, uma personagem que passa o tempo de um lado para o outro a resolver situações à pressa, acabando por tornar o espectáculo numa «comédia de portas».

A interpretar Um, dois, três! estão também Carolina Serrão, Duarte Guimarães, Francisco Vistas, Hugo Mestre Amaro, Jaime Baeta, João Barbosa, João Maria, Mariana Branco e Vera Moura.


Com agência Lusa

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui